Políticas sociais e economia alavancam aprovação a Dilma

DE SÃO PAULO

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Avaliado como ótimo ou bom por 65% dos brasileiros, o governo Dilma Rousseff deve essa aprovação, principalmente, a políticas sociais e à condução da economia. É o que mostra resultado de levantamento do Datafolha que questionou os brasileiros os motivos pelos quais aprovam ou reprovam a gestão da petista. As respostas foram espontâneas, e os entrevistados puderam citar mais de uma razão para sua avaliação.

Entre os que veem o desempenho de Dilma como ótimo ou bom, 27% fazem referência a projetos sociais e programas de benefícios do governo para justificarem essa resposta. Destacam-se, nesse caso, os que dizem que a petista continuou com o Bolsa-Família ou aumentou o valor do benefício (19%); os que mencionam que ela criou ou deu continuidade a programas sociais que ajudam os pobres, sem especificá-los (4%); e aquelas que mencionam projeto Minha Casa Minha Vida (4%), entre outros. O Brasil Carinhoso, projeto lançado em 2012 por Dilma para auxiliar na eliminação da miséria, foi citado por 1%, mesmo patamar dos que mencionam o programa Rede Cegonha, também criado pelo seu governo.

Para 25%, o atual governo é ótimo ou bom por causa de seu desempenho na área econômica. Ganham destaque nesse grupo as menções à queda no preço da energia elétrica (9%); ao aumento do salário mínimo (4%); ao controle da inflação (3%); à retirada de impostos da cesta básica; e à diminuição no preço dos alimentos, entre outras respostas.

Há 15% que aprovam o governo Dilma por sua preocupação com questões sociais, com o povo ou com
os mais pobres.

Uma fatia de 12% dos brasileiros cita a ligação da presidente com Lula e o fato de ela ser do PT como motivo sua gestão ser ótima ou boa, e o mesmo percentual faz referência ao desempenho na área da educação ("fez alguma coisa pela educação", "acesso facilitado ao ensino superior", "construiu escolas" etc). O desempenho na área da saúde aparece a seguir, com 8% das respostas ("pensa na saúde", "fez alguma coisa pela saúde"), mesmo percentual dos que citam que ela diminuiu o índice de desemprego.

Outras razões indicadas se referem ao fato de Dilma ser boa gestora (6%); à diminuição da pobreza e luta contra a miséria (5%); à imagem pública da petista, com parte respostas indicando o combate à corrupção (4%); e à imagem pessoal da presidente (3%), entre outras menções.

No Nordeste, as respostas ligadas a projetos sociais e benefícios do governo alcançam 32%, e a preocupação com questões sociais e com os mais pobres é citada por 21%, acima da média do país. Na região, porém, o desempenho da economia fica num patamar abaixo da média (14%).

Entre os 27% que avaliam o desempenho de Dilma como regular, as razões positivas mais citadas para isso foram os projetos sociais e benefícios do governo (9%) e o desempenho da economia (7%), enquanto as razões negativas mais indicadas foram a reprovação de seu desempenho na saúde (25%), a reprovação da gestão na educação (16%), de seu desempenho na área da economia (16%) e à reprovação das ações voltadas para a segurança pública (9%), entre outras.

Na fatia de 7% que veem o governo da petista como ruim ou péssimo, as principais justificativas para essa opinião foram à reprovação do desempenho na área econômica (25%) e à reprovação da gestão da saúde (24%), entre outras.