Pesquisa Datafolha mostra que a maior parcela dos moradores da capital paulista é favorável ao grafite e rejeita as pichações em muros e fachadas de prédios da cidade. Uma parcela de 85% é favorável aos grafites em muros e fachadas, 13% são contrários (entre os mais velhos o índice sobe para 24%) e 2% não responderam. Quanto às pichações em muros e fachadas, 97% dos entrevistados declararam ser contrários à elas e 3% são favoráveis - entre os mais jovens o índice alcança 7%.
Realizada nos dias 08 e 09 de fevereiro, a pesquisa entrevistou 1.092 moradores da cidade de São Paulo, com 16 anos ou mais, de todas as regiões da cidade. A margem de erro para o total da amostra é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.
A aceitação ao grafite e a rejeição à pichação é também majoritária quando se coloca as situações: na rua de casa e na fachada de sua casa. Quando perguntados se gostariam de ter grafites na rua de sua casa, 78% dos entrevistados declararam que sim e 21% que não. Já, quando se trata de pichações, a rejeição alcança 97% ante 2% de aceitação. Quando a pergunta é na fachada de sua casa, 69% declararam que gostariam de ter grafites e 31% que não, já, no caso das pichações, 3% gostariam e 97% não gostariam.
De maneira geral, a aceitação ao grafite e à pichação é mais alta entre os mais jovens do que entre os mais velhos.
Quando perguntados se os grafites deveriam ser liberados em prédios públicos e em áreas particulares, desde que os proprietários autorizem, a maior parcela declarou ser favorável a liberação. Para 59% o grafite deveria ser liberado em áreas e prédios públicos de responsabilidade da Prefeitura, já, para 38%, o grafite não deve ser liberado nesses espaços e 3% não responderam. Com relação aos grafites em áreas particulares, 88% são favoráveis, desde que o proprietário autorize, 10% são contra e 1% não respondeu.
Quanto à ideia de limitar ou não os grafites a áreas específicas da cidade, as opiniões ficaram divididas. Cinco em cada dez (52%) declararam ser favoráveis a criação de áreas específicas da cidade para receber grafites, enquanto 45% defendem que os grafites sejam liberados em qualquer área da cidade. Uma parcela de 3% não respondeu. Entre os mais ricos (63%) e entre os moradores da região Norte (59%) são observados os índices mais altos de apoio a existência de áreas específicas para receber os grafites.
A maioria dos entrevistados tomou conhecimento da medida adotada pela Prefeitura de pintar de cinza os grafites da Av. 23 de Maio. Três em cada quatro (77%) declararam que tomaram conhecimento do fato (desses, 54% declararam estar bem informados sobre o tema, 17% mais ou menos e 5% mal informado) e 23% o desconhecem.
A remoção dos grafites da Av. 23 de Maio, promovida pela Prefeitura, desagradou a maioria dos paulistanos. Seis em cada dez (61%) declararam que a Prefeitura agiu mal ao pintar de cinza os grafites expostos ao longo da Av. 23 de Maio, para 32% a Prefeitura agiu bem, 3% ficaram indiferentes e 4% não responderam. Entre os mais jovens (70%), entre os mais instruídos (70%) e entre os insatisfeitos com o programa Cidade Linda (85%) a reprovação à atitude da Prefeitura é mais alta. Enquanto entre os mais velhos (40%), entre os menos instruídos (41%) e entre os satisfeitos com o programa Cidade Linda (41%) a aprovação é mais alta.
Para a maioria, as medidas anunciadas pelo prefeito João Doria (PSDB) para coibir as pichações, como multas e trabalhos comunitários, não irão acabar com o problema. Seis em cada dez (61%) avaliam que as medidas não irão acabar com as pichações, 35% que irão sim e 4% não responderam. Entre os mais instruídos é observado o índice mais alto de pessimismo com a medida, 70%.
A respeito da importância que o prefeito João Doria tem dado ao tema dos grafites e pichações, 43% avaliaram que o prefeito tem dado a importância que o tema merece, 41% mais importância do que merece, 12% menos importância e 3% não responderam.
Os resultados mostram que que a maioria dos paulistanos adultos está satisfeita com o início dos programas Cidade Linda e Corujão da Saúde da Prefeitura. Ambos os programas alcançaram altas taxas de conhecimento.
O programa Cidade Linda é avaliado como ótimo ou bom por 59%, como regular por 20% e ruim ou péssimo por 11%. Uma parcela de 9% não respondeu. Sete em cada dez (73%) declararam ter conhecimento do início do programa (desses, 44% declararam estar bem informados, 23% mais ou menos e 7% mal informados) e 27% afirmaram não conhecê-lo.
