Em 1997 o Datafolha fez o primeiro levantamento sobre os hábitos sexuais dos brasileiros, na época foram ouvidas 2054 pessoas. Depois de 12 anos o instituto volta a campo para identificar as mudanças no comportamento dos brasileiros durante esse período.
No levantamento atual foram entrevistadas 1.888 pessoas com idade entre 18 e 60 anos entre os dias 9 e 11 de setembro de 2009, em 125 municípios de todas as regiões do país. A margem de erro da pesquisa, para o total da amostra, é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Com o objetivo de evitar recusas e garantir maior veracidade aos resultados, foram elaborados dois tipos de questionários: o primeiro era aplicado pelo pesquisador e continha perguntas sobre opinião e perfil do entrevistado. O segundo questionário era de auto preenchimento e continha perguntas sobre hábitos e fantasias sexuais, entre outras.
Para evitar constrangimento dos entrevistados as equipes de entrevistadores eram formadas por duplas, de forma que os pesquisadores entrevistem pessoas do mesmo sexo, isto é, homens entrevistaram homens e mulheres entrevistaram mulheres.
Após responder o primeiro questionário, o entrevistado recebia o segundo, o preenchia e o colocava em uma urna lacrada. Esse método garante total sigilo das informações. O Datafolha adota esse tipo de abordagem para pesquisas realizadas sobre temas polêmicos como utilização de drogas ou que abordem o tema sexualidade.
92% dos brasileiros se interessam por sexo; 96% já tiveram relações sexuais
A pesquisa revela que 92% dos brasileiros têm interesse por sexo, sendo que a maior parte (40%) tem interesse médio, 30% têm grande interesse, 18% têm interesse muito grande e 4% têm um interesse pequeno. Já 7% não têm nenhum tipo de interesse.
Têm interesse muito grande por sexo principalmente os homens (26%), os que têm entre 25 e 34 anos (25%), os que fazem sexo todos os dias (33%), os que costumam ter relações com outras pessoas além do parceiro fixo (34%) e os bissexuais (25%). Entre as mulheres, 10% têm interesse muito grande por sexo. Na comparação entre os que já tiveram relações sexuais e os que ainda são virgens, 5% destes têm um interesse muito grande pelo assunto, ante 18% daqueles.
Em 1997, o Datafolha realizou pesquisa com o mesmo tema. Em relação a esse levantamento, o percentual de quem tem interesse médio por sexo oscilou negativamente de 43% para 40%. Já, em relação ao grau de grande interesse, a parcela passou de 26% para 30%, o interesse muito grande foi de 16% para 18%, enquanto que os brasileiros que declaram nenhum interesse variou de 9% para 7%, e a parcela dos que têm um interesse pequeno, de 5% para 4%.
Praticamente a totalidade (97%) afirma que os brasileiros em geral se interessam por sexo, sendo que na opinião de 42% este interesse é muito grande, para 36% ele é grande, para 17%, os brasileiros têm interesse médio por sexo, e segundo 2%, no geral há um pequeno interesse. Para 1%, os brasileiros não têm interesse pelo assunto e 4% não souberam responder. Entre os que acham que os brasileiros têm um interesse muito grande por sexo destacam-se as mulheres (46%, ante 37% entre dos homens), os que possuem ensino médio (46%), os que praticam sexo menos de uma vez por mês (54%), os bissexuais e os viúvos (48%, cada) e os homossexuais (49%).
Em comparação com a pesquisa anterior, a taxa dos que acreditam que os brasileiros têm um interesse muito grande por sexo manteve-se praticamente a mesma (43% antes, 42% agora), de que os brasileiros têm um grande interesse subiu de 30% para 36%, de que têm interesse médio manteve-se em 17%, de que têm um pequeno interesse manteve-se em 2%, e de que não têm interesse variou de 2% para 1%. A parcela dos que não souberam responder oscilou de 7% para 4%.
Sobre o grau de liberação em relação ao sexo, praticamente não houve mudanças da última pesquisa à atual. Os que se consideram liberados, com restrição a algumas experiências, oscilou de 39% para 42%, os que se consideram totalmente liberados, abertos a qualquer experiência, foram de 21% a 24%, os que são poucos liberados, com restrições a muitas experiências, eram 16% e agora são 17%, e o percentual de pessoas que se consideram nada liberadas, fechadas a qualquer tipo de experiências, variou de 14% para 15%.
Consideram-se liberados, com restrição a algumas experiências, principalmente os mais escolarizados (61%), os homossexuais (51%) e os que fazem sexo menos de uma vez por mês (62%). Entre homens e mulheres, consideram-se totalmente liberados 27% deles ante 20% delas. Também se consideram liberados com restrições, entre os que já tiveram relações sexuais e os que ainda não tiveram, 43% daqueles e 25% desses.
Convidados a opinar sobre o grau de liberação dos brasileiros em relação ao sexo, 45% dos entrevistados afirmam que os brasileiros são totalmente liberados, abertos a qualquer experiência (crescimento de 24 pontos percentuais em relação a 1997, que eram 21%). Os que acham que os brasileiros são liberados, com restrições a algumas experiências mantiveram-se estáveis (de 39% para 37%), os que consideram a população brasileira pouco liberada, com restrições a muitas experiências, caíram de 16% para 11% e os que a acham nada liberada, de 14% para 4%. Não souberam responder eram 9% e agora são 2%.
Na comparação entre homens e mulheres, 38% deles opinam que os brasileiros são totalmente liberados, perante 52% delas. Mesma opinião têm os virgens (57%, contra 45% dos que já fizeram sexo), os de menor renda (51%), os menos escolarizados e os mais jovens (50%), os virgens (57%) e os viúvos (52%).
Perguntados se já tiveram relações sexuais, 96% dos brasileiros afirmam que sim, ante 4% que são virgens. Entre os jovens de 18 a 24 anos encontramos o menor percentual de quem já fez sexo: 87%.
77% consideram ótima ou boa sua vida sexual
55% temem não satisfazer o(a) parceiro(a)
Consideram sua vida sexual como ótima ou boa, atualmente, 77% dos entrevistados que já tiveram relações sexuais. Consideram-na regular, 16% e 6%, ruim ou péssima. Esses percentuais foram, respectivamente, de 68%, 22% e 7% na pesquisa de 1997. Na comparação entre homens e mulheres, 83% dos homens consideram sua vida sexual ótima ou boa, ante 70% das mulheres. Têm essa mesma opinião os que possuem ensino médio (81%), os casados (82%) e os que fazem sexo todos os dias (90%).
Para 50% dos que já fizeram sexo, atingir o orgasmo na relação sexual é muito importante, enquanto que para 37% é importante. Consideram o orgasmo mais ou menos importante, 6%, e 3% acham-no um pouco importante, e o percentual de quem o acha nada importante é de 2%. Não opinaram, 3%. Entre homens e mulheres, 56% deles dão muita importância ao orgasmo, ante 44% delas que têm a mesma opinião. Também acham muito importante atingir o orgasmo ao fazer sexo, principalmente, os que costumam ter outros parceiros sexuais, além do parceiro fixo (56%) e os que fazem sexo todo dia (63%).
