Após noves meses à frente da cidade do Rio de Janeiro, o prefeito Marcelo Crivella (PRB) é aprovado por 16% dos cariocas, taxa dos que consideram sua administração ótima ou boa. Os demais reprovam sua gestão (40%), avaliando-a como ruim ou péssima, ou péssima, ou a veem como regular (39%), além daqueles que preferiram não opinar (5%) sobre o tema.
A taxa de reprovação do prefeito é mais alta entre as mulheres (45%) do que entre os homens (35%). Entre os mais jovens, 10% preferiram não opinar, e ele é mais rejeitado na faixa de idade de 35 a 44 anos (46%). Entre os menos escolarizados, a reprovação a Crivella cai para 29%, e sua aprovação vai a 24%. No segmento oposto, entre os mais escolarizados, a maioria (59%) reprova a gestão atual do Rio, e somente 7% a aprovam. Tendência similar é verifica em relação à renda mensal familiar: entre os mais pobres, com renda de até 2 salários, o índice dos que veem o governo Crivella como ruim ou péssimo fica abaixo da média (33%), e sobe gradualmente conforme o avanço da renda até alcançar 62% entre os mais ricos, com renda mensal superior a 10 salários. Na zona sul, a reprovação do governo Crivella alcança 58%, bem acima do verificado na zona oeste (35%).
Entre os que votaram em Crivella no segundo turno da eleição do ano passado, 30% avaliam seu governo como ótimo ou bom, 45%, como regular, e 21%, como ruim ou péssimo. Na parcela que votou em Marcelo Freixo (PSol), apenas 5% aprovam a gestão do prefeito do PRB, enquanto 63% a reprovam e 28% avaliam como regular.
Na parcela de evangélicos em geral a aprovação a Crivella é mais alta do que em outros segmentos religiosos. Entre os evangélicos tradicionais, que representam 14% da população adulta do Rio e fazem parte de igrejas como Batista, Metodista, Adventista e Presbiteriana, 31% consideram ótimo ou bom o governo de Crivella, ante 22% que o avaliam como ruim ou péssimo. Na parcela de evangélicos pentecostais, que são 13% da população e frequentam igrejas como Assembleia de Deus e Congregação Cristã, a aprovação do prefeito fica em 27%, e a reprovação, em 26%. Entre os neopentecostais, que representam 4% da população adulta e vão a cultos de igrejas como Universal do Reino de Deus, Internacional da Graça de Deus e Mundial do Poder de Deus, 45% consideram o governo Crivella ótimo ou bom, para 42% ele é regular, e somente 6% o consideram ruim ou péssimo. Os 39% de cariocas católicos são mais críticos: 41% reprovam a gestão atual da cidade, enquanto 10% aprovam. Os 7% que são adeptos do espiritismo, kardecismo ou religiões relacionadas são ainda mais críticos (69% consideram a administração do atual prefeito ruim ou péssima, e somente 2% a veem como ótima ou boa), e tendência similar é registrada entre adeptos de umbanda, candomblé e outras religiões afro-brasileiras, segmento no qual 66% reprovam a gestão Crivella, e 10% aprovam. Entre os 12% que não tem religião, o índice de reprovação é de 49%, e a aprovação fica em 7%.
De 0 a 10, a nota média atribuída ao desempenho de Crivella à frente da prefeitura até o momento é 4,5. Há 19% que dão nota 0 a ele, e 6% que dão notas 10.
Para a maioria (71%) dos cariocas avalia que Crivella, nesses primeiros nove meses de governo, fez pela cidade menos do que esperavam. Para os demais, ele fez o que era esperado (16%) ou fez mais do que o esperado (7%), entre outras respostas espontâneas ou falta de avaliação sobre o tema. Entre os que votaram no atual prefeito, 61% consideram seu desempenho na gestão da cidade abaixo da expectativa, 21% a consideram dentro da expectativa, e para 13% está acima da expectativa. Na parcela que votou em Freixo, 79% veem as realizações pela cidade até o momento como abaixo do que esperavam, 12% acreditam que está dentro do esperado, e apenas 1% avalia que está acima do que esperavam.
A mesma consulta, mas a respeito das realizações do governo nos bairros dos entrevistados, mostra um nível de frustração mais alto: 79% indicam que Crivella fez pelo bairro em que moram, nesses meses de governo, menos do que eles esperavam. Para 10%, o prefeito fez pelo bairro em que moram o que era esperam que fizesse, e apenas 3%. Há ainda 5% que dizem espontaneamente que Crivella não fez nada pelo seu bairro, além 3% que responderam de outra forma ou não responderam.