Metade dos paulistanos sofreu com falta de água no último mês

DE SÃO PAULO

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Metade dos moradores da capital paulista (49%) tiveram o abastecimento de água em casa interrompido, em algum momento, nos últimos 30 dias. A taxa de moradores que sofreram com o problema vem crescendo: era 35% em junho de 2014, 46% em agosto de 2014 e agora alcançou 49%. Enquanto, 48% declararam não ter ficado nenhum dia sem água (era 64%, em junho de 2014, e 51%, em agosto de 2014) e 3% não responderam.

O número médio de dias em que os entrevistados declararam ter tido o fornecimento de água interrompido, em algum momento do dia, foi de 17 dias no último mês. Observa-se diferenças na média por região da cidade: entre os moradores da região oeste a média sobe para 20 dias, a mais alta, enquanto entre os moradores do centro da cidade a média recua para 5 dias, a mais baixa.

Entre os moradores da região leste da capital (56%) e entre os mais pobres (58%) são observadas as taxas mais altas de entrevistados que declararam ter sofrido com o problema da falta de água no último mês.

Nesse levantamento, realizado nos dias 28 e 29 de outubro, foram realizadas 1.092 entrevistas em todas as regiões da cidade de São Paulo. A margem de erro para o total da amostra é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.

O desempenho de Geraldo Alckmin (PSDB) frente ao problema da falta de água é avaliado como ruim ou péssimo por 48% dos moradores da capital - entre os que têm 25 a 34 anos o índice sobe para 58%. Para 35%, o desempenho do governador é regular e para 15% é ótimo ou bom. Entre os mais velhos (26%) e entre os menos instruídos (24%) são observadas as taxas mais altas de aprovação.

Na comparação com pesquisa anterior (agosto de 2014) a insatisfação com o desempenho do governador no combate à falta de água cresceu dez pontos percentuais (era 38%), enquanto a taxa de aprovação recuou seis pontos (era 21%). Já, as demais taxas oscilaram.

No mesmo período, a desconfiança dos paulistanos quanto às informações passadas pelo governo Estadual a respeito da falta de água cresceu. Para 84%, o governo tem fornecido somente as informações que interessam ao próprio governo (era 71%), para 12% o governo tem fornecido todas as informações disponíveis sobre o problema (era 23%) e 4% não responderam (era 5%).

Os segmentos mais insatisfeitos com a qualidade das informações sobre a falta de água são: dos mais jovens (90%), mais instruídos (92%) e mais ricos (92%). Já, o segmento que mais confia nas informações passadas são os mais velhos (24%).

Quanto à confiança na Sabesp, companhia responsável pelo fornecimento de água, coleta e tratamento de esgoto, os entrevistados deram a nota média de 5,1 numa escala de zero a dez. Observa-se entre os mais velhos e menos instruídos a nota média de confiança mais alta na empresa, respectivamente, 5,8 e 5,7. Enquanto, a nota média mais baixa entre os mais instruídos (4,5), mais ricos (4,7) e moradores da região oeste (4,7).