O Datafolha também quis saber a respeito da duração de uma relação sexual. Para 46% dos brasileiros com experiência de sexo, o tempo normal de uma relação sexual, incluindo as carícias preliminares é entre 30 minutos e uma hora. Já para 27%, o tempo é entre 10 e 20 minutos, 18% consideram mais de uma hora como tempo normal e 5%, menos de dez minutos. Consideram tempo normal entre 30 minutos e uma hora para o ato sexual, principalmente os que fazem sexo uma vez a cada 15 dias (52%).
Os brasileiros responderam ao Datafolha sobre alguns receios e temores em relação ao sexo. As alternativas foram apresentadas pelo Instituto aos entrevistados.
Questionados, a maioria (55%) admite ter medo de não satisfazer o(a) parceiro(a), ante pouco mais de um terço (37%) que afirmam não ter esse medo. Não responderam à pergunta 9%. O receio de não agradar sexualmente ao parceiro fica acima da média entre os de maior renda (67%), entre os que dizem manter relações sexuais com outros parceiros que não o fixo (61%) e entre os bissexuais (60%).
Um terço (30%) teme também que o(a) parceiro(a) o ache gordo(a), enquanto a maioria (60%) afirma não ter este receio, além de 11% que não souberam responder. Os que mais temem serem considerados gordos(as) pelos parceiros estão as mulheres (38%, taxa que é de 21% entre os homens), além dos que declaram renda entre cinco e dez salários, os mais escolarizados e os bissexuais (36% nos três estratos).
Quatro em cada dez brasileiros (41%) temem ficar muito tempo sem fazer sexo, mas uma parcela maior (49%) afirma não ter esta preocupação; 10% não souberam dizer. Os que mais temem ficar muito tempo sem sexo são os homens (47%, ante 36% delas), os mais ricos (52%), os que costumam ter relações com outras pessoas que não o parceiro estável (54%) e os bissexuais (47%).
Ser considerado ruim de cama é um medo para a mesma parcela dos que temem ficar sem sexo (41%), ante 49% que dizem não temerem um mau julgamento entre quatro paredes. Não responderam a essa questão, 10%. Esse tipo de receio é maior entre os mais escolarizados (52%) e entre os de maior renda familiar (58%).
O medo de não despertar o desejo do(a) parceiro(a) atinge 50% dos brasileiros que já iniciaram sua vida sexual, enquanto 39% dizem não ter esse temor, e 10% não souberam responder. Temem não se sentirem desejados principalmente os mais jovens (57%), os de maior renda (60%) e os que têm curso superior (59%).
Em uma época de liberalização sexual crescente, o Datafolha questionou os brasileiros sobre o medo de serem considerados(as) depravados(as): 26% admitiram essa preocupação, mas ela não atinge a maioria (63%). Não responderam a essa pergunta 11%. Esse tipo de preocupação fica acima da média entre os homossexuais (35%).
Quase a metade dos homens brasileiros (46%) têm medo de ter ejaculação precoce, enquanto parcela praticamente igual afirmam não ter este receio (43%), e 11% ficaram indecisos em responder. Entre os que temem ter ejaculação precoce destacam-se os mais escolarizados (58%), os de maior renda familiar (57%) e os que costumam ter outros parceiros sexuais, além do fixo (54%).
Além de ejaculação precoce, metade dos homens teme não ter ereção, entre os quais se destacam, novamente, os que têm ensino superior (65%), os que têm renda acima de dez salários mínimos (60%), os brasileiros que residem na região Sudeste (55%) e os bissexuais (76%). Por outro lado, 38% dizem não temer a falta de ereção; outros 12% não responderam.
Entre as mulheres, 33% temem que seu parceiro não tenha ereção, contra 46% que afirmam não ter esta preocupação. A taxa das que temem a falha do parceiro é de 36% entre as que têm ensino médio, de 43% entre as que vivem nas regiões Norte e Centro Oeste, 39% das solteiras, bem como das bissexuais, 42% das que têm relações sexuais com outros parceiros além do estável. Não souberam responder a essa questão 21% das mulheres.
Engravidar a parceira é um receio admitido por 39% dos homens, ante 49% que não têm esse tipo de medo e 12% que não responderam. Os jovens e os mais escolarizados (51% de cada), além dos solteiros e dos que dizem manter relações sexuais com outras pessoas além da fixa (ambos com 48%) são os que mais temem engravidar a parceira.
Já, temem engravidar 35% das mulheres que já mantiveram relações sexuais. A maior parte (46%), entretanto, dizem não ter este medo. Entre as que declaram renda familiar acima de dez salários mínimos, 43% têm medo de engravidar, mesmo percentual observado entre as mulheres das regiões Norte e Centro Oeste (43%), das solteiras (54%) e das que costumam ter relações com outros parceiros, além do fixo (45%).
A fidelidade é muito importante para 84% dos brasileiros
Mas 40% acham que relacionamentos abertos podem dar certo
Foram apresentadas algumas frases aos entrevistados para verificar em que medida eles concordavam ou não com elas. Indagados se vale tudo na hora do sexo, se for de comum acordo, 58% concordaram com essa afirmação, ante 32% que discordaram e 9% que não responderam. Entre os que têm 25 e 34 anos, 63% responderam que vale tudo na hora do sexo, mesma opinião entre os mais escolarizados (66%), entre os que mantêm relações sexuais com outras pessoas e entre os bissexuais (ambos com 71%).
Para 80% dos que já tiveram relação sexual, o sexo é muito importante em um relacionamento. Discordam dessa assertiva, 9%, e 10% não emitiram opinião.
Relacionamento aberto não dá certo para 49% dos brasileiros que já fizeram sexo. Já para 40%, esse tipo de relacionamento pode dar certo, e 12% não responderam. Concordam que o relacionamento aberto não dá certo, os mais escolarizados (57%) e os homossexuais (56%).
A fidelidade é muito importante em um relacionamento segundo a opinião de 84%, enquanto 6% discordam e 10% não souberam responder. Também dão importância à fidelidade principalmente os de renda de mais de cinco a dez salários mínimos (91%), os mais escolarizados (89%) e os que não estão tendo relações sexuais (90%).
Metade dos que já fizeram sexo (50%) concorda que se divertir na cama é mais importante do que atingir o orgasmo. Discordam somam 39% e 12% não souberam responder. Destacam-se, naqueles que concordam que a diversão na cama tem mais importância do que o orgasmo, os que têm ensino superior (60%), os que possuem renda de mais de cinco a dez salários mínimos (58%) e os que fazem sexo menos de uma vez por mês (64%).
A maioria dos que têm parceiros sexuais (67%) não guardam nenhum segredo sexual de seu/sua parceiro(a) atual. Guardam algum segredo, 26% e 7% não deram resposta. Entre homens e mulheres, 30% deles guardam algum segredo sexual contra 21% delas. O mesmo acontece com os bissexuais e com os que costumam fazer sexo com outras pessoas além do parceiro fixo (ambos com 45%).
