Cinco anos após assumir a prefeitura, Kassab atinge sua maior reprovação

DE SÃO PAULO

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Para 78% dos paulistanos, é possível acabar com as enchentes em São Paulo

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, após cinco anos no cargo atinge a maior reprovação desde que ele assumiu a prefeitura, em 2005. Para a maior parte dos moradores da cidade (43%) ele vem fazendo um governo ruim ou péssimo. Essa taxa é onze pontos maior do que a registrada em novembro do ano passado, quando 31% reprovavam o seu desempenho. O percentual dos que acham que Kassab está fazendo um governo regular variou, nesse período, de 30% para 27% e a taxa dos que consideram sua administração ótima ou boa caiu de 37% para 29%.

Entre os mais jovens, a taxa de reprovação aumentou treze pontos percentuais (de 35% para 48%), da pesquisa anterior, de julho de 2010 para a atual, índice similar entre os paulistanos com idade entre 25 e 34 anos (de 29% para 44%), porém, a maior diferença (20 pontos percentuais) ocorreu entre os paulistanos com idade entre 45 e 59 anos (de 18% para 38%). A reprovação ao desempenho de Kassab é expressiva também entre os mais escolarizados (de 25% para 45%), assim como entre os paulistanos que possuem renda familiar de até 2 salários mínimos (de 27% para 46%).

A nota média atribuída ao prefeito, em uma escala de zero a dez, é 4,6, sendo que para um quinto (19%) dos moradores da capital paulista ele merece nota zero; 15% acham que ele merece nota cinco e 6% dão a ele a nota máxima.

Na cidade de São Paulo foram entrevistados 1089 moradores, nos dias 15 e 16 de março, e a margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.

Perguntados sobre as enchentes em São Paulo, metade dos moradores de São Paulo (52%) afirmam que a responsabilidade pelas enchentes é compartilhada entre a população, prefeitura e governo do estado, 27% acham que a principal responsável é a própria população, 10% acreditam que a responsabilidade é da prefeitura e 7%, o governo do estado. Os mais escolarizados responsabilizam ainda mais (62%) a todos os envolvidos, população, prefeitura e governo, taxa dez pontos maior que a média da cidade. Os mais velhos (35%), por sua vez, acham que a população é a maior culpada pelas enchentes, enquanto que os menos escolarizados responsabilizam mais a prefeitura (16%).

Para 78% dos paulistanos é possível acabar com as enchentes em São Paulo, enquanto que para 22% esse é um problema insolúvel. Os mais jovens são mais otimistas: 85% deles acham que existem soluções para as enchentes de São Paulo (taxa 7% maior que a média). No segmento dos que possuem renda familiar acima de dez salários mínimos, 27% acreditam que não é possível acabar com as enchentes de São Paulo.