Serra e Russomanno empatam na disputa pela Prefeitura

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Haddad, Soninha, Chalita e Paulinho disputam a terceira posição

José Serra (PSDB) e Celso Russomanno (PRB) estão em situação de empate técnico na disputa pela Prefeitura de São Paulo. Serra tem 30% e Russomanno chega a 26%, o que caracteriza uma empate técnico, já que a margem de erro da pesquisa é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos. Os índices atingidos por ambos no atual levantamento são parecidos com aqueles obtidos em 25 e 26 de junho, na última pesquisa Datafolha realizada antes das convenções que definiram as candidaturas. Naquele cenário, Serra tinha 31%, e Russomanno, 24%. O levantamento do final de junho, porém, trazia os nomes dos pré-candidatos Netinho (PC do B) e Luiz Flávio Borges D'Urso (PTB), que não disputarão o cargo de prefeito, além de não incluir outros candidatos que agora tiveram seus nomes registrados na Justiça Eleitoral.

Serra e Russomanno são seguidos, no atual levantamento, por Fernando Haddad (PT) e Soninha (PPS), que têm 7% cada, Gabriel Chalita (PMDB), com 6%, Paulinho da Força (PDT), com 5%, e Ana Luiza (PSTU), Carlos Gianazzi (PSOL) e Levy Fidelix, que aparecem com 1% cada. Os candidatos Miguel (PPL), Anaí Caproni (PCO) e Eymael ficaram abaixo de 1%. A fatia dos que não souberam se posicionar em relação a esses nomes é de 6%, enquanto 11% dizem que votarão em branco, nulo ou em nenhum dos candidatos apresentados.
Foram ouvidos 1075 eleitores de São Paulo, com 16 anos ou mais, nos dias 19 e 20 de julho de 2012. A margem de erro máxima, para o total da amostra, é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.

Os índices de intenção de voto de José Serra ficam acima da média entre os mais velhos (45%), entre aqueles que obtêm renda familiar mensal de 5 a 10 salários mínimos (36%) e na fatia dos que têm renda mensal superior a 10 mínimos (36%). Entre os que têm preferência pelo PSDB, 82% dizem votar em Serra para prefeito. Entre aqueles que avaliam a gestão de Gilberto Kassab como ótima ou boa, Serra tem 48% das intenções de voto. Entre aqueles que dizem que a atual administração é ruim ou péssima, no entanto, a preferência por Serra cai para 18%
Russomanno tem índice de intenção de voto acima da média entre os evangélicos pentecostais (34%) e entre os eleitores que têm entre 35 e 44 anos (31%). O candidato do PRB, porém, fica com índices abaixo da média entre os jovens de 16 a 24 anos (15%) e entre os eleitores com curso superior (19%). Já Haddad alcança 16% de preferência entre aqueles que dizem ter o PT como partido preferido e 13% entre aqueles com curso superior. A candidatura de Soninha ganha destaque entre os que dizem não ter religião, fatia na qual alcança 14%..

Na pesquisa de voto espontânea, em que os nomes dos candidatos na disputa não são apresentados aos eleitores, Serra tem 9%. É novamente seguido por Russomanno, que aparece com 7%, Haddad, que tem 3%, e Chalita e Soninha, com 1% cada. Uma fatia de 3% menciona espontaneamente o candidato do PT, sem denominá-lo. Há ainda citações para Paulo Maluf (1%), Marta Suplicy (1%) e Kassab (1%), entre outros. A maioria (61%), porém, não soube citar espontaneamente nenhum candidato. Os que dizem votar em branco, nulo ou em nenhum candidato somam 8%.

REJEIÇÃO A SERRA ATINGE 37%

José Serra inicia sua quarta disputa pela Prefeitura de São Paulo como o mais rejeitado entre os candidatos: 37% dizem que não votariam no tucano de jeito nenhum. O segundo maior índice de rejeição foi obtido por Paulinho, em quem 21% não votariam de jeito nenhum. Em seguida aparecem Soninha (19%), Eymael (17%), Levy Fidelix (14%), Russomanno (12%), Haddad (12%), Miguel (9%), Ana Luiza (8%), Anaí Caproni (8%), Gabriel Chalita (8%) e Carlos Gianazzi (6%). O índice dos que não souberam responder à questão ficou em 6%. Uma fatia de 6% disse rejeitar todos, e outros 5% não rejeitam nenhum.

Na comparação com o levantamento anterior, a rejeição ao nome de Serra oscilou de 35% para os atuais 37%, o maior índice desde que o Datafolha passou a testar cenários para a disputa eleitoral deste ano, em setembro de 2011.