A respeito do tamanho normal de um pênis, quando o homem está excitado, a maior parte das respostas dos brasileiros divide-se em duas medidas: 21% afirmam que o pênis atinge de 15 a 16 centímetros, e 19%, de 17 a 18 centímetros. Em seguida as respostas foram de 10 a 14 centímetros (12%), de 20 centímetros (8%) e mais de 20 centímetros (2%). Não sabem, 30% e 8% se recusaram a responder.
Destaque para a comparação entre homens e mulheres: 14% entre eles não sabem quanto mede o pênis de um homem, quando excitado, ante 46% entre elas que também não souberam dizer, e para a comparação entre virgens e os que já tiveram relações sexuais: 61% dos virgens contra 29% dos que já fizeram sexo não sabem dizer. Também não souberam opinar a respeito, os de renda até dois salários (35%), os que nunca tiveram relação sexual (61%), os viúvos (45%) e quem não está tendo relações sexuais (43%).
Aos homens foi perguntado o grau de satisfação com o tamanho de seu pênis, e 65% deles estão totalmente satisfeitos, 12% acham que ele poderia ser um pouco maior, 11% não consideram o tamanho do pênis importante, 3% prefeririam que ele fosse bem maior e 1%, que ele fosse um pouco menor, mesmo índice de quem o preferiria bem menor. Já 8% se recusaram a responder.
Estão totalmente satisfeitos com o tamanho de seu pênis, principalmente, os que têm entre 45 e 60 anos (71%), os moradores do Sudeste (72%) e os que fazem sexo todos os dias (78%). Entre os que ainda não tiveram relações sexuais, 31% estão totalmente satisfeitos e 22% não consideram o tamanho do pênis importante.
Às mulheres que fazem sexo, perguntou-se o grau de satisfação com o tamanho do pênis de seu parceiro, e 59% delas disseram estar totalmente satisfeitas, 11% não consideram importante o tamanho do pênis, 5% acham que ele poderia ser um pouco maior e 1% prefeririam que ele fosse bem maior. Estão sem parceiro no momento, 15% delas e 9% se recusaram a responder.
Os destaques das mulheres que estão totalmente satisfeitas são as casadas (73%), as que fazem sexo todo dia (79%) e as que não costumam ter relações com outros parceiros (69%).
65% têm medo de contrair o vírus HIV
13% já tiveram alguma DST
Perguntados se já tiveram alguma doença sexualmente transmissível (DST), 13% do total da amostra afirmam já ter tido, ante 87% que nunca tiveram. Dos que tiveram, 3% tiveram gonorréia, 1% teve condiloma acuminado, popular "crista de galo", 8% não quiseram responder e outras doenças não atingiram 1% de menções. Afirmam já ter tido algum tipo de DST especialmente os viúvos (22%), os separados (18%), os que fazem sexo uma vez por mês (20%) e os bissexuais (29%).
Acerca de ter medo de contrair o vírus da AIDS, 62% afirmavam senti-lo constantemente em 1997, hoje esse percentual é de 65%. Os que afirmam que sentem medo de vez em quando se mantiveram em 20%, e de quem não tem medo de pegar AIDS, oscilou de 17% para 14%. Os homens (71%) têm medo de pegar AIDS constantemente mais do que as mulheres (60%). O mesmo acontece com os que já tiveram relação sexual (66%) perante os que ainda não tiveram (54%). Também têm esse medo constante, principalmente, os que costumam ter relações sexuais com outras pessoas além do parceiro fixo e os que fazem sexo todo dia (73%, cada) e os bissexuais (69%).
A respeito do ato de se masturbar, 72% acham um ato saudável, que faz parte do ser humano (percentual que era de 63% em 1997). O índice dos que acham que é um ato imoral, que deve ser evitado caiu de 25% para 18%, 2% deram outras respostas e 8% não souberam responder. Têm a opinião que se trata de um ato saudável principalmente os homens (79%, ante 66% das mulheres), os mais escolarizados (85%), os moradores da região Sudeste do país (77%), os que costumam ter relações sexuais com outros parceiros (86%), os homossexuais (84%) e os bissexuais (81%). Os que não são mais virgens (73%) acham a masturbação um ato saudável mais do que os virgens (41%).
Por outro lado, os destaques para os que acham ser um ato imoral são os menos escolarizados (24%), os de menor renda (23%), os residentes das regiões Norte e Centro Oeste (23%) e os que ainda não tiveram relação sexual (41%, ante 17% dos que não são mais virgens).
A fantasia mais comum é a de fazer sexo em locais públicos abertos ou fechados, para 35%, em média
O Datafolha apresentou algumas alternativas de fantasias sexuais aos entrevistados, para que dissessem se já havia fantasiado ou não.
A maioria (61%) respondeu nunca ter fantasiado fazer sexo em locais públicos abertos, ante 19% que afirmam já ter tido e realizado essa fantasia, enquanto outros 10% já fantasiaram e gostaria de fazer, e 6% já fantasiaram mas não gostariam de fazer. Já realizaram essa fantasia sobretudo os homens (23%, ante 15% das mulheres), os que têm entre 25 e 34 anos (27%), os que têm ensino superior (29%), os que têm relações com outros parceiros além do fixo (38%), os bissexuais (37%) e os homossexuais (39%).
Já, 58% nunca fantasiaram fazer sexo em locais públicos fechados. Por outro lado, já fantasiaram e realizaram-na, 14%, mesmo percentual dos que fantasiaram e gostariam de fazer. Não gostaria de fazer 8%, apesar de já terem fantasiado. Novamente os homens (21%) mais do que as mulheres (8%) se destacam entre os que já realizaram a fantasia, mesma situação dos que têm entre 25 e 34 anos (19%), dos mais escolarizados (20%), dos separados ou divorciados (23%), dos que costumam fazer sexo com outras pessoas fora da união estável (36%), dos que fazem sexo diariamente (23%), e dos homossexuais (25%) e bissexuais (27%).
Em relação a fazer sexo com dois ou mais homens, 79% do total de entrevistados afirmam nunca ter fantasiado. O índice de quem já fantasiou e não gostaria de fazer é de 6%, e dos que já fantasiaram e gostariam de fazer, 5%, enquanto 3% afirmam já terem realizado tal fantasia.
Fazer sexo com duas ou mais mulheres nunca foi fantasia para 65% dos brasileiros. Porém, 14% já tiveram essa fantasia e gostariam de realizá-la, 9% fantasiaram e fizeram, e 5% já fantasiaram mas não gostariam de fazer. Entre os homens, 28% fantasiaram e realizaram sua fantasia.
A possibilidade de fazer sexo com um casal não é uma fantasia para 81% dos entrevistados. Já 6% fantasiaram e gostariam de fazer, 5% fantasiaram mas não gostariam de fazer, e 3% já fantasiaram e fizeram.
