Congresso Nacional tem pior avaliação desde anões do orçamento, em 1993

DE SÃO PAULO

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Pesquisa Datafolha mostra que piorou a avaliação do desempenho do Congresso Nacional. A parcela de brasileiros que avalia como ruim ou péssimo o trabalho dos congressistas cresceu de 43%, em julho, para 58%. Este índice é o mais alto da série histórica, superando até então o pior resultado de setembro de 1993 (56%). No período a taxa de ótimo ou bom recuou de 12% para 7% - igualou o menor índice da série, de setembro de 1993 (7%) - e a avaliação regular foi de 40% para 31%. Uma parcela de 3% não respondeu (era 5%).

Taxas mais altas de insatisfação são observadas entre os mais instruídos (74%) e entre os mais ricos (73%).

Nesse levantamento realizado nos dias 07 e 08 de dezembro de 2016, foram realizadas 2.828 entrevistas em 174 municípios brasileiros. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos considerando um nível de confiança de 95%.

A maioria dos brasileiros segue apoiando a democracia como melhor forma de governo. Seis em cada dez (62%) concordaram com a afirmação que a democracia é sempre melhor do que qualquer outra forma de governo (mesmo índice de julho passado). Já, para 18% tanto faz uma democracia ou uma ditadura (era 17%) e para 12% em certas circunstâncias é melhor uma ditadura do que uma democracia (era 14%).

Quanto ao espectro político de esquerda e direita, 24% dos brasileiros se auto classificaram politicamente como de centro, 20% como de direita, 11% como de centro-direita, 15% como de esquerda, 11% como centro-esquerda e 19% não se posicionaram. Em comparação com a pesquisa anterior, de 2010, observa-se que cresceu a parcela de brasileiros que se auto classificam como de centro (era 17%) - o atual índice é o mais alto da série -, enquanto recuou a parcela que se auto classificam como de direita (era 24%) - esta é a terceira vez consecutiva em que a taxa recuou (era 28% em 2003, 25% em 2006 e 24% em 2010).

Foto do prédio do Congresso Nacional - Antonio Molina/Folhapress