Flamengo e Corinthians seguem na liderança de torcidas

DE SÃO PAULO

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Apoiadas por 18% e 14%, respectivamente, Flamengo e Corinthians têm as maiores torcidas do Brasil, empatadas no limite da margem de erro do levantamento, que é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos quando considerado o total da amostra. O resultado é idêntico ao registrado no último levantamento sobre o tema, em junho de 2014.

Também não houve variação fora da margem de erro nas demais torcidas que aparecem na pesquisa: São Paulo (8%) e Palmeiras (6%) também repetem seu desempenho de 2014, e na sequência aparecem Vasco (4%, ante 5% em 2014), Cruzeiro (4%, ante 3% em 2014), Grêmio (3%, ante 4% em 2014), Santos (3%, igual ao levantamento anterior), Internacional-RS (3%, também igual a 2014), Atlético Mineiro (3%, igual a 2014), Botafogo-RJ (1%, ante 2% em 2017), Fluminense (1%, ante 2% em 2017), Bahia (1%, igual a 2015) e Vitória-BA (1%, também igual a 2014), entre outros que não atingiram 1%. A fatia de quem declara não ter time é de 22%.

Na fatia dos mais jovens, o percentual sem time cai para 13%, e o Flamengo vai a 24%, ante 17% de corintianos e 11% de são-paulinos. Na região Norte, o percentual de flamenguistas atinge 37%, superando em larga medida a torcida pelo Corinthians, que fica com 8%. No Nordeste, o Flamengo (23%) também supera o Corinthians (9%), enquanto no Sudeste os dois empatam tecnicamente, com vantagem numérica para o time paulista (19% a 14%). Na região Sul, Grêmio (20%) e Internacional (18%), e na sequência aparece o Corinthians (12%).

CRESCE DESINTERESSE POR FUTEBOL

Um em cada quatro brasileiros (26%) com 16 anos ou mais tem grande interesse por futebol, e uma parte significativa, de 41%, não tem nenhum interesse por futebol. Há ainda aqueles que têm interesse médio pelo esporte (23%), e uma parcela de 9% que tem pequeno interesse.

A comparação com pesquisa sobre o mesmo tema realizada pelo Datafolha em 2010 mostra que, neste intervalo, cresceu o desinteresse por futebol (de 31% para 41%), e caiu o percentual dos que têm grande interesse (de 32% para 26%). A parcela com médio interesse variou dentro da margem de erro (era de 22%), e o percentual com pequeno interesse também caiu (era de 16%).
Entre os homens, 42% tem muito interesse pelo futebol, ante 12% entre as mulheres. O desinteresse total pelo futebol atinge 56% entre as mulheres, enquanto entre os homens fica em 24%. Na parcela de brasileiros que estudou até o ensino fundamental, o desinteresse pelo futebol é mais alto (48%) do que entre aqueles que estudaram até o ensino médio (38%) ou superior (35%).

A Copa do Mundo da Rússia desperta interesse similar entre os brasileiros: 24% têm grande interesse, 23%, médio interesse, 9%, pequeno interesse, e 42% não tem interesse no evento. Também é mais alto o grau de grande interesse entre homens (35%) do que entre as mulheres (15%), e o contrário ocorre com o desinteresse pelo evento (54% entre as mulheres, 30% entre os homens).

O percentual de brasileiros que pratica futebol é de 20%, sendo que 12% praticam uma vez por semana ou mais, os mais assíduos, e 5%, uma vez por mês ou menos. Entre os homens, 38% jogam futebol (24% uma vez ou mais por semana), ante somente 4% entre as mulheres. Os mais jovens, na faixa de 16 a 24 anos, são os maiores praticantes (41%, ante 28% na faixa seguinte, de 25 a 34 anos). Também há diferença no grau de escolaridade: entre os menos escolarizados, 13% jogam futebol, ante 24% entre os mais escolarizados. A análise por renda mostra que na fatia de renda familiar mais baixa, com ganho de até 2 salários, o percentual de praticantes de futebol é mais baixo (16%) dos que nas faixas de renda mais alta (entre quem tem renda familiar de 5 a 10 salários, por exemplo, 29% jogam).

Também é de 20% o percentual de brasileiros que costumam ver partidas de futebol no estádio, sendo que metade (10%) vai a estádios pelo menos uma vez por mês, e 4%, uma vez por ano. Entre os homens, 29% costumam ir a estádios (16% vão pelo menos uma vez por mês), índice que cai para 12% entre as mulheres.

47% ACREDITAM QUE BRASIL SERÁ CAMPEÃO NA RÚSSIA

O desempenho do técnico Tite à frente da seleção brasileira é aprovado por 62% dos brasileiros, que consideram seu trabalho ótimo ou bom, e reprovado por 3%, que o consideram ruim ou péssimo. Os demais avaliam o trabalho do técnico regular (15%) ou preferiram não opinar (20%). Entre os corintianos, a aprovação a Tite alcança 80%, e também fica acima da média entre são-paulinos (79%).

Pesquisa realizada em junho de 2014, antes da Copa do Mundo no Brasil, mostrava o técnico Luiz Felipe Scolari com aprovação de 68%, e os demais consideram seu trabalho regular (14%) ou desaprovavam (2%), além de 16% que não tinham opinião.

Consultados sobre quem é o favorito para vencer a Copa do Mundo da Rússia, 47% apontaram o Brasil, e na sequência aparecem Alemanha (9%), Argentina (2%), Rússia (1%), Espanha (1%) e França (1%), entre outros menos citados. Uma parcela de 37% não citou nenhuma seleção (24% entre os homens, e 49% entre as mulheres).

Em 2014, em junho, o Brasil era apontado como favorito por 68%, e a Alemanha, por 5%. Na sequência apareciam Espanha (3%), Argentina (3%) e Itália (1%), e 18% preferiam não opinar.

Um em cada três brasileiros (32%) cita espontaneamente Neymar como o melhor jogador do mundo atualmente. O português Cristiano Ronaldo, de Portugal, foi citado por 24%, e 14% mencionaram Leonel Messi, da Argentina. Os demais jogadores não atingiram 1%, e 24% não citaram nenhum nome. Na parcela dos homens, Cristiano Ronaldo (33%) e Neymar (29%) empatam, e Messi fica em patamar próximo (21%). Entre os mais jovens, 31% apontam o jogador português, e 32%, o brasileiro.

Quando questionados sobre o melhor jogador brasileiro, 59% citaram espontaneamente Neymar. Além dele aparecem Gabriel Jesus (1%), Philipe Coutinho (1%) e outros com menos de 1%. Uma fatia de 29% não mencionou nenhum jogador.