Nunca fantasiaram fazer "swing" (troca de casais), 83%. Fantasiaram e gostariam de fazer, 5%, enquanto 4% já fantasiaram mas não gostariam de fazer e 2% já tiveram essa fantasia e a realizaram.
Não têm a fantasia de fazer sexo amarrado, amordaçado ou vendado, 77%, ante 8% que teve essa fantasia e gostaria de realizá-la, 5% que já fantasiaram e não gostariam de fazer, e 4% que fantasiaram e já fizeram.
A respeito de fazer sexo sado masoquista com violência permitida, 83% afirmam nunca ter tido essa fantasia. Já 5% fantasiaram e já fizeram, 4% fantasiaram mas não gostariam de fazer, e 3% fantasiaram e gostariam de fazer.
Sobre a fantasia de fazer sexo forçado, estuprando ou sendo estuprado, 88% disseram que nunca tiveram essa fantasia, 4% já fantasiaram e não gostariam de fazer, 2% gostariam, e 1% já fez.
Assistir outras pessoas fazendo sexo, o "voyeurismo", não é fantasia para 74% dos brasileiros. Já 8% afirmam ter fantasiado e que não gostariam de assistir, 7% fantasiaram e gostariam de assistir, e 6% já fantasiaram e assistiram.
Nunca fantasiaram fazer sexo com objetos, como vibradores ou outros acessórios, 79% dos entrevistados. Tanto os que tiveram essa fantasia e já a realizaram, os que fantasiaram e gostariam de fazer, e os que já fantasiaram mas não gostariam de fazer somam 5%, cada.
Aos que ainda não tiveram relações sexuais, foram apresentados alguns motivos que explicassem o fato de ainda não terem feito sexo. Segundo 45%, ainda não chegou a hora certa de ter uma relação sexual. Querem se guardar para o casamento, 32%, e não fizeram sexo porque não encontraram o(a) parceiro(a) ideal ou por motivos religiosos, 22% (de cada motivo). Já 6% responderam que sexo não é importante em suas vidas, 4% nunca tiveram oportunidade e 3% deram outros motivos, mesmo percentual dos que se recusaram a responder.
47% dos brasileiros afirmam que filhos não afetam a vida sexual de um casal
Para 47% do total da amostra, ter filhos não altera a vida sexual de um casal, enquanto 27% acham que o sexo entre o casal se torna melhor e 19%, pior. Já 7% não souberam responder. Entre homens e mulheres, 52% delas acham que a vida sexual do casal continua a mesma coisa, percentual que é de 42% entre eles. Dividem essa opinião os residentes no Sul do país (57%) e os que nunca fizeram sexo (53%, frente a 47% dos que já tiveram relações sexuais).
Para os que têm filhos, o Datafolha quis saber se a vida sexual desses entrevistados teve alguma alteração após o nascimento dos filhos. Para 51% sua vida sexual continuou igual, para 26%, melhorou e 15% afirmam ter piorado. Não responderam, 8%. Afirmam que sua vida sexual, após ter filhos, continuou igual, principalmente os de renda de mais de cinco a dez salários (62%) e os viúvos (58%).
Foi apresentada uma lista, ao total de entrevistados, com alguns motivos que poderiam contribuir para piorar a vida sexual de um casal depois do nascimento dos filhos. Para a maior parte (53%), os filhos exigem muita atenção. Demais motivos assinalados foram que os filhos deixam a pessoa muito cansada e depois de ter filhos outras preocupações atrapalham (33% para ambos), os filhos são mais importantes do que a vida sexual dos pais (25%), os filhos deixam o(a) parceiro(a) muito cansado(a) (21%), depois de ter filhos aumenta o medo de ser rejeitado(a) pelo(a) parceiro(a) (17%), depois de ter filhos a pessoa sente menos desejo (12%), depois de ter filhos o(a) parceiro(a) perde o interesse por sexo (8%), e, por último, depois de ter filhos a pessoa perde o interesse por sexo (7%). Não responderam 19%.
8% dos brasileiros já fizeram sexo utilizando a internet
Indagados se já fizeram sexo pela internet, 88% dos brasileiros nunca fizeram, enquanto 8% já fizeram. Desses, 2% utilizam a internet para fazer sexo pelo menos uma vez por semana, mesmo percentual dos que fazem menos de uma vez por mês.
Fazem sexo utilizando a internet principalmente os que costumam ter relações com outras pessoas além do parceiro fixo (19%) e os homossexuais (31%). Comparando homens e mulheres, a taxa é de 11% entre eles e de 4% entre elas. Já, em comparação com pesquisa realizada em 1997, o percentual de quem já fez sexo pela internet manteve-se praticamente o mesmo (6% antes e 8% agora).
Perguntados se alguma vez já conheceram alguém pela internet, 78% afirmam que não. Entre os que conheceram alguém pela internet (19%), 8% foram se encontrar com a pessoa e 11%, não. Entre os jovens de 18 e 24 anos, 15% foram a um encontro com a pessoa que conheceram na internet, mesma situação dos mais escolarizados (18%), dos solteiros (15%), dos que costumam fazer sexo com outras pessoas além da união estável (18%) e dos homossexuais (31%).
Em relação ao levantamento de 1997, houve um aumento de 12 pontos percentuais (de 7% para 19%) dos que afirmam ter conhecido alguém pela internet, enquanto que em relação aos que não conheceram ninguém, a taxa foi de 74% para 78%.
Foi perguntado também, para os que já tiveram relação sexual, se já se encontraram com alguém com quem fizeram sexo pela internet: 84% responderam que não, uma vez que nunca utilizaram a internet para fazer sexo. Já, dos 11% dos que já fizeram sexo com alguém pela internet, 3% foram se encontrar com a pessoa e 8%, não. Dos que afirmam já ter feito sexo pela internet, destacam-se os mais escolarizados (17%), os de maior renda (18%), os que costumam se relacionar sexualmente com outras pessoas (22%), os bissexuais (34%) e os homossexuais (36%).
A maior parte dos brasileiros (56%) considera traição fazer sexo pela internet, enquanto 40% não. Entre as mulheres, 62% concordam que é traição fazer sexo pela internet, ante 50% dos homens. Entre os que são virgens e os que já fizeram sexo, 68% dos primeiros contra 55% dos últimos acham que se configura uma traição esse tipo de prática, opinião que é de 68% entre os brasileiros que ainda não tiveram relações sexuais.
41% dos brasileiros iniciaram sua vida sexual entre 14 e 16 anos
Há 12 anos, esse percentual era de 28%
Entre os brasileiros com 18 anos ou mais que já tiveram relações sexuais (96%), a faixa etária mais comum para o início da vida sexual é entre os 14 e 16 anos de idade (41%). Um quarto (25%) teve sua primeira relação sexual aos 17 ou 18 anos, e 16% entre 19 e 25 anos de idade. Pouco mais de um em cada dez brasileiros (12%) tiveram seu primeiro parceiro sexual antes dos 13 anos, e 2%, com mais de 25 anos.
