Após renunciar ao cargo de governador de São Paulo para disputar à presidência da República, na semana passada, Geraldo Alckmin (PSDB) tem sua administração estadual aprovada por 36% dos paulistas adultos. Uma parcela de 22% reprova seu governo - o índice mais baixo desde que foi reeleito para o cargo -, 40% a avaliaram como regular e 2% não opinaram.
Em comparação com a pesquisa anterior, de novembro de 2017, os índices do tucano ficaram estáveis: a taxa de aprovação era 34% e a de reprovação era 25%.
A aprovação ao governo Alckmin é mais alta no interior (42%) do que na capital (26%), e alcança índices mais altos entre os menos instruídos (45%) e entre os moradores de municípios com até 50 mil habitantes (47%). Já, a reprovação ao governo do tucano é mais alta na capital (30%) do que no interior (18%), entre os mais instruídos (32%) e entre os moradores de municípios com mais de 500 mil habitantes (30%).
Numa escala de 0 a 10, o governo Alckmin obteve a nota média de 5,4. A nota média é próxima à observada na pesquisa de novembro passado, quando era 5,7. A satisfação com o governo Alckmin é mais alta entre os moradores do interior (5,8) do que entre os moradores da capital (4,8), entre os menos instruídos (6,3) do que entre os mais instruídos (4,6), entre os mais pobres (5,7) do que entre os mais ricos (4,8) e entre os moradores de municípios com até 50 mil habitantes (6,0) do que entre os moradores dos municípios com mais de meio milhão de habitantes (4,8).
Entre os moradores da capital paulista, a avaliação do governo Alckmin também ficou estável no período na comparação com a pesquisa de novembro passado. A taxa de aprovação e reprovação oscilaram (eram, respectivamente, 24% e 32%) e a nota média da administração estadual ficou próxima (era 5,1).
A saída de Alckmin do Executivo paulista para concorrer à presidência da República dividiu os paulistas. Para 47%, o tucano agiu bem, para 46%, agiu mal e 7% não opinaram. O apoio à saída de Alckmin para disputar a eleição presidencial é mais alto entre os moradores do interior (51% aprovam a medida e 42% reprovam) do que entre os moradores da capital (39% aprovam e 54% reprovam), entre os moradores de municípios com mais de 50 mil (53%) e entre os que aprovam a gestão estadual de Alckmin (67%).
Uma parcela de 72% avalia que a saída de Alckmin do governo estadual não trará benefícios nem prejuízos para o Estado de São Paulo, para 11%, o Estado será mais prejudicado do que beneficiado e para 12%, o Estado será mais beneficiado do que prejudicado. Uma parcela de 4% não opinou.
A maioria dos paulistas (64%) avaliou que Alckmin fez pelo Estado menos do que se esperava (entre os moradores de cidade com mais de 500 mil habitantes o índice sobe para 72%, entre os moradores da capital, para 74% e entre os mais ricos para 76%), para 22%, fez o que se esperava (índice sobe para 30% entre os moradores de cidade com até 50 mil habitantes) e para 8%, o tucano fez mais pelo Estado do que se esperava. Uma parcela de 4% não opinou.
SAÚDE E VIOLÊNCIA SÃO OS MAIORES PROBLEMAS DO ESTADO DE SÃO PAULO
Saúde e violência são hoje os principais problemas do Estado, cada um, com 24% de menções. Com índices mais baixos aparecem desemprego (13%), educação (13%), corrupção (4%), entre outros menos lembrados. Uma parcela de 8% não soube dizer qual é o maior problema do Estado.
Menções à educação são mais altas entre os mais instruídos (26%) e entre os mais ricos (34%).
Em comparação com a pesquisa anterior, de novembro de 2017, saúde recuou 12 pontos (era 36%). Já, violência cresceu quatro pontos (era 20%) e em comparação com a pesquisa de fevereiro de 2015 cresceu nove pontos (era 15%). O mesmo ocorreu com o desemprego, era 9% em novembro de 2017, e 5%, em fevereiro de 2015. Quanto às taxas de educação e corrupção, estas se mantiveram estáveis, tinham respectivamente, 12% e 2% em novembro de 2017.