Apesar de bem avaliado, a metade dos moradores da capital (51%) declarou que o programa Cidade Linda não trouxe mudanças positivas ou negativas à cidade, já, para 36%, o programa melhorou a cidade e para 5% a piorou. Uma parcela de 8% não opinou. Entre os mais ricos (55%) e entre os que aprovam o Cidade Linda (49%) é mais alta a avaliação que o programa melhorou a cidade.
Por sua vez, o programa Corujão da Saúde é avaliado positivamente por 67%, como regular por 11%, como ruim ou péssimo por 6% e 16% não responderam. Sete em cada dez entrevistados (69%) declararam ter conhecimento sobre o início do programa Corujão da Saúde (desses, 40% declararam estar bem informados, 22% mais ou menos e 7% mal informados) e 31% informaram desconhecê-lo.
A expectativa com relação ao programa Corujão da Saúde é positiva: 13% consideram que o programa irá conseguir atender todas as pessoas que estão em fila de espera por exames da Prefeitura até abril e 47% consideram que o programa irá conseguir atender a maioria das pessoas. Enquanto, para uma parcela de 37% o programa conseguirá atender somente a minoria das pessoas da fila de espera por exames até abril e 3% não responderam.
Metade dos entrevistados avalia que o prefeito João Doria tem dado aos programas a importância que merecem. Com relação ao Corujão da Saúde, 52% declararam que o prefeito tem dado a importância que o tema merece, 21% menos importância, 18% mais importância e 9% não responderam. Já, o programa Cidade Linda, 48% avaliaram que o prefeito tem dado a importância que o tema merece, 31% mais importância, 15% menos importância e 6% não responderam.
A maior parcela dos paulistanos (57%) aprovou o aumento da velocidade máxima nas pistas das marginais da capital. Ante 37% que reprovaram a medida, 4% declararam ser indiferentes e 2% não responderam. Entre os que dirigem carros na cidade, a aprovação ao aumento de velocidade é a mais alta, 71%. Enquanto, entre os que não dirigem, o índice de reprovação à mudança de velocidade nas marginais é a mais alta, 45%.
Nove em cada dez moradores (89%) da capital paulista tomaram conhecimento sobre o aumento da velocidade máxima nas marginais (desses, 59% responderam estar bem informados sobre o assunto, 25% mais ou menos e 5% mal informados) e 11% declararam desconhecimento.
Sobre o tema do aumento da velocidade máxima nas marginais, 51% avaliaram que o prefeito João Doria tem dado ao tema a importância que ele merece, para 28%, o tucano tem dado mais importância ao tema do que merecia, para 16%, menos importância e 5% não responderam.
O trânsito na capital segue mal avaliado pelos paulistanos. A maioria (70%) avalia como ruim ou péssimo o trânsito na cidade, para 22%, é regular e para 7% é ótimo ou bom. Na comparação com a pesquisa anterior, de outubro de 2015, os índices permaneceram estáveis, eram, respectivamente, 71%, 21% e 8%. Entre as faixas de renda mais altas, observa-se um descontentamento maior com o trânsito da cidade: entre os mais ricos, 84% avaliaram como ruim ou péssimo e entre os que têm renda familiar mensal de mais de cinco a dez salários mínimos, 80%. Entre os moradores das diferentes regiões da capital não se observaram diferenças significativas.
Metade dos entrevistados (51%) declarou que não dirige carro, dos que dirigem (49%), 42% costumam dirigir na cidade e 7% não costumam. O índice de motoristas ficou um pouco diferente do levantamento anterior, quando eram respectivamente, 45% e 55%.
Ônibus segue sendo o meio de transporte mais utilizado pelos paulistanos, com 77% de menções. O índice é próximo ao observado no levantamento anterior (era 72% em outubro de 2015). Em seguida aparecem Metrô, com 41% (era 34% no levantamento anterior), carro, com 26% (era 19%) e trem, com 15% de menções (era 11%), entre outros menos citados. Pela primeira vez na série histórica Uber foi citado e alcançou 2% de menções.
Nove em cada dez entrevistados (90%) declararam ter tomado conhecimento do congelamento do valor da passagem de ônibus, em R$ 3,80, anunciado pela Prefeitura. Desses, 71% estão bem informados sobre o assunto, 15% mais ou menos e 4% mal informados. Uma parcela de 10% declarou não ter conhecimento.