Os homens são mais precoces: 18% (taxa que é de 5% entre elas) iniciaram a vida sexual antes dos 13 anos de idade, enquanto as mulheres se destacam entre os que tiveram a primeira relação entre 19 e 25 anos (26%, ante 6% deles). A média de idade para início da vida sexual é de 15,6 anos para eles, e de 17,8 para elas. Entre os moradores do Sul do país, 47% tiveram sua primeira relação sexual entre 14 e 16 anos, o mesmo ocorrendo com os que costumam fazer sexo com outros parceiros (54%) e os que fazem sexo pelo menos uma vez por semana (45%).
Em comparação com pesquisa realizada em 1997, as principais mudanças se dão justamente nas faixas de 14 a 16 anos (de 28% para 41%) e de 17 a 18 anos (de 19% para 25%). Mantiveram-se estáveis de 19 a 25 anos (de 18% para 16%), até 13 anos (de 11% para 12%), e mais de 25 anos foi o mesmo percentual: 2%.
A maioria (61%) teve a primeira relação antes do casamento, em que se destacam: os homens (65%, ante 58% das mulheres), os que têm entre 35 e 44 anos (77%) e entre 45 e 60 (66%). Nesse aspecto, a diferença observada entre os menos escolarizados (68%) e entre os mais (48%), deve-se ao fato de que, entre estes, 43% nunca foram casados, taxa dezessete pontos percentuais acima da média geral (26%). Fizeram sexo pela primeira vez, antes do casamento, especialmente os casados (82%) e os separados (79%), e os que fazem sexo todos os dias (76%).
Para a maioria (63%) dos que já iniciaram a vida sexual, a primeira vez foi ótima ou boa, percentual seis pontos acima do verificado na pesquisa realizada em 1997 (57%). Consideram que a experiência foi regular 22% (eram 20%) e 14%, ruim ou péssima (também quatro pontos percentuais acima do observado em 1997). Os homens mostram-se mais satisfeitos (para 72%, a primeira relação sexual ótima ou boa) do que as mulheres (53%), enquanto elas são as que mais avaliam negativamente a primeira vez (para 22% ela foi ruim ou péssima, contra 6% deles). Têm uma avaliação positiva de sua primeira relação sexual os que costumam ter relações com outros parceiros (72%) e os que fazem sexo todos os dias (69%).
Metade dos brasileiros de 18 anos ou mais (48%) teve a primeira relação sexual com o(a) namorado(a), com diferença entre os homens (37% com a namorada) e as mulheres (58% com o namorado). A primeira vez foi com um(a) amigo(a) para 19%, mesmo índice para os que disseram ter acontecido com o marido ou a esposa. Prostitutas ou garotas de programa foram a primeira experiência de 13% dos homens.
A escolha do(a) primeiro(a) parceiro(a) muda conforme as gerações: enquanto 33% dos brasileiros com idade entre 45 e 60 anos tiveram sua primeira vez com a esposa ou o marido, essa taxa é de 10% entre os que hoje têm entre 18 e 24 anos, 14% dos que têm 25 a 34, e 19% entre os que estão na faixa etária de 35 a 49 anos. Por outro lado, as gerações mais novas passaram a iniciar mais sua vida sexual com amigos(as) (26% dos 18 aos 24 anos e 21% dos 25 aos 34), em comparação com os mais velhos (14% dos que têm entre 45 e 60 anos tiveram um(a) amigo(a) como primeiro(a) parceiro(a). Ao mesmo tempo, 13% dos mais velhos começaram com uma prostituta ou garota de programa, taxa que é de 3% entre os que têm até 34 anos. Além disso, o início da vida sexual com um(a) namorado(a) é mais comum conforme aumenta a escolaridade (de 40% entre os menos escolarizados até 53% entre os que têm curso superior), ao passo que os que estudaram menos se destacam entre os que tiveram a primeira relação com esposa ou marido (26%), em comparação com os mais escolarizados (13%). Entre os solteiros (58%) começaram sua vida sexual com o(a) namorado(a), mesma situação dos que não costumam ter relações com outros parceiros (53%).
A frequência de parceiro sexual fixo se alterou no período de 1997 a 2009: naquela ocasião, 74% afirmavam ter parceiro(a) fixo(a), taxa que caiu para 68% agora. Ao mesmo tempo, aumentaram de 17% para 28% os que afirmam não ter alguém fixo para ter relações sexuais. Interessante observar a ausência de diferença entre homens e mulheres: 30% deles e 27% delas afirmam não ter parceiro fixo em 2009.
Considerando os entrevistados que já fizeram sexo, a avaliação do(a) atual parceiro(a) é positiva: a nota média é de 8,3, sendo que um terço (35%) atribui nota dez ao parceiro. Não há diferenças significativas nas notas atribuídas quando se compara as respostas de homens e mulheres, porém, dão nota dez ao desempenho sexual de seu parceiro, principalmente, os casados (43%), os que não costumam ter relações sexuais com outras pessoas, além de seu parceiro (44%) e os que fazem sexo todos os dias (54%).
São 67% dos brasileiros que não se relacionam com ninguém, além de seu parceiro fixo (eram 64% em 1997). Os que costumam ter relações sexuais com outras pessoas passaram de 11% para 15%, mesmo percentual dos que não têm parceiro atualmente (eram 17%). Entre os homens, 25% têm outras parceiras, taxa que é de 4% entre as mulheres. Nessa situação destacam-se principalmente os de maior renda (23%), os que têm relações sexuais todos os dias (20%), os homossexuais (31%) e os bissexuais (43%).
Os brasileiros responderam, em um questionário de auto preenchimento, com quantas pessoas já tiveram relações sexuais até hoje. Exatamente um quinto (20%) tiveram um parceiro, mesmo percentual dos que tiveram de três a cinco pessoas, 12% tiveram dois, outros 14% tiveram de seis a dez, e 19% com 11 pessoas ou mais. A média geral de parceiros é de 11,3, sendo maior na região Norte e Centro-Oeste (14,5), seguido do Sudeste (11,8), e, por último, o Sul do país (8,4). Ocorre também pequena diferença entre o número de parceiros entre os que moram nas regiões metropolitanas, incluindo as capitais (13,1) e os que moram no interior (10,1). Entre os que mantêm relações com outros parceiros, a média é de 30,5, entre os bissexuais, 29,2, e entre os homossexuais, 36,7.
Considerando apenas o ano de 2009, a maior parte dos brasileiros teve apenas um parceiro (43%), ou nenhum (23%). Outros 25% tiveram mais de um parceiro sexual este ano, sendo que 9% mantiveram relações com duas pessoas este ano, 10%, com três a cinco pessoas, 4%, com seis a dez pessoas, e 2%, com 11 pessoas ou mais. Entre homens e mulheres, 31% deles tiveram apenas uma parceira sexual esse ano, ante 55% delas. No Sul do país, fica acima da média a parcela dos que tiveram um parceiro este ano (49%), o mesmo acontece com os casados (52%) e com os que têm relações sexuais pelo menos uma vez por semana (51%).
