Da parcela de entrevistados com mais de 18 anos, 40% declararam que solicitaram o auxílio emergencial do governo Federal e 60%, não solicitaram o benefício. Na comparação com a pesquisa anterior, de junho, os índices ficaram estáveis, quando eram, respectivamente, 42% e 58%.
O índice dos que solicitaram o auxílio é mais alto entre os mais pobres (54%), entre os moradores da região Centro-Oeste e Norte (50%), entre os assalariados sem registro (71%) e entre os desempregados (75%).
Da parcela que solicitou o auxílio, três em cada quatro (74%) receberam pelo menos uma das parcelas e 26% ainda não conseguiram receber alguma parcela. Na comparação com as pesquisas anteriores, observa-se que o índice dos que não conseguiram receber alguma parcela vem recuando: era 38% em maio e 32% em junho.
Nesse levantamento, entre os dias 11 e 12 de agosto de 2020, foram realizadas 2.065 entrevistas por telefone com brasileiros de 16 anos ou mais, que possuem celulares, de todas as regiões do país. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos considerando um nível de confiança de 95%.
Dos que já receberam ao menos uma parcela do auxílio emergencial, o principal destino do recurso é a compra de alimentos (53%), 25% para pagar contas, 16% para pagar despesas da casa, 1% para comprar remédios, entre outras respostas. Entre os que têm menor renda, 61% utilizam o dinheiro do auxílio para compra de alimentos. Entre os desempregados esse índice é de 62%.
Dos que já receberam pelo menos uma parcela do auxílio emergencial, 56% informaram que possuem outra fonte de renda além do benefício neste momento da pandemia e 44% informaram que o auxílio é a única fonte de renda - esse índice sobe entre os menos instruídos (59%), entre os que têm renda familiar mensal de até 2 salários mínimos (53%) e entre os desempregados (65%) e entre os moradores da região Nordeste (52%).
Entre os que se auto declararam negros, 49% têm o auxílio emergencial como única fonte de renda, contra 38% entre os brancos.