Aproximadamente sete em cada dez mulheres brasileiras se considera bem informada sobre o câncer de mama, e 31% se sentem mais ou menos informadas ou mal informadas. Ao mesmo tempo, 61% das entrevistadas buscaram informações sobre a doença: 26% na internet e 25% com algum médico. Já 39% apontaram que não buscam informações.
Das que utilizam internet para se informar (26%), 57% utilizam o Google, sendo este a fonte mais acessada por quem busca informação.
O objetivo do estudo realizado pelo Datafolha a pedido da Gilead Oncology foi investigar o nível de conhecimento de mulheres brasileiras sobre o Câncer de Mama, especialmente o Triplo Negativo, além das atitudes e percepções sobre a doença.
A pesquisa ocorreu entre os meses de novembro e dezembro de 2022 e teve os resultados apresentados em setembro de 2023 no evento TJCC: Todos Juntos Contra o Câncer de Mama.
As entrevistas foram feitas por telefone, com um total de 1007 mulheres de todo o Brasil. A média de idade das entrevistadas é de 43 anos, sendo que 33% possuem ensino fundamental, 44% ensino médio e 23% ensino superior.
Dentro desta amostra, 56% das mulheres são negras, 35% brancas, 3% amarelas e 1% indígenas. 68% fazem parte da população economicamente ativa e 48% pertencem à Classe C (16% classes A/B e 36% D/E).
Quanto ao atendimento de saúde, o mais utilizado é o Público (SUS), por 75% das entrevistadas, sendo que elas podem utilizar mais de um tipo de atendimento. Plano ou seguro saúde corresponde a 20% da amostra e atendimento particular pago, 18%. Seis em cada dez usam exclusivamente o SUS, 17% plano de saúde e 8% particular.
Do que elas sabem a respeito do câncer de mama, 98% consideram que o autoexame é fundamental na prevenção contra a doença e 97% afirmam que mulheres jovens também podem ter câncer de mama, além de ter mais chance de cura se for diagnosticado na fase inicial. Como forma de tratamento, as mais conhecidas são a quimioterapia (62%), a radioterapia (43%), a mastectomia (20%) e os medicamentos (17%).
Cerca de nove em cada dez mulheres não soube indicar um tipo de câncer de mama, porém, quando a pergunta foi estimulada, o câncer de mama metastático teve mais respostas, 35%, e 7% responderam conhecer o triplo negativo.
Das entrevistadas que conhecem o câncer mama metastático (35%), 56% afirmam ser aquele que se espalha pelo organismo, no corpo inteiro; 9% apontam ser um grau elevado de câncer, gravíssimo, 30% já ouviu falar, mas não sabe o que é.
Entre as que conhecem o câncer de mama triplo negativo (7%), poucas fazem comentários pertinentes sobre este tipo: 6% afirmam ser mais agressivo e que o avanço da doença é mais rápido; 1% aponta para o fato de ser o tipo que não responde a medicações e tratamentos. 58% já ouviu falar, mas não sabe o que é.
Cerca de dez em cada dez entrevistadas já ouviram falar da Campanha Outubro Rosa e dez em cada dez considera ser uma campanha muito importante para conscientizar as mulheres sobre os perigos do câncer de mama.
No que tange à prevenção, sete em cada dez entrevistadas se consultaram com ginecologista no último ano (número que sobe conforme a escolaridade e a classe). 2% afirmam que nunca foram à/ao ginecologista. Ao mesmo tempo, 25% das entrevistadas consideram seu estado de saúde atual como ótimo e 33% como bom. Dos exames para prevenir o câncer de mama, os exames clínicos e o autoexame foram realizados por cerca de dois terços das mulheres.
Dentre os principais motivos para as entrevistadas nunca terem feito uma mamografia, encontra-se o fator idade: ser jovem e não precisar, corresponde a 42% das respostas; o médico não ter pedido 30% e 15% afirma não ter sentido nada, não ter sintomas.
Entre as respondentes que já fizeram uma mamografia, 49% faz como exame de rotina, regularmente (e essa resposta aumenta conforme a idade da entrevistada: quanto mais velhas, é mais comum). Entrevistadas de classes mais altas e ensino superior fazem parte deste grupo (60% e 62%, respectivamente), diferentemente de classes D/E e do ensino fundamental (37% e 44%).
Ao mesmo tempo, 77% das mulheres tiveram alguma conhecida com câncer de mama e destas, 55% realizaram autoexame após saber que essa pessoa teve ou tem a doença. Além disso, 48% procuraram mais informações sobre o câncer de mama após a notícia e 34% foram ao médico para fazer exames.
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