Em 1997, 40% dos brasileiros tiveram apenas um parceiro sexual no ano (agora, 43%), os que tiveram dois, foi de 7% para 9%, de três a cinco pessoas, de 8% para 10%, de seis a dez, 2% para os dois anos considerados, e se agora 23% não tiveram relações sexuais esse ano, essa taxa foi de 5%, em 1997.
Em 20% dos casos, um dos parceiros sexuais do ano de 2009 foi conhecido no mesmo dia em que se teve a relação. Na pesquisa anterior, esse percentual foi de 16%. Para 4% dos que tiveram parceiros este ano, duas das pessoas foram conhecidas no mesmo dia (antes, 3%); 3% conheceram de três a cinco parceiros no mesmo dia (mesmo percentual encontrado em 1997). O número de parceiros de 6 a 10, este ano, foi conhecido no mesmo dia para 2% dos entrevistados (era 1%). Entre os que conheceram um dos parceiros no mesmo dia em que mantiveram relações sexuais com este, ficam acima da média os brasileiros que fazem sexo uma vez a cada quinze dias (28%).
50% dos brasileiros declaram ter relações sexuais pelo menos uma vez por semana
38% admitem já ter fingido orgasmo
Metade dos brasileiros (50%) declara manter relações sexuais pelo menos uma vez por semana. Afirmam fazer sexo todos os dias 18%, outros 9% dizem que mantêm o hábito uma vez a cada quinze dias, 4%, uma vez por mês, e 2%, menos que isso. As diferenças são significativas entre casados e solteiros: 24% dos primeiros têm relações todos os dias (ante 12% dos solteiros), e 59% dos casados o fazem pelo menos uma vez por semana (contra 42% dos segundos).
Em relação à pesquisa anterior, praticamente não houve mudanças. Naquela ocasião, os mesmos 18% faziam sexo todos os dias, pelo menos uma vez por semana eram 47% (hoje, 50%), uma vez a cada quinze dias 8% (ante 9%, posteriormente), uma vez por mês 5% (agora, 4%) e menos de uma vez por mês manteve-se em 2%. Declararam não estar tendo relações sexuais, em 1997, 6% (perante 15%, em 2009).
Cerca de quatro em cada dez brasileiros (43%) está satisfeito com a quantidade de relações sexuais que mantêm atualmente, tendo tantas quanto desejam, taxa que era de 46% na pesquisa nacional de 1997. A mesma parcela (40%), porém, está tendo menos relações sexuais do que gostaria, parcela oito pontos percentuais acima do que há doze anos (32%). Estão tendo mais relações do que gostariam de ter 12% (anteriormente eram 11%), entre os quais se destacam os bissexuais (23%).
Quando se observa o estado conjugal, os casados que estão satisfeitos com a quantidade de relações sexuais atuais (tanto quanto deseja) ficam acima da média (55%), ao passo que metade dos solteiros e dos separados e divorciados declaram estar mantendo menos relações do que o desejado (52% e 54%, respectivamente). Os homossexuais também ficam acima da média entre os insatisfeitos com a quantidade (49%).
Considerando todos os relacionamentos que já tiveram, 38% dos que já tiveram relações sexuais nunca utilizaram camisinha, contra 35% que usam em todas as situações e 26% que usam às vezes, dependendo da situação. Na comparação entre homens e mulheres, 33% deles nunca usam camisinha, frente a 44% delas. A mesma atitude têm principalmente os que estão na faixa de 35 a 44 anos (46%) e de 45 a 60 (56%), os menos escolarizados (49%), os moradores da região Sul do país e os que fazem sexo todos os dias (43%, cada), os viúvos (54%) e os casados (55%).
A evolução da frequência do uso da camisinha, de 1997 a 2009, mostra que o percentual de quem nunca usa camisinha caiu de 52% para 38%, de quem sempre usa, subiu de 26% para 35%, e de quem usa, dependendo da situação, de 22% para 26%.
O Datafolha também quis saber com que frequência os brasileiros têm orgasmo, em suas relações sexuais. Mais da metade (57%) dos brasileiros afirmam atingir o orgasmo sempre, percentual que é de 26% para os que atingem quase sempre, 9% que conseguem tê-lo raramente e 3% que nunca têm orgasmo. Recusaram-se a responder, 4%. Em comparação com a pesquisa de 2007, esses percentuais eram de 46%, 25%, 8%, 4% e 18%, respectivamente.
Sempre atingem o orgasmo 76% dos homens, contra 39% das mulheres. E raramente, 15% delas perante 3% deles. Destaque para os que costumam ter relações com outras pessoas, além de seu parceiro fixo (73%), dos que fazem sexo todos os dias (72%), e dos casados (63%) que sempre conseguem atingir o orgasmo. Entre os que têm relações sexuais menos de uma vez por mês, 29% raramente têm orgasmo.
A maior parte (59%) dos brasileiros com experiência sexual nunca fingiu ter orgasmo, enquanto 38% já fingiram atingir um orgasmo. Entre as mulheres, metade (50%) delas já fingiu, ante 26% dos homens. Fingiram atingir um orgasmo principalmente os mais escolarizados, os de renda de mais de cinco a dez salários e os residentes no Norte e Centro-Oeste (todos com 43%), os(as) viúvos(as) (54%), os que costumam ter relações com outros(as) parceiros(as) (45%), e os homossexuais (62%).
A respeito do hábito de se masturbar, 60% do total de entrevistados afirma não ter esse costume. Já 36% costumam se masturbar. Comparando-se homens e mulheres, 54% deles têm esse costume, e 20% delas, não. Também mantêm esse hábito os que têm ensino superior (48%), os que têm maior renda (53%), os solteiros (45%), os que têm relações sexuais com outros parceiros (65%), os que têm relações sexuais menos de uma vez por mês (52%), os homossexuais (55%) e os bissexuais (79%).
Costumam ter relações sexuais só com homens, 48%, e 44%, só com mulheres. Recusaram-se a responder, 5%. Em relação ao levantamento anterior, costumavam fazer sexo só com homens, 42%, e só com mulheres, 41%. Na ocasião, 15% não responderam. Na comparação entre homens e mulheres, 92% das mulheres têm relações sexuais só com homens, ante 2% deles, e 88% dos homens fazem sexo só com mulheres, perante 2% delas. Os que afirmam darem preferência por homem ou mulher, ou ser indiferente não passam de 1%, tanto atualmente como na pesquisa anterior.
De acordo com as respostas da questão acima, entre os que já tiveram sua primeira relação sexual, 90% são heterossexuais, 3% são bissexuais e 2% são homossexuais. Há ainda 5% de não respostas. Entre os de maior renda, 7% são bissexuais, mesma situação dos que têm relações com outros parceiros (8%).
