Taxa de aprovação a Lula volta a subir e a atingir patamar recorde

DE SÃO PAULO

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Após ter recuado cinco pontos percentuais entre novembro de 2008 e março deste ano, o percentual de aprovação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a subir, voltando ao patamar recorde atingido no final do ano passado. Para 69% dos brasileiros ele está fazendo um governo ótimo ou bom, taxa quatro pontos maior do que a registrada em março, e que empata com o recorde de 70% obtido em novembro. Naquela ocasião, o petista atingiu a maior taxa de aprovação obtida por um presidente desde que o Datafolha começou a fazer pesquisas nacionais de avaliação do governo Federal, em 1990.

O percentual dos que consideram o desempenho do presidente regular passou de 27% no último levantamento para 24% hoje, e o dos que consideram que ele está fazendo um governo ruim ou péssimo oscilou de 8% para 6%.

O Datafolha ouviu 5129 brasileiros, a partir dos 16 anos de idade, entre os dias 26 e 28 de maio de 2009. A margem de erro máxima, para os resultados que se referem ao total de entrevistados, é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Lula supera as melhores marcas de seus antecessores eleitos por voto direto: Fernando Henrique Cardoso (47% em dezembro de 1996), Itamar Franco (41% em dezembro de 1994) e Fernando Collor de Mello (36% em junho de 1990).

A nota atribuída a Lula pelos brasileiros, em uma escala de zero a dez, é 7,6, idêntica à que recebia em novembro. Em março, a nota atribuída ao presidente era 7,4.

Entre os brasileiros que moram no Sudeste o percentual dos que consideram o desempenho do presidente ótimo ou bom subiu sete pontos percentuais, passando de 60% para 67%. O petista também viu sua taxa de aprovação aumentar sete pontos nas regiões Norte e Centro-Oeste (de 64% para 71%). Entre os que moram no Sul, a variação positiva foi de dois pontos (de 57% para 59%). Os nordestinos continuam sendo os que mais apoiam o governo Lula. Nesse segmento, a taxa de aprovação ao petista chega a 77%; não houve alteração em relação à pesquisa anterior.

A taxa de aprovação ao desempenho de Lula subiu seis pontos percentuais entre os que moram em cidades localizadas em regiões metropolitanas (de 61% para 67%) e quatro pontos entre os que moram no interior (de 67% para 71%).

Entre os que têm escolaridade fundamental a taxa de aprovação ao petista passou de 68% para 72%. Entre os que têm o ensino médio ela variou de 62% para 67%. No segmento dos mais escolarizados ela se mantém em 64% desde novembro do ano passado.

No segmento dos brasileiros que vivem com rendimentos de até cinco salários mínimos por mês a aprovação ao petista subiu cinco pontos percentuais, de 66% para 71%. Entre os que ganham entre cinco e dez salários mínimos, o aumento na taxa de aprovação também foi de cinco pontos, tendo passado de 62% para 67%.

O único segmento no qual Lula viu a aprovação à sua administração piorar foi entre os que têm renda familiar acima de dez salários mínimos. Nesse estrato, o percentual dos que consideram o desempenho de Lula ótimo ou bom caiu sete pontos percentuais, passando de 58% para 51%.

No que se refere à idade, a taxa de aprovação a Lula subiu principalmente entre os que têm 60 anos ou mais, passando de 63% para 71%, um aumento de oito pontos percentuais. O percentual dos que consideram o desempenho do petista ótimo ou bom subiu tanto entre os homens (de 68% para 73%) quanto entre as mulheres (de 62% para 67%).

Entre os brasileiros que têm intenção de votar em Dilma Rousseff para presidente, possível candidata do PT em 2010, a taxa dos que aprovam Lula chega a 88%. Entre os que pretendem votar no tucano José Serra, essa taxa é de 62%, sete pontos abaixo da média que o petista obtém nacionalmente. Entre os que preferem um outro tucano, Aécio Neves, a aprovação a Lula chega a 67%, dentro da média nacional.

As taxas de aprovação a Lula também subiram no que se refere a seu desempenho nas áreas econômica e social, atingindo índices que são recordes ao longo de seu mandato.

O desempenho do presidente na área econômica é considerado ótimo ou bom por 63%, taxa dez pontos maior do que a registrada em março (53%) e similar à verificada em novembro do ano passado (61%). A taxa dos que consideram o desempenho do petista regular na área econômica caiu seis pontos percentuais (de 35% para 29%) e a dos que definem seu governo nessa área como ruim ou péssimo passou de 10% para 7%.

Na área social, sua atuação é aprovada por 62%. Ela era sete pontos menor em março (55%). Em novembro, 58% consideravam o governo Lula ótimo ou bom em sua atuação social. A taxa dos que consideram o desempenho do petista na área social regular caiu de 33%, no levantamento anterior, para 29%, hoje, e a dos que classificam seu governo como ruim ou péssimo oscilou de 9% para 7%.

Para 67%, daqui para a frente o presidente Lula fará um governo ótimo ou bom. Essa taxa é seis pontos superior à registrada em março (61%) e, mais uma vez, similar à verificada em novembro do ano passado (66%). Ela é quase idêntica à taxa de aprovação atual (69%). Para 22% ele fará um governo regular (eram 25% em março) e, na opinião de 7%, terá um desempenho ruim ou péssimo (eram 9%).