Taxa de aprovação caiu cinco pontos em um ano
O governador do estado de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), chega aos três anos e dez meses de governo com a aprovação de 60% da população, segundo o Datafolha. Para 27%, Alckmin vem tendo um desempenho regular. Desaprovam o governo do peessedebista 9% dos moradores do estado.
Foram entrevistados 1876 moradores do estado de São Paulo, a partir de 16 anos de idade, entre os dias 14 e 17 de dezembro de 2004. A margem de erro máxima para o levantamento é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Alckmin, que assumiu definitivamente o governo paulista após a morte do governador Mário Covas, em março de 2001, vem sendo aprovado pela maioria dos moradores do estado desde outubro de 2002, mês em que seria eleito para um segundo mandato, e quando atingiu a aprovação de 56%. Essa taxa chegou a 64% em dezembro daquele ano, melhor marca de seu mandato até então, e caiu para 59% em abril de 2003. Em dezembro do ano passado a aprovação ao governador voltou ao patamar recorde de seu governo, chegando a 65%, taxa cinco pontos maior do que a registrada hoje. De um ano para cá, foram registradas oscilações das taxas de regular (dois pontos para cima) e ruim ou péssimo (um ponto para cima).
Geraldo Alckmin vem se saindo melhor do que Mário Covas, na avaliação dos moradores do estado. O ex-governador teve seus melhores momentos ao final de seu primeiro ano de governo, em dezembro de 1995, quando recebia 37% de aprovação, e ao término de seu primeiro mandato, em dezembro de 1998, quando 38% dos paulistas consideravam seu desempenho ótimo ou bom.
A aprovação ao governador chega a 67% entre os moradores do estado que têm renda familiar mensal acima de 10 salários mínimos e a 65% entre os que têm nível superior de escolaridade. Alckmin recebe aprovação ligeiramente maior das mulheres (62%) do que dos homens (58%). Entre os paulistas com idade entre 16 e 25 anos a taxa dos que consideram o desempenho do governador ótimo ou bom é de 53%, sete pontos abaixo da média; já a dos que o consideram regular fica oito pontos acima da média, chegando a 35%. Entre os que têm de 26 a 40 anos, 67% aprovam (sete pontos acima da média) e 21% consideram o governador regular (seis pontos abaixo da média). A avaliação de Alckmin fica dentro da média entre os que têm 41 anos ou mais: 59% aprovam, 21% consideram regular e 8% reprovam.
Na capital, a avaliação do governador é ligeiramente menos positiva do que a que obtém nas outras cidades localizadas na Região Metropolitana e no Interior. Alckmin é aprovado por 55% dos paulistanos, considerado regular por 31% e reprovado por 12%. Nas outras cidades da RM, 62% aprovam o governador, 25% consideram seu desempenho regular e 10% o reprovam. No interior, essas taxas são de, respectivamente, 63%, 26% e 6%.
Apesar da aprovação ser menor na capital, a taxa obtida hoje é seis pontos maior do que a verificada em outubro (49%).
Em uma escala que vai de zero a dez, Geraldo Alckmin fica com nota média 6,9. Para 12% ele merece nota dez; para 3%, nota zero.
Para paulistas, violência e desemprego são principais problemas do estado
A violência e a criminalidade, citadas por 27%, e o desemprego, por 25%, são os principais problemas do estado hoje, segundo os paulistas entrevistados pelo Datafolha. A saúde vem em terceiro lugar, com 12% das menções. AS enchentes são citadas por 6% e a educação por 4%. Pobreza (3%), habitação, transporte (2%, cada) e consumo e tráfico de drogas (1%) são alguns dos outros problemas lembrados, espontaneamente, pelos entrevistados.
A violência ocupa sozinha o primeiro lugar como o principal problema do estado entre os paulistas que têm nível superior de escolaridade e renda familiar mensal acima de dez salários mínimos. Nesses segmentos, as menções a esse problema chegam a 37%. O desemprego é citado por 18% dos que têm maior escolaridade (sete pontos abaixo da média) e por 20% dos que têm maior renda (cinco pontos abaixo da média)
Apesar do alto índice de aprovação que tem o governador Geraldo Alckmin, 39% dos paulistas não sabem dizer em qual área seu governo está se saindo melhor. As áreas mais citadas como de melhor desempenho são educação (10%), saúde (8%), segurança pública, habitação (6%, cada), transporte (4%), combate ao desemprego (3%), combate às enchentes (2%), saneamento básico, combate à miséria e combate à corrupção (1%, cada). Para 8% o governo estadual não está se saindo melhor em nenhuma área.
O percentual de paulistas que não sabem dizer em qual área o governo Alckmin vem se saindo pior também é bastante expressivo: 36%. Entre as áreas mais citadas como de pior desempenho figuram duas das quais têm a ver com os principais problemas do estado: a segurança pública, mencionada por 17%, e o combate ao desemprego, com 12% de menções. A saúde é apontada como área de pior desempenho por 14%. Vêm a seguir, entre outras, a educação (5%), a habitação e o combate às enchentes (2%, cada). Para 4%, o governo estadual não tem se saído pior em nenhuma área.
Entre os paulistas que têm nível superior de escolaridade e renda familiar mensal acima de dez salários mínimos as referências à área da segurança pública como a de pior desempenho do governo Alckmin chegam a 32%.