Indagados se gostam ou não de fazer sexo oral no(a) parceiro(a), 76% afirmam que praticam o sexo oral, 8% não praticam e 11% nunca praticaram. Não responderam, 5%. Dos que praticam, 33% gostam muito, 24% gostam um pouco e 19% não gostam. Entre os homens, 43% gostam muito de fazer sexo oral, entre as mulheres, 23%. Também gostam muito, principalmente, os mais escolarizados (41%), os moradores de capitais e regiões metropolitanas e os solteiros (39%, cada), os que costumam ter relações sexuais com outros parceiros (54%), os que praticam sexo todo dia e os bissexuais (ambos com 43%), e os homossexuais (65%).
Recebem sexo oral de seu/sua parceiro(a), 79% dos brasileiros que já fizeram sexo. Desses, 42% gostam muito, 20% gostam um pouco e 17% não gostam. Não recebem, 6%, nunca receberam, 10% e 6% não responderam. Novamente, destaca-se a comparação entre homens e mulheres: 52% deles gostam muito de receber sexo oral, enquanto 31% delas estão nessa situação. Não gostam, 22% delas contra 12% deles. Também gostam muito dessa prática os mais escolarizados (52%), os residentes nas capitais e regiões metropolitanas e os solteiros (49% para ambos), os que costumam manter relações sexuais com outros parceiros (67%), os bissexuais (50%) e os homossexuais (60%).
A maioria (64%) dos brasileiros, que já se relacionaram sexualmente, fazem sexo anal. Desses, 18% gostam muito, 16% gostam um pouco e 30% não gostam. Não praticam, 10% e 20% nunca praticaram. Não responderam 6%. Entre os homens, 28% gostam muito e 22% não gostam. Percentuais que são de 7% e 39% entre as mulheres, respectivamente. Gostam muito de praticar sexo anal os que costumam ter relações sexuais, além do parceiro (39%), os que fazem sexo todos os dias (30%), os bissexuais (36%) e os homossexuais (49%).
A relação sexual demora dura entre 30 minutos e uma hora, em média, em 41% dos casos
48% já deram alguma desculpa para não fazer sexo
O tempo de duração das relações sexuais, segundo 41% dos brasileiros é entre 30 minutos e uma hora. Esse índice era de 15% em 1997. Já o tempo entre 10 e 20 minutos foi de 35% para 31%, mais de uma hora dobrou de 7% para 14%, menos de 10 minutos oscilou de 11% para 9%, e os que não souberam responder caiu de 31% para 4%. Consideram como normal o tempo entre 30 minutos e uma hora, especialmente, os que têm entre 25 e 34 anos (48%), os de renda de mais de cinco a dez salários mínimos (52%), os que vivem na região Sudeste do país e os que têm relações sexuais todo dia (46%, cada).
O Datafolha apresentou uma lista de costumes relacionados ao sexo e pediu que os entrevistados respondessem a frequência com que fazem uso desses hábitos. Acerca de usar objetos, como vibradores, por exemplo, 83% afirmam nunca ter utilizado, ante 6% que utilizam às vezes e 1% que usa sempre. Não responderam, 10%. Entre os que possuem maior renda, 16% às vezes utilizam objetos, mesma situação dos homossexuais (20%) e dos bissexuais (22%).
Nunca alugam filmes pornográficos 50%, alugam às vezes 33%, e sempre 8%, não responderam 10%. Na comparação entre homens e mulheres, 39% deles contra 26% delas têm o costume de alugar filmes pornográficos, às vezes. Têm a mesma frequência de alugar esse tipo de filme os mais jovens (41%), os moradores das regiões Norte e Centro Oeste (39%), os que costumam ter relações sexuais com outras pessoas (44%), os homossexuais (40%) e os bissexuais (45%).
Metade (53%) dos brasileiros que faz sexo costuma ir a motéis, sendo 13% sempre e 40%, às vezes. Nunca foram a motéis 38%, e não deram resposta 9%. Costumam freqüentar motéis, em especial, os mais escolarizados e os de maior renda (ambos com 54%),os que vivem no Norte e Centro Oeste (47%), e os bissexuais (50%).
Compram revistas eróticas, 20% dos entrevistados, sendo 3% que compram sempre e 17%, às vezes. Nunca compram revistas eróticas 69% e 10% não responderam. Os destaques para os que às vezes compram esse tipo de revista são os de maior renda (29%), os residentes nas regiões Norte e Centro Oeste do país (26%), os que fazem sexo com outros parceiros (29%), os homossexuais (27%) e os bissexuais (44%). Entre homens e mulheres, 25% deles compram de vez em quando, ante 10% delas.
A grande maioria (80%) não costuma contratar prostitutas(os), contratam, às vezes, 8%, e sempre, 2%. Não responderam 11%. Entre os homens 15% utilizam esse tipo de serviço, ante 1% das mulheres. Contratam prostitutas(os), principalmente aqueles com renda acima de dez salários mínimos (15%), os que costumam ter relações com outros parceiros sexuais (25%), os homossexuais e os bissexuais (ambos com 21%).
Tomam remédios para estimular a relação sexual 6% dos que já fizeram sexo: 5% tomam às vezes e 1%, sempre. Nunca ingerem remédios com esse fim, 83% e 11% não responderam. Fazem uso desses medicamentos, às vezes, os que costumam fazer sexo com outras pessoas (12%) e os bissexuais (18%).
Metade dos brasileiros (52%) nunca bebe antes das relações, mas 37% ingerem bebida alcoólica antes de se relacionar sexualmente, onde 6% o fazem sempre e 31%, às vezes. Não responderam 10% dos entrevistados. Entre os homens 37% às vezes bebem antes do sexo, mulheres, 26%. Também têm esse hábito os que têm ensino superior (41%), os de renda acima de cinco salários (46%), os que costumam ter relações sexuais com outros parceiros (45%), os que fazem sexo menos de uma vez por mês (39%), e os homossexuais (38%).
Não costumam ir a sexshops 74% dos entrevistados, 13% costumam ir às vezes, 2% vão sempre e 10% não souberam responder. As mulheres (16%) mais que os homens (10%) vão a sexshops de vez em quando. Também têm essa frequência os mais escolarizados (30%), os de renda de mais de cinco a dez salários mínimos (32%), os que fazem sexo menos de uma vez por mês (23%), e os homossexuais (20%).
São 48%, entre os entrevistados que já fizeram sexo, que já deram alguma desculpa para evitar fazer sexo com seu/sua parceiro(a). Desses, 8% o fizeram muitas vezes e 39%, algumas. Mas 42% nunca recusaram e 11% não quiseram responder. Entre homens e mulheres, 36% deles contra 59% delas já utilizaram alguma desculpa. O mesmo ocorre entre os residentes no Norte e Centro Oeste (56%), os(as) viúvos(as) (59%), os homossexuais (55%) e os bissexuais (65%).
Aos homens foi perguntado se já utilizaram medicamento para dificuldade de ereção, e 7% deles afirmam já ter utilizado, ante 86% que nunca utilizaram, e 8% que se recusaram a responder. Entre os mais escolarizados, 11% fizeram uso de algum tipo de medicamento para dificuldade de ereção, o mesmo ocorre com os que fazem sexo com outros parceiros (mesmos 11%), e os bissexuais (26%).
