A aprovação ao governo Geraldo Alckmin (PSDB) caiu de 52%, segundo pesquisa realizada no início deste mês, para 38% atualmente, período que coincide com protestos que aconteceram em várias cidades do Estado de Paulo, com destaque para a capital.
No mesmo intervalo, a taxa dos que consideram a gestão de Geraldo Alckmin regular passou de 31% para 40%, e foi de 15% para 20% o índice dos que avaliam seu governo como ruim ou péssimo.
O desempenho de Fernando Haddad (PT) à frente da Prefeitura de São Paulo sofreu dano similar: no início deste mês, 34% aprovavam seu governo, ou seja, consideravam-no ótimo ou bom, índice que caiu para 18% atualmente.
A fatia dos que desaprovam o petista seguiu tendência inversa e cresceu de 21% para 40%, levando a taxa de ruim ou péssimo de Haddad após seis meses de governo a patamar similar ao registrado por Jânio Quadros (43%), Paulo Maluf (41%), Celso Pitta (42%) e Marta Suplicy (42%) no mesmo período de gestão.
Há ainda 35% que consideram o desempenho de Haddad regular, índice similar ao registrado em março (37%).
A atuação de Alckmin e Haddad frente aos protestos que ocorreram na capital paulista, no caso do prefeito, e em outras cidades do Estado também foram objetos de consulta junto à população, e o resultado mostra o petista como o mais mal avaliado no episódio.
No caso do governador, 28% dos paulistas consideraram sua atuação ruim ou péssima, e 30%, ótima ou boa. A fatia dos que avaliaram seu desempenho regular ficou em 35%.
Em relação a Haddad, 44% consideraram sua atuação ruim ou péssima. Os demais se dividem entre aqueles que avaliaram o desempenho do prefeito como ótimo ou bom (19%) e regular (31%), e há 5% que não souberam opinar.
Cai preferência por Alckmin na disputa por reeleição
As intenções de voto em Geraldo Alckmin na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes em 2014 caíram nas últimas três semanas, mas os adversários do atual governador não conseguiram herdar o aumento da rejeição a seu nome e, com isso, viram aumentar a fatia de eleitores dispostos a votar em branco ou nulo.
No cenário que inclui também os nomes de Gilberto Kassab (PSD), Alexandre Padilha (PT) e Paulo Skaf (PMDB), Alckmin tem hoje 40% das intenções de voto, 12 pontos percentuais a menos do que obteve em pesquisa realizada na primeira semana de junho (52%).
No mesmo período, Skaf oscilou de 16% para 19%, Kassab, de 9% para 6%, e Padilha, de 4% para 3%. As indicações de voto em branco, nulo ou em nenhum cresceu de 14% para 24%, e 7% não souberam opinar.
Na situação em que o candidato do PT é Aloizio Mercadante, Alckmin tem 38% (ante 50% na pesquisa anterior). Em seguida aparecem Skaf (18%, ante 15% na última pesquisa), Mercadante (10%, ante 11% na última pesquisa), Kassab (6%, ante 8% na última pesquisa).
A preferência pelo voto em branco, nulo ou em nenhum dos incluídos neste cenário passou de 11% para 21%, e 6% não souberam responder.
Quando o nome na disputa pelo PT é o atual ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, o governador Geraldo Alckmin obtém 39% (tinha 52%), e é seguido por Skaf, com 19% (tinha 16%), Kassab, com 7% (tinha 8%) e Cardozo, com 5% (mesmo índice anterior).
A taxa de indicações em branco, nulo ou em nenhum deles passou de 13% para 23%, e 7% não responderam.
No cenário em que o ex-presidente Lula é colocado como candidato do PT, o governador Alckmin lidera com 34% (ante 42% no início de março), e em seguida aparecem Lula, com 22% (tinha 26%); Skaf, com 17% (tinha 13%); e Kassab, com 5% (tinha 6%).
As intenções de voto em branco, nulo ou em nenhum dos candidatos subiu de 8% para 18%, e 5% não responderam.
Em todos os cenários consultados, Alckmin aparece com índices de intenção de voto acima da média entre os mais jovens, e índice abaixo da média entre os mais escolarizados, fatia na qual perde votos, principalmente, para o peemedebista Paulo Skaf.
Na pesquisa espontânea, em que nenhum nome é apresentado aos entrevistados, Alckmin é citado por 15%, ante 19% na pesquisa do início de junho. Também foram citados Serra (2%) e Lula (2%), entre outros com menor percentual. A fatia dos que não souberam indicar espontaneamente nenhum nome ficou em 63%, e 13% disseram espontaneamente que irão votar em branco ou nulo, o dobro do levantamento anterior (6%).