Após três meses à frente da Prefeitura de São Paulo, o prefeito João Doria (PSDB) tem sua administração aprovada por 43% dos paulistanos, e reprovada por 20%. Os demais consideram sua gestão regular (33%) ou não opinaram (4%). A taxa de aprovação do tucano, atualmente, está no mesmo patamar da registrada quando ele completou seu primeiro mês de governo (44%), enquanto sua reprovação agora é mais alta (era de 13%).
A aprovação ao governo Doria fica acima da média entre os que estudaram até o ensino superior (56%), nos segmentos de renda familiar mais alta (54% entre quem obtém de 5 a 10 salários por mês, e 67% entre os que têm rendimento superior a 10 salários). Na faixa dos mais jovens, de 16 a 24 anos, a taxa de aprovação fica em 36%, e cai para 31% entre os menos escolarizados e entre os mais pobres, com renda mensal familiar de até 2 salários.
O índice de aprovação de Doria supera o de ex-prefeitos da capital paulista em períodos similares de governo. Antes dele, quem havia completado três meses de gestão com o índice mais alto de aprovação era Marta Suplicy (34%), e na sequência aparece Fernando Haddad (31%), Celso Pitta (24%), Paulo Maluf (24%), José Serra (20%), Luiza Erundina (19%) e Gilberto Kassab (16%). A taxa de reprovação de Doria, neste momento, é mais alta do que a seu antecessor, Haddad, em período similar de governo (14%).
De 0 a 10, a nota média atribuída ao desempenho de João Doria até o momento é 6,0, ligeiramente abaixo da verificada no início de fevereiro (6,2).
Uma parcela de 47% dos moradores da capital paulista avalia que o prefeito João Doria fez, até o momento, menos do que esperavam pela cidade, índice superior ao registrado no início de fevereiro (39%). Os demais acreditam que o tucano fez o que esperavam que ele fizesse (28%, ante 32% na pesquisa anterior), fez mais do que esperavam (20%, mesmo resultado de fevereiro), e há aqueles que não opinaram ou deram outras respostas (6% atualmente, ante 10% em fevereiro).
Entre as mulheres, 52% avaliam que Doria fez menos do que elas esperavam, índice que cai para 40% entre os homens. Na parcela dos menos escolarizados, sobe para 59% a taxa dos que acreditam que o tucano fez menos do que o esperado, e entre os mais pobres, 61%. A tendência é oposta entre os mais escolarizados (um índice acima da média, 27%, acha que Doria fez mais do que o esperado) e entre os mais ricos (37% têm a mesma opinião).
Quando consultados sobre as realizações até o momento em seu bairro, 67% avaliam que Doria fez menos do que esperavam. Os demais avaliam que o prefeito fez em seu bairro o que esperavam que ele fizesse (17%), que fez mais do que o esperado (7%), e 10% não opinaram ou deram outras respostas.
No segmento dos mais pobres, 74% acreditam que o tucano fez menos do que o esperado no bairro em que moram, e 9%, que fez o esperado. Na outra ponta, entre os mais ricos, esses índices ficam em 53% e 24%, respectivamente.
De forma geral, 51% dos paulistanos avaliam que a cidade de São Paulo não mudou do início de 2016 até agora, e um em cada três (35%) acredita que a cidade tenha melhorado nesse período. Há ainda 13% que veem a cidade pior atualmente, e 1% não opinou.
Entre os mais jovens, 59% afirmam que a capital paulista está igual, e 10%, que tenha piorado. Na faixa dos mais velhos, com 60 anos ou mais, a tendência se inverte: 44% avaliam que cidade está igual, e para 41% ela melhorou. Entre os mais escolarizados, 46% avaliam que São Paulo melhorou desde o início do ano, ante 26% entre os menos escolarizados. A mesma diferença de opinião é vista entre os mais ricos (49% na faixa acima de renda acima 10 salários acreditam que cidade melhorou, e 43% na faixa de 5 a 10 salários têm a mesma opinião) e os mais pobres (26% veem a cidade melhor). Na fatia dos que aprovam a gestão do tucano, 63% afirmam que cidade melhorou, índice que cai para 20% entre os que veem a gestão como regular e para 5% na fatia dos que a consideram ruim ou péssima.
Em relação ao próprio bairro, a avaliação de que nada mudou desde o início do ano atinge 71%, e os demais se dividem entre os que acreditam que a situação no próprio bairro melhorou (16%), piorou (11%) e os que não opinaram (1%). Nesta avaliação a tendência de alguns segmentos se diferencia da verificada em relação à cidade: entre aqueles que têm curso superior, o índice dos que avaliam que a situação do bairro está igual (76%) é mais alta do que a registrada entre os que estudaram até o ensino fundamental (66%); entre os mais ricos, 80% apontam situação igual no bairro onde vivem, índice que fica em 69% no segmento dos mais pobres.
Numa consulta sobre a evolução de alguns serviços municipais desde o início do ano, o que obteve maior destaque positivo foi o serviço de limpeza de ruas e avenidas, considerado melhor por 50%, e igual, para 39%. O sistema municipal de saúde está melhor para 27%, enquanto 33% acham que está pior, e 34%, igual. O serviço de ciclovias melhorou para 24%, piorou para 17%, e 48% avaliam que não mudou. Conservação do asfalto de ruas e avenidas tem situação similar: 23% acreditam que melhorou, 26%, que piorou, e para 50% não mudou. Em relação ao serviço de transporte coletivo, 23% indicam que está melhor, 18%, que está pior, e para 55% não houve mudança. O trânsito na capital em 2017 tem avaliação similar: 19% veem melhora, 30%, piora, e 50%, nenhuma mudança. A manutenção de semáforos melhorou para 19%, piorou para 18%, e a maioria acredita que está igual (59%). Por fim, a avaliação sobre o sistema de educação municipal mostra que 13% veem melhora, índice abaixo dos que veem piora (24%) ou situação inalterada (50%).
Entre os mais escolarizados (39%) e mais ricos (43%) fica acima da média (27%) o índice dos que veem melhora no sistema de saúde neste ano. No segmento dos menos escolarizados e dos mais pobres, essas taxas são de 24% e 21%, respectivamente.