Se pudessem, 72% deixariam a cidade do Rio por causa da violência

DE SÃO PAULO

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Pesquisa Datafolha mostra que a maioria dos moradores da cidade do Rio de Janeiro tem vontade de mudar de cidade por causa da violência. Sete em cada dez (72%) declararam que se fosse possível mudariam de cidade, 27% não mudariam (entre os mais velhos o índice sobe para 37%) e 1% não opinou. A vontade de mudar de cidade por conta da violência é majoritária em todos as variáveis socioeconômicas e entre os moradores de todas as regiões da cidade - 73% na zona Norte, 72% na zona Oeste, 70% na zona Sul e 69% no Centro.

Nesse levantamento, nos dias 03 e 04 de outubro de 2017, foram realizadas 812 entrevistas presenciais com moradores da cidade do Rio de Janeiro, com 16 anos ou mais, de todas as regiões da cidade. A margem de erro da pesquisa é de 4 pontos percentuais para mais ou para menos considerando um nível de confiança de 95%.

A maioria dos cariocas reprova o desempenho do governo Estadual na área da Segurança Pública, a taxa de avaliação ruim ou péssimo alcançou 74%. Para 21%, o desempenho é regular e para 5% é ótimo ou bom (entre os menos instruídos o índice sobe para 10%). A taxa de reprovação ao desempenho do governo Estadual na área da Segurança Pública é majoritária em todos os segmentos - alcança os índices mais altos entre os mais instruídos (90%) e entre os mais ricos (91%) - e entre os moradores de todas as regiões da cidade - 68% na zona Oeste, 76% na zona Norte, 77% no Centro e 82% na zona Sul.

Quando questionados sobre quem deveria ser o principal responsável pela Segurança Pública - o presidente, o governador ou o prefeito -, os cariocas ficaram divididos. Uma parcela de 38% declarou o governador do Estado, 30% o presidente da República e 19% o prefeito da cidade. De forma espontânea, 6% declararam que todos são os responsáveis, 3% deram outras respostas e 3% não opinaram.

Entre os mais instruídos (48%) e entre os mais ricos (55%) a taxa de entrevistados que responsabilizaram o governador do Estado, pela Segurança Pública, alcançou índices mais altos, enquanto entre os menos instruídos (37%) e entre os mais pobres (38%) a maior responsabilidade recai no presidente da República.