Indicadores econômicos elevam confiança de eleitores brasileiros

DE SÃO PAULO

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O crescimento do otimismo do eleitor brasileiro quanto à economia do país, à situação econômica pessoal e aos aspectos macroeconômicos como inflação, desemprego e poder de compra, elevaram o Índice Datafolha de Confiança (IDC). No atual levantamento, realizado no dia 21 de outubro, o IDC registrou 142 pontos, aumento de 17 pontos na comparação com o levantamento realizado em agosto passado, quando marcava 125 pontos. O índice alcançou a melhor pontuação no ano, superando o índice de agosto. O atual índice é mais baixo apenas que ao obtido em março de 2013 (148 pontos) - antes das manifestações nas ruas.

Elaborado pelo Datafolha com o objetivo de medir o sentimento dos brasileiros em relação ao país, bem como a evolução ao longo do tempo desse sentimento e dos aspectos cobertos pelo índice, esse índice leva em conta as seguintes categorias:

ÍNDICE DATAFOLHA DE CONFIANÇA
* Avaliação do Brasil enquanto lugar para se viver
* Orgulho ou vergonha de ser brasileiro
* Expectativa da situação econômica do entrevistado
* Expectativa da situação econômica do país
* Expectativa do poder de compra
* Expectativa de desemprego
* Expectativa de inflação

Para cada uma destas questões, consideraram-se apenas as avaliações positivas e negativas (são excluídas do cálculo as avaliações regulares e não respostas), subtraindo-se a taxa de menção positiva da taxa de menção negativa e somando 100 (para evitar números negativos). O índice geral e os subíndices para cada categoria apresentam valores que variam de 0 a 200.

A partir desse cálculo, o IDC registrou média de 142 pontos. Ficaram acima da média a avaliação do Brasil como lugar para se viver, com 184 pontos (era 181 pontos no levantamento anterior), o orgulho ou vergonha de ser brasileiro, com 171 pontos (era 169 pontos), a expectativa da situação econômica pessoal, com 179 pontos (era 166 pontos) e a expectativa da situação econômica do país, com 149 pontos (era 123 pontos). Abaixo da média ficaram as expectativas quanto ao poder de compra do salário, com 122 pontos (era 103 pontos), ao desemprego, com 109 pontos (era 82 pontos) e à inflação, com 81 pontos (era 50 pontos) - no entanto, apresentaram melhoras.

Analisando separadamente cada questão do IDC, observa-se na comparação com o último IDC, de agosto passado, que a avaliação do Brasil como lugar para se viver e o orgulho de se brasileiro foram os únicos aspectos a apresentarem oscilações, enquanto os demais aspectos melhoraram.

A avaliação do Brasil como um lugar para se viver se manteve estável. A avaliação positiva oscilou de 67% para 70%, a avaliação regular de 25% para 24%, e a avaliação negativa, de 7% para 6%. A mesma estabilidade é observada com relação ao sentimento de orgulho de ser brasileiro. A taxa de mais orgulho do que vergonha de ser brasileiro oscilou de 82% para 83%, e a taxa de mais vergonha do que orgulho, de 15% para 14%.

Já, quanto às expectativas econômicas para a inflação, para o desemprego e o poder de compra o otimismo cresceu.

A expectativa do aumento dos preços diminuiu dezenove pontos, de 50% (no fim de setembro) para 31% - melhor índice nos últimos quatro anos. Já, a expectativa da queda da inflação nos próximos meses subiu de 12% para 21% - índice mais alto já registrado (série iniciada em novembro de 2007) - e a taxa dos que acreditam que a inflação ficará igual foi de 27% para 35%. O índice de entrevistados que não souberam responder oscilou de 10% para 13%.

Quanto ao desemprego, a taxa dos que acreditam que o desemprego irá aumentar nos próximos meses segue diminuindo, de 42% (em julho), 36% (em setembro) para 26% - melhor índice desde novembro de 2010. A taxa dos que têm a expectativa que o desemprego será menor nos próximos meses cresceu de 23% para 31%. As taxas de entrevistados que acreditam que o desemprego irá ficar como está e que não souberam responder permaneceram estáveis, respectivamente, 33% (era 32%) e 10% (era 9%).

Por fim, o otimismo com o aumento do poder de compra também cresceu, porém em menor escala. No período, foi de 29% para 33% a taxa dos que têm a expectativa que o poder de compra irá aumentar, enquanto a taxa dos que acreditam que o poder de compra será menor caiu de 30% para 21%. A taxa de entrevistados que acreditam que o poder de compra irá ficar como está passou de 32% para 36% e a dos que não souberam responder foi de 9% para 10%.

Os índices de otimismo com as expectativas futuras da situação econômica pessoal e do país também melhoraram.

A expectativa de melhora da situação econômica do entrevistado alcançou o melhor resultado no ano, 52% têm essa opinião (era 47% no fim de setembro). Enquanto a taxa dos que têm expectativa que a situação econômica piorará recuou de 11% para 6%, e a taxa dos que têm a expectativa que ela ficará igual passou de 38% para 35%. Não souberam responder são 6% (era 5%).

Já, quanto a situação econômica do país, o crescimento do otimismo foi maior. No período, a expectativa que a situação econômica do país irá melhorar passou de 32% para 44% - índice mais alto obtido no ano -, enquanto, a expectativa que a situação econômica do país irá piorar diminuiu de 25% para 15% e a taxa dos que acreditam que a situação ficará igual recuou de 35% para 33%. Não souberam responder chegam a 8%.