A reprovação ao Congresso Nacional, que já tinha subido de fevereiro para março, ficou um pouco maior neste começo de abril, revela pesquisa realizada pelo Datafolha nos dias 6 e 7. O percentual dos que consideram o desempenho de deputados federais e senadores ruim ou péssimo subiu de 41% para 47%. Para 34% eles vem tendo um desempenho regular - eram 37% em março. Apenas 13% acham que os congressistas estão fazendo um trabalho ótimo ou bom, taxa que representa uma oscilação para baixo, de um ponto percentual, em relação ao levantamento anterior.
A atual taxa de reprovação é similar aos índices obtidos entre julho e outubro de 2005, no auge das revelações a respeito do chamado escândalo do "mensalão". Em agosto, ela chegou a 48%, a pior avaliação recebida por parte de senadores e deputados federais desde o chamado escândalo do Orçamento, que se tornou público em 1993.
Tal avaliação reflete acontecimentos recentes, como a dança da deputada Ângela Guadagnin (PT-SP), no plenário da Câmara, para comemorar a absolvição do deputado João Magno (PT-MG), acusado de participar do "mensalão", e a absolvição de outros congressistas envolvidos no escândalo, como o ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha (PT-SP).
A reprovação ao Congresso chega a 66% entre os que têm escolaridade superior e a 64% entre os brasileiros com renda familiar mensal acima de dez salários mínimos.
O Datafolha ouviu 3795 brasileiros de todas as unidades da Federação, a partir dos 16 anos de idade. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.