Beto Richa lidera ranking de avaliação de prefeitos

DE SÃO PAULO

Márcio Lacerda (PSB), de Belo Horizonte, fica em segundo

O prefeito de Curitiba, Beto Richa, do PSDB, confirma sua popularidade e lidera o ranking de prefeitos em estudo do Datafolha, junto aos moradores de 16 anos ou mais de dez capitais brasileiras. Como principal critério para o ranking, o Datafolha utiliza a nota média atribuída aos prefeitos, em uma escala que vai de zero a dez; caso ocorra empate, um índice de popularidade construído pelo instituto é utilizado como critério de desempate.

Esse índice varia de 0 (reprovação total) a 200 (aprovação absoluta), e é calculado subtraindo-se as taxas da avaliação negativa (ruim e péssimo) das avaliações positivas (ótimo e bom). A esse resultado soma-se 100 (para evitar a ocorrência de números negativos), e se chega assim ao índice de popularidade. Para esse cálculo as taxas referentes aos entrevistados que não sabem opinar são excluídas.

A nota média de Beto Richa é de 7,9, ante 7,8 obtida em pesquisa de março desse ano e 7,7 em setembro de 2008. Já a aprovação ao prefeito curitibano chega a 84% (avaliação de ótimo ou bom a seu governo), oscilando dois pontos percentuais para cima em relação a março, e quatro pontos percentuais em relação a setembro do ano passado. Os que consideram sua gestão regular somam 10%, e ruim ou péssimo atinge apenas 5%. Com esses resultados, o índice de popularidade do prefeito é de 180 pontos, 37 pontos a mais do que o segundo colocado.

O prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda (PSB), em quarto lugar na pesquisa de março, é agora o segundo melhor avaliado, com nota média de 6,4, (era de 6,0 em março), e aprovação de 50%, dezoito pontos percentuais acima da verificada na pesquisa anterior, quando 32% consideravam ótima ou boa sua administração. Avaliam-no como regular 33%, e 10% ruim ou péssimo, enquanto a parcela dos que não sabem avaliar seu governo variou de 28% anteriormente para 7% agora. Márcio Lacerda tem índice de popularidade de 143.

A terceira posição é ocupada por José Fogaça (PDMB), de Porto Alegre, mesma colocação da pesquisa anterior. A nota média atribuída ao prefeito é de 5,9. Seu governo é considerado ótimo ou bom por 38%, taxa seis pontos percentuais menor do que a observada em março desse ano (44%), enquanto os que avaliam sua gestão como regular variou de 40% para 47%. Desaprovam-no 11%, e 4% não sabem opinar. O prefeito da capital gaúcha tem índice de popularidade de 128 pontos.

Já o prefeito do Recife pelo PT, João da Costa, ganhou quatro posições no ranking (de oitavo em março para quarto lugar agora), com nota média de 5,6 e 30% de ótimo ou bom, mesmo percentual de nove meses atrás. Acham seu governo regular 38% (era de 37% na ocasião anterior), e desaprovam seu governo, 29%. Outros 3% não sabem avaliar. O índice de popularidade do prefeito é de 101 pontos.

O prefeito da maior cidade do país, Gilberto Kassab (DEM), fica na quinta posição, a mesma conseguida no ranking anterior. Os moradores de São Paulo atribuem nota 5,4 ao prefeito, um ponto abaixo da verificada há cerca de um ano, em novembro de 2008 (6,4), e ligeiramente menor do que a obtida em março (5,8). Avaliam-no como um prefeito ótimo ou bom 39%, parcela que é seis pontos percentuais menor do que a observada na pesquisa de março, e dezessete pontos percentuais abaixo da obtida em novembro de 2008 (56%). Consideram-no regular 33% (eram 30% em março), e 27%, ruim ou péssimo (23% na ocasião anterior); 1% não sabe avaliar sua gestão. Gilberto Kassab tem índice de popularidade de 112 pontos.

O prefeito de Santa Catarina, Dário Berger (PMDB) foi o que mais perdeu posições, em relação ao ranking verificado em março desse ano. Segundo colocado anteriormente, o peemedebista ocupa agora a sexta posição entre os prefeitos avaliados, com nota média de 5,3 e aprovação de 35%, ante 52% dos que o avaliaram como ótimo ou bom há nove meses. A parcela dos que o aprovam é idêntica à dos que o avaliam como regular. Outros 29% consideram-no ruim ou péssimo, 2% não sabem dizer. O índice de popularidade do prefeito é de 106 pontos.

Luizianne Lins (PT), prefeita de Fortaleza, antes sexta colocada, agora está na sétima posição. Os moradores da capital cearense atribuem nota 5,1 para ela, que tem 33% de ótimo ou bom, oito pontos percentuais a menos do que o obtido na pesquisa de março (41%), e dezessete pontos percentuais abaixo da aprovação de setembro de 2008 (50%). Hoje, 29% consideram sua gestão regular, e 36%, ruim ou péssimo (era 27% há nove meses). Não sabem avaliar sua gestão, 2%. Seu índice de popularidade chega a 97.

Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro pelo PMDB também perdeu uma posição, de sétimo para oitavo lugar. Sua nota média entre os moradores da cidade é de 5,0, um ponto a menos do que a obtida em março de 2009 (6,0). A taxa dos que consideram sua gestão ótima ou boa variou de 38% em março para 29% agora, e a parcela dos que o avaliam como regular subiu de 32% para 41%. Outros 29% desaprovam seu governo (ruim ou péssimo), e 2% não sabem dizer. Paes tem índice de popularidade de 100 pontos.

Em último lugar no ranking de avaliação de dez prefeitos figura o prefeito de Salvador, João Henrique Carneiro (PDMB), que também ocupou a última posição na pesquisa de março. Os moradores da capital baiana dão-lhe nota 4,9, 25% acham sua gestão ótima ou boa, parcela menor do que os que a consideram regular (39%), bem como ruim ou péssima (35%). Ele atinge índice de popularidade de 90 pontos.