Para os que já utilizaram remédio para dificuldade de ereção, foi apresentada uma lista com alguns motivos para tal uso. Segundo 44% deles, o motivo foi melhorar o desempenho sexual, já 15% usaram por segurança, para não falhar na hora "H", 10% porque têm alguma dificuldade de ereção (mesmo percentual dos que afirmam ter tomado por dificuldades em mantê-la), e 6% deram outras respostas. Recusaram-se a responder, 19%.
Às mulheres que já tiveram relações sexuais, perguntou-se se algum parceiro já havia usado algum medicamento para dificuldade de ereção, e 4% delas responderam que sim, perante 87% que disseram que o parceiro nunca utilizou tal medicamento. Entre as mulheres de maior renda, 8% responderam que algum parceiro já utilizou algum remédio, observação também das que costumam ter relações sexuais com outros parceiros (13%).
Para 28% das que confirmaram que algum parceiro seu já fez uso de medicamento para dificuldade de ereção, o motivo foi melhorar o desempenho sexual dele, enquanto que para 18% foi porque tinham dificuldade em manter a ereção, 13%, dificuldade em ter ereção, 9%, por segurança para não falhar na hora "H", 6% por causa de diabetes, 3% por causa de ejaculação precoce, e 2% deram outras respostas. Não responderam, 33% delas.
38% dos brasileiros estão casados pela primeira vez; 34% já foram casados
A média de filhos é de 2,4
Para os casados, o Datafolha quis saber a quanto tempo os brasileiros vivem maritalmente com o(a) seu/sua parceiro(a). A maior parte (30%) está casada há mais de quinze a trinta anos, 20% estão casados há mais de cinco a dez anos, 15% há até três anos, 14% há mais de três a cinco anos, mesmo percentual de quem está casado há mais de dez a quinze anos, e 6% há mais de trinta anos. Entre homens e mulheres, estão casados há mais de quinze a trinta anos, 35% deles e 24% delas. O tempo médio de casamento é de 13,1 anos.
Para os solteiros, viúvos e/ou separados, perguntou-se se têm namorado ou namorada. Mais da metade (56%) estão sem namorado(a), mas 43% estão namorando. Na comparação entre homens e mulheres, 48% deles têm namorada, ante 39% delas que estão namorando. Têm namorado(a) principalmente os que não costumam ter relações sexuais com outros parceiros (65%) e os que fazem sexo todos os dias (71%).
Aos que estão namorando, foi questionado o tempo desse relacionamento. Os tempos variam entre mais de dois a cinco anos (24%), até seis meses (23%), mais de um a dois anos (22%), mais de seis a doze meses (18%), e mais de cinco anos (13%). O tempo médio de namoro é de 29,4 meses.
Para os que namoram há mais de dois a cinco anos, destacam-se os mais velhos (33%), os mais escolarizados (35%), os de renda de mais de cinco a dez salários (32%) e os residentes no Sul do país (37%). Namoram há até seis meses especialmente os moradores das regiões Norte e Centro Oeste (32%) e os que fazem sexo quinzenalmente (31%). Estão namorando há mais de um a dois anos os que têm entre 35 e 44 anos (36%), os menos escolarizados (30%), e os separados ou divorciados (27%).
Da população entrevistada, 52% estão casados, 36% estão solteiros, 9% estão separados ou divorciados, e 3%, viúvos. Em relação à pesquisa anterior, os casados passaram de 56% para 52%, os solteiros, de 33% para 36%, os separados de 5% para 9%, e os viúvos, de 6% para 3%, Estão casados principalmente os mais velhos, de 35 a 44 anos (65%) e de 45 a 60 anos (62%), os menos escolarizados (61%), e os que fazem sexo todos os dias (72%). Os solteiros são, em especial, os jovens de 18 a 24 anos (71%), os mais escolarizados (52%), os de maior renda (45%), os que têm relações sexuais menos de uma vez por mês (66%), os bissexuais (53%) e os homossexuais (79%).
Estão casados pela primeira vez, 38%, enquanto 34% já foram casados. Desses, 19% casaram-se uma vez, 11%, duas vezes, 3%, três vezes, e 1% mais de três vezes. Nunca foram casados, 27% e 2% não responderam. Entre os homens, 29% já foram casados, percentual que é de 39% entre as mulheres. Já foram casados também os que têm entre 45 e 60 anos (48%), os menos escolarizados (43%), os de menor renda e os que fazem sexo todos os dias (ambos com 40%), e os bissexuais (49%). Nunca foram casados os mais jovens (61%), os que têm ensino superior (44%), os de maior renda (41%), os que fazem sexo menos de uma vez por mês (58%) e os homossexuais (52%).
Dos solteiros, viúvos ou separados, 51% moram com os pais, 20% com os filhos, 16% sozinhos, 13% com outros parentes, 3% com amigos. Outras respostas não ultrapassam 1%. Na comparação entre homens e mulheres, 62% deles contra 42% delas moram com os pais. Também se encontram nessa condição os mais jovens (74%), os que têm ensino superior (62%), os de renda acima de dez salários (72%), os que residem nas regiões Norte e Centro Oeste (56%), os que nunca tiveram relações sexuais (82% ante 49% dos que já fizeram sexo), e os que costumam fazer sexo com outros, além do parceiro (61%).
Perguntados se já têm filhos, 65% dos brasileiros têm filhos, sendo 22% que têm um filho só, 20% têm dois filhos, 12%, três, e 11%, quatro ou mais. Não têm filhos somam 35%. A média é de 2,4 filhos. Entre as mulheres, 69% possuem filhos, frente a 60% dos homens que também têm. Aumenta o percentual de posse de filhos à medida que aumenta a faixa etária: entre os que têm de 45 a 60 anos, 91% têm filhos, percentual que é de 84% entre os que têm entre 35 e 44 anos. Também têm filhos, em especial, os menos escolarizados (81%), os casados (86%), os separados ou divorciados (90%), e os viúvos (97%).
As idades dos filhos dos brasileiros que declaram ter (65%) variam bastante. Segundo 21%, seus filhos têm até cinco anos, 20% têm filhos de mais de cinco a dez anos, mesmo índice dos que declaram ter filhos de onze a quinze e de vinte e um a trinta anos. E ainda, 18% têm filhos entre dezesseis e vinte anos, e 6% têm filhos de mais de trinta anos.
Também se perguntou se os filhos moram com os pais. Dos entrevistados que têm filhos (65%), exatamente a metade (50%) mora com o entrevistado, ante 14% que não moram. Na comparação entre homens e mulheres, 59% delas afirmam morar com os filhos, e 41% deles estão nessa condição. Entre os que estão na faixa de idade de 35 a 44 anos, 71% moram com os filhos, o mesmo ocorrendo com os que possuem ensino fundamental (60%), com os casados (73%), e com os que não costumam ter relações com outros parceiros (59%).