47% dos brasileiros avaliam como regular o desempenho de deputados e senadores

DE SÃO PAULO

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Índices de reprovação continuam em queda

Pesquisa realizada pelo Datafolha entre os dias 12 e 14 de dezembro, em todo o país, revela que 47% dos brasileiros avaliam como regular o desempenho dos atuais senadores e deputados federais, 17% como ótimo ou bom, 29% como ruim ou péssimo e 7% não souberam responder.

Comparando-se os atuais resultados com pesquisas anteriores, nota-se que os índices de reprovação do congresso continuam apresentando taxas decrescentes (de 40% em junho de 2001, caiu para 34% em setembro de 2001 e agora mais cinco pontos, de 34% para 29%). A atual taxa de reprovação ao congresso nacional é a segunda mais baixa desde que o Datafolha iniciou a pesquisa (junho de 1999). A menor foi verificada em março de 2001 (27%).

Já, a taxa de aprovação mantém-se estável em 17%, depois de cair sete pontos percentuais, de 21%, em março de 2001, para 13%, em junho de 2001.

Observando-se os resultados, nota-se que a reprovação aos congressistas é maior entre os entrevistados residentes no estado de São Paulo (33%), os paulistas (37%), os homens (33%), os que moram na região metropolitana (32%), entre os mais escolarizados (39%), aqueles os com renda familiar acima de 20 salários (41%), os pertencentes às classes A ou B (38%), os profissionais liberais (48%), aqueles que criticam o governo FHC (41%) e os simpatizantes do PT (32%).

Entre os que aprovam o desempenho dos atuais congressistas (17% no total), sobressaem-se, principalmente os cearenses (25%), os mais jovens (21%), os residentes no Norte/Centro Oeste (24%), as donas de casa (22%), os que aprovam o governo FHC (35%), aqueles que pretendem votar em Itamar Franco para presidente (25%) e os simpatizantes do PFL (26%).

Quando as duas casas são avaliadas separadamente, a pesquisa revela dados bem parecidos. Entre os senadores a taxa de aprovação é de 19%, 47% os consideram regular 25% os reprovam. Já, entre os deputados federais essas taxas são de 18%, 47% e 27%, respectivamente.

Comparando-se os atuais resultados com o levantamento realizado em setembro, nota-se que os entrevistados estão menos críticos ao desempenho dos atuais senadores. Naquela oportunidade 33% dos entrevistados os avaliavam como ruins ou péssimos e hoje esse percentual não passa de 25%. A taxa de ótimo ou bom oscilou um ponto percentual (de 18% para 19%) e a de regular cresceu cinco pontos (de 42% para 47%).

As maiores taxas de reprovação ao desempenho dos senadores estão entre os pernambucanos e os moradores do Distrito Federal (32%, cada), os paulistas e os cariocas (35%, cada), os mais escolarizados (36%), aqueles com renda familiar acima de 20 salários (37%), os pertencentes às classes A ou B (35%), os trabalhadores autônomos (33%), aqueles que criticam a administração FHC (37%) e os simpatizantes do PTB (37%).

Os brasileiros também se mostram menos críticos ao desempenho dos deputados. Em relação ao levantamento realizado em setembro, nota-se uma pequena queda na taxa de reprovação (de 31% para 27%), enquanto a taxa de aprovação recuou três pontos percentuais (de 21% para 18%), e a de regular cresceu seis pontos, de 41% para 47%.

Estratificando-se os resultados, observa-se que as maiores taxas de reprovação ao desempenho dos deputados federais estão entre os pernambucanos (33%), os moradores da capital paulista (38%), os mais escolarizados (36%), aqueles com renda familiar acima de 10 a 20 salários (40%), os pertencentes às classes A ou B (37%), os empresários (42%) e aqueles que criticam o governo do presidente Fernando Henrique (38%).