A ligeira melhora na avaliação do desempenho do Congresso Nacional detectada na última pesquisa do Datafolha durou pouco: se a reprovação ao trabalho de deputados e senadores por parte dos brasileiros tinha caído 13 pontos entre outubro e fevereiro, de 46% para 33%, hoje ela volta a subir, chegando a 41%, ou seja, um aumento de oito pontos em pouco mais de um mês. Esse aumento na reprovação acompanha a queda no percentual dos que consideram o desempenho dos congressistas regular, que foi de 43% para 37%, e a oscilação para baixo da taxa dos que acham que eles vêm fazendo um trabalho ótimo ou bom, de 16% para 14%.
A pesquisa de fevereiro provavelmente refletia o impacto de medidas tomadas pela Câmara, como a extinção da remuneração adicional que era paga durante a convocação extraordinária do Congresso e a redução do recesso parlamentar.
Já o levantamento atual, feito nos dias 16 e 17 de março, ocorre dias depois da absolvição de alguns políticos acusados de envolvimento no chamado "escândalo do mensalão", como Roberto Brant (PFL-MG), Professor Luizinho (PT-SP) e Pedro Henry (PP-MT).
A reprovação ao Congresso chega a 54% entre os que têm escolaridade superior e a 51% entre os brasileiros com renda familiar mensal acima de dez salários mínimos.
O Datafolha entrevistou 3801 brasileiros, a partir dos 16 anos de idade, e a margem de erro máxima, para o total da amostra, é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.