Popularidade de governador supera a de Mário Covas
O governador do estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, que está em seu segundo mandato, continua sendo aprovado pela maioria da população, mostra pesquisa realizada pelo Datafolha. No entanto, a aprovação ao governador caiu cinco pontos percentuais em relação a pesquisa realizada em dezembro.
Para 59% dos paulistas Geraldo Alckmin está fazendo um governo ótimo ou bom; para 29% ele vem tendo um desempenho regular e na opinião de 9% ele tem sido um governador ruim ou péssimo.
Alckmin assumiu definitivamente o governo paulista após a morte do governador Mário Covas, em março de 2001. Em junho daquele ano, pesquisa realizada pelo Datafolha mostrava que o governador era aprovado por 34%, considerado regular por 44% e ruim ou péssimo por 14%. Aquela foi uma das mais baixas taxas de aprovação de Alckmin. Desde agosto de 2002, ano em que viveu a vitoriosa campanha à reeleição, a aprovação ao governador vinha aumentando de maneira contínua; a presente pesquisa mostra a primeira queda na popularidade do governador desde então. Naquela ocasião, 32% consideravam seu desempenho ótimo ou bom; no fim de setembro a aprovação ao governador passou a 41%; em outubro, antes do segundo turno, essa taxa chegou a 56%. Em dezembro, após a eleição, a aprovação ao governador paulista atingiu seu recorde: 64%.
A mesma pesquisa mostrava que a expectativa de que Geraldo Alckmin fizesse um governo ótimo ou bom chegava a 74%. Para 19% ele faria um governo regular e para 5% seu desempenho seria ruim ou péssimo.
Geraldo Alckmin supera em popularidade seu antecessor, Mário Covas, que teve seus melhores momentos ao final de seu primeiro ano de governo, em dezembro de 1995, quando recebia 37% de aprovação, e ao término de seu primeiro mandato, em dezembro de 1998, quando 38% dos paulistas consideravam seu desempenho ótimo ou bom.
Em relação a dezembro, as variações mais significativas em relação à aprovação do governador ocorreram entre os paulistas com escolaridade superior (caiu de 67% para 57%), entre aqueles que ganham de cinco a dez (passou de 69% para 62%) e mais de dez salários mínimos (foi de 67% para 62%), entre as mulheres (variação de 66% para 58%) e entre aqueles que têm de 25 a 34 anos (de 68% para 59%).
Entre os que se declaram simpatizantes do partido ao qual o governador pertence, o PSDB, a aprovação a ele chega a 82; entre os simpatizantes do PT a aprovação a Alckmin fica dentro da média (58%). Entre os que votaram em seu companheiro de partido, José Serra, para presidente no segundo turno da eleição do ano passado, a aprovação ao governador paulista atinge 76%; já entre os que afirmam ter votado no presidente Luiz Inácio Lula da Silva essa taxa é de 55%.
A nota média atribuída a Geraldo Alckmin é 6,7. Para 4% ele merece nota zero, para 18% nota sete, para 19% nota nove e para 13% nota dez.
O Datafolha entrevistou 1.709 pessoas em 44 cidades no estado de São Paulo, nos dias 31 de março e 1º de abril. A margem de erro máxima para esta pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.