O candidato do PSDB também é o mais conhecido entre os eleitores: 99% dizem conhecer José Serra, sendo que 78% o conhecem muito bem, e 17%, um pouco. Seu adversário Celso Russomanno é conhecido por 94% (47% dizem conhecê-lo muito bem, 27%, um pouco, e 21%, só de ouvirem falar). Entre os mais conhecidos do eleitorado aparecem ainda Paulinho (85%), Soninha (80), Eymael (75%), Levy Fidelix (61), Gabriel Chalita (60%) e Haddad (55%) Com taxas de conhecimento abaixo de 50% aparecem ainda Carlos Gianazzi (24%) Ana Luiza (23%), Anaí Caproni (22%) e Miguel (15%).

ELEIÇÃO DESPERTA GRANDE INTERESSE EM 37% DOS ELEITORES

A eleição para prefeito de São Paulo desperta o interesse de 76% dos eleitores da capital paulista. Destes, 37% dizem ter grande interesse, 29%, um interesse médio, e 10%, pouco interesse na disputa. Em relação à eleição para vereador, 69% dizem ter interesse, sendo que 25% têm grande interesse, 29%, interesse médio, e 15%, um interesse pequeno. Entre os mais jovens, de 16 a 24 anos, fica abaixo da média da pesquisa o índice dos que dizem ter grande interesse tanto na eleição para prefeito (27%) quanto na eleição para vereador (17%).

O Datafolha também questionou a importância da eleição deste ano para a cidade e para a vida pessoal dos entrevistados. Para a maioria (82%), a eleição é muito importante para a cidade. Esse índice fica em 12% para os que dizem ser um pouco importante, e em 5% para os que dizem ser nada importante. A maioria (63%) também acredita que a eleição é muito importante para sua vida pessoal, enquanto 19% dizem que é um pouco importante, e 17%, nada importante.

APOIO DE LULA TRAZ E TIRA VOTOS NA MESMA PROPORÇÃO

Após o registro das candidaturas na Justiça Eleitoral, o Datafolha alterou a forma como investiga o peso dos apoios políticos na eleição para prefeito de São Paulo. A partir deste levantamento, os entrevistados foram questionados se o apoio de um determinado político os levaria a optar por um candidato e qual o grau de certeza esse apoio teria no processo de escolha do candidato.
O apoio do ex-presidente Lula a um candidato levaria 40% dos eleitores de São Paulo a votar neste candidato com certeza, o que o torna o cabo eleitoral mais influente entre aqueles listados pelo Datafolha. Há ainda 21% que dizem que poderiam votar em um candidato apoiado pelo petista. Outros 40%, porém, dizem que o apoio do ex-presidente a um candidato faria com que não escolhessem esse indicado.

Entre aqueles que estudaram até o ensino fundamental, 49% dizem que votariam com certeza em um candidato apoiado por Lula, índice que vai a 51% no grupo dos que têm renda mensal de até 2 salários mínimos e a 70% entre aqueles que têm o PT como partido de preferência. Entre os mais escolarizados, 59% dizem que não votariam no candidato apoiado por Lula. A rejeição ao nome apoiado pelo petista também fica acima da média entre aqueles com 60 anos ou mais (54%), no grupo que têm renda familiar de 5 a 10 salários (54%) ou maior do que esse valor (54%) e entre aqueles com preferência pelo PSDB (76%).

O apoio de Dilma Rousseff a um candidato levaria 33% dos eleitores paulistanos a votarem com certeza neste nome, enquanto 27% dizem que talvez escolhessem o indicado pela presidente. Uma fatia de 40%, porém, não votaria em um candidato apoiado pela petista. A influência de Dilma tem peso similar à do governador Geraldo Alckmin (PSDB), cujo apoio a um candidato levaria 27% a optarem por este nome. Outros 27% dizem que o apoio do governador talvez levasse à escolha de um candidato, enquanto 46% dizem que não votariam com certeza em seu candidato.

No caso do atual prefeito, Gilberto Kassab (PSD), a rejeição a um nome com seu apoio é compartilhada pela maioria dos eleitores: 72% dizem que não votariam em um candidato apoiado por ele, enquanto 17% dizem que esse apoio talvez levasse à escolha de um nome para a prefeitura. Os que votariam com certeza em um candidato apoiado por Kassab somam 11%. Entre aqueles com 60 anos ou mais, 21% dizem que escolheriam um nome apoiado pelo atual prefeito. Entre os que possuem ensino fundamental esse índice fica em 17%.

O apoio do atual prefeito só é menos rejeitado que o apoio do ex-prefeito Paulo Maluf (PP): 77% dizem que seu apoio faria que com não votassem no nome indicado, 12% dizem que talvez escolhessem esse candidato, e 11% votariam com certeza no candidato apoiado pelo ex-prefeito. No grupo dos mais velhos, com 60 anos ou mais, 22% votariam com certeza em um candidato apoiado por Maluf, taxa que fica em 19% entre aqueles que estudaram até o ensino fundamental.