Reprovação chega a 44%
A avaliação da atual composição do Congresso Nacional, eleita em 2006 e com dois anos e sete meses no poder, piora em relação à verificada em maio deste ano: enquanto 19% consideravam o desempenho de senadores e deputados ótimo ou bom há quase três meses, essa taxa caiu para 14% agora, ao mesmo tempo em que a parcela dos que avaliam o desempenho da instituição como ruim ou péssimo subiu de 34% para 44% hoje. Para 36%, o desempenho é regular, ante 41% observado em maio.
Em meio à crise do Senado, cujo foco se concentra nas denúncias contra seu presidente José Sarney, a taxa de reprovação volta ao patamar observado em novembro de 2007 (45%), quando as denúncias atingiam Renan Calheiros, presidente licenciado do Senado na época, e é próxima do recorde negativo observado em agosto de 2005, no auge do escândalo do Mensalão, quando 48% consideravam ruim ou péssimo o desempenho de deputados federais e senadores.
Foram entrevistados pelo Datafolha 4.100 brasileiros com 16 anos ou mais, entre os dias 11 e 13 de agosto de 2009. A margem de erro para o total da amostra é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
O Congresso Nacional é reprovado principalmente pelos homens (51%, contra 38% das mulheres), pelos brasileiros mais escolarizados (59%, ante 37% dos que estudaram até o primeiro grau), pelos que declaram renda acima de dez salários mínimos (65%) e pelos que moram na região Sudeste do país (49%).
A reprovação ao desempenho dos congressistas também é maior entre os que tomaram conhecimento das denúncias (51%) contra José Sarney, presidente do Senado, principalmente entre os que se dizem bem informados sobre as mesmas (61%).