Direita (39%) supera esquerda em São Paulo (31%)

Em uma década, cai pela metade, de 16% para 8%, o índice de paulistanos que não se posicionam ideologicamente

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Em uma década, o eleitorado da cidade de São Paulo ganhou adeptos à esquerda do espectro ideológico, mas a direita continua sendo mais representativa. Em uma escala de 1 a 7 em que 1 o máximo à esquerda e 7 o máximo à direita, os eleitores paulistanos estão na posição 4,3, em média, ou seja, estão mais próximos do centro. Uma parcela de 28% se coloca na posição mais à direita (7), e 12% estão na centro-direita (6+5). Do outro lado, 21% se posicionam ideologicamente mais à esquerda (1), e há 10% que se colocam na centro-esquerda (2+3). No centro do espectro estão 22% dos eleitores, e há 8% que não se posicionaram.

Duas pessoas segurando a seta correndo na posição oposta. Escolhas e Encontrar ou Escolher o caminho certo. Ilustração vetorial moderna em estilo simples.
Duas pessoas segurando uma seta correndo na posição oposta. Ilustração vetorial moderna em estilo simples. - Vadym/Adobe Stock/Vadym/Adobe Stock

Pesquisa realizada em abril de 2013 mostrava menos paulistanos tanto na esquerda (14%) quanto na direita (20%), com parcela igual na centro-esquerda (10%) e índice similar na centro-direita (14%). Havia 24% que se situavam no centro, e 16% não se posicionavam, o dobro do índice atual (8%). Mesmo com esses movimentos, a média geral era a mesma (4,3).

Eleitores que estudaram até o ensino fundamental se posicionam mais à direita (5,0) do que aqueles que possuem escolaridade média (4,3) e superior (3,8). Os mais pobres, com renda familiar de até 2 salários, também estão mais à direita (4,5) do que os segmentos de renda intermediária (4,2) e alta (4,1 na faixa de 5 a 10 salários, e 3,4 na faixa acima de 10 salários). Entre os evangélicos, a média de posicionamento é 4,7, e entre católicos, 4,4.

No cenário eleitoral, Guiherme Boulos (PSOL) é o pré-candidato a prefeito com potenciais eleitores, em média, mais à esquerda (3,0), sendo que 45% se posicionam na posição 1, no extremo à esquerda da escala. Do outro lado, Kim Kataguiri (UB) e Pablo Marçal (PRTB) têm os potenciais eleitores mais à direita (5,2 para ambos), e os que declaram voto no atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), colocam-se na posição 5,0. Os potenciais eleitores do apresentador José Luiz Datena (PSDB) estão na posição 4,5 da escala ideológica, e Maria Helena (Novo), na posição 4,1. Os dois são os que mais se aproximam da média do eleitorado paulistano (4,3). Entre os potenciais eleitores da deputada federal Tabata Amaral (PSB), a média de posicionamento ideológica é 4.0.

O Datafolha também consultou os eleitores se eles se consideravam petistas ou bolsonaristas, utilizando como medida uma escala de 1 a 5 em que 1 significa ser bolsonarista e 5 ser petista. Foram considerados bolsonaristas 25% dos eleitores da capital paulista, que se dividem entre aqueles no extremo da escala, na posição 1, que somam 19%, e aqueles que se colocam na posição 2, que somam 6%. Os petistas são mais numerosos (43%), e se dividem entre aqueles na posição mais extrema de petismo, na posição 5, que representam 31% do eleitorado, e os que estão na posição 4, abrangendo 12%. No centro, na posição 3, estão 23%, e há 9% que dizem não se encaixar nessa escala, além de 1% que preferiu não opinar. Não houve mudança na divisão dos segmentos da escala na comparação com pesquisa realizada em março deste ano.