Após seis anos e seis meses de governo, o governador Sergio Cabral obteve a taxa de aprovação mais baixa de toda a sua administração. Esse é o primeiro levantamento Datafolha após o início das manifestações ocorridas no Estado, há aproximadamente um mês.
De novembro de 2011, data da última pesquisa Datafolha, para a pesquisa atual, seu índice caiu trinta pontos, passando de 55% para 25%. A taxa de regular passou de 31% para 38%, e a negativa, subiu de 12% para 36%, atingindo seu patamar mais alto. A taxa dos que não souberam responder se manteve em 1%.
Na análise por segmentos, observa-se que a desaprovação ao governo estadual cresce conforme a escolaridade do entrevistado aumenta. Entre os mais escolarizados, a taxa de ruim ou péssimo chega a 51%, enquanto entre os menos escolarizados fica em 29%.
A avaliação do governador frente às manifestações também é negativa, metade (49%) dos moradores da capital avaliam como ruim ou péssima, 33% como regular, 15% como ótima ou boa e 3% não souberam responder.
Avaliação negativa de Eduardo Paes é a mais alta já registrada durante governo
A taxa dos que aprovam a administração de Eduardo Paes diminuiu dezenove pontos preceituais desde o último levantamento, em agosto do ano passado. Após quatro anos e seis meses de governo, sua aprovação passou de 50% para 30%, índice similar aos 29% registrados em dezembro de 2009.
A avaliação negativa seguiu tendência inversa e subiu 21 pontos percentuais, indo de 12% em agosto para os atuais 33%, a mais alta observada durante toda sua administração. A taxa dos que avaliam o peemedebista como regular se manteve em 37%
A atuação do prefeito Paes frente às manifestações também é mal avaliada pelos cariocas, 45% a desaprovam, 35% a avaliam como regular e 17% a aprovam - outros 3% não souberam responder.
Disputa pelo Governo do Rio de Janeiro em 2014 está empatada e sem favoritos
Faltando menos de um ano e meio para a eleição estadual do Rio de Janeiro, a disputa pela cadeira de Sérgio Cabral (PMDB) tem empate entre os candidatos mais bem colocados, mostram as duas simulações realizadas pelo Instituto Datafolha na última semana.
Na primeira delas, dividem a liderança Lindbergh Farias (PT), Cesar Maia (DEM) e Anthony Garotinho (PL), com respectivamente, 17%, 15% e 15% das intenções de voto. A seguir aparecem Romário (PSB) e Luiz Fernando Pezão (PMDB), com 8% (cada um), e Miro Teixeira (PDT), com 6%. Indecisos alcançaram 7%, e votos em branco ou nulo 23%. O petista se destaca entre os mais jovens, onde alcança 26% das intenções de voto.
Na segunda situação, sem a presença dos candidatos do PT e do PSB, Maia e Garotinho aparecem empatados em primeiro lugar, com 20% das intenções de voto cada um. Declararam intenção de voto em Pezão 12%, e em Teixeira, 9%. Indecisos, neste cenário, chegaram a 8%, e as indicações de voto em branco ou nulo chegam a 31%.
Na intenção de voto espontânea, quando não são apresentados os nomes dos possíveis candidatos, a disputa ao governo fluminense está ainda mais indefinida.
O atual governador, Sergio Cabral (PMDB), reeleito em 2010 e impossibilitado de concorrer mais uma vez ao cargo, tem 6% das intenções espontâneas de voto. Seu colega de partido e atual prefeito da capital, Eduardo Paes (PMDB), tem 3%. O deputado Marcelo Freixo,tem 2%, e com 1% aparecem Cesar Maia e Fernando Gabeira.
A maioria (60%) ainda não sabe em quem votará, e 14% afirmam que irão votar em branco ou nulo.