Para 47%, Bolsonaro não tem culpa por 100 mil mortes por Covid-19

DE SÃO PAULO

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Informados de que o país passou de 100 mil mortes causadas pelo coronavírus, os brasileiros também foram consultados pela culpa do presidente por essa marca. Uma minoria (11%) vê Jair Bolsonaro como o principal culpado por esse número de mortes, e para 41% ele é um dos culpados, mas não é o único culpado. Quase metade (47%) dos brasileiros, no entanto, não atribuem nenhuma culpa ao presidente pelas 100 mil mortes por Covid-19 no país, e 2% não opinaram.

No estrato que considera o governo Bolsonaro ótimo ou bom, 80% não atribuem culpa a pelas mais de 100 mil mortes causadas pelo coronavírus, 17% atribuem alguma culpa, mas não a principal, e 1% o veem como maior culpado. Na parcela que considera o governo regular, 43% avaliam que o presidente não tem nenhuma culpa, 50%, que tem alguma culpa, e 6%, que é o principal culpado. Entre quem reprova o presidente, a maioria (60%) considera Bolsonaro um dos culpados por esse volume de mortes país, mas não o principal. Para 26% desse grupo ele é o principal culpado, e 14% acreditam que ele não tem nenhuma culpa.

Ainda sobre as 100 mil mortes causadas pela Covid-19 no Brasil, 49% avaliam que o país não fez o que era necessário para evitar esse número de mortes. Para 22%, nada que o país fizesse evitaria essas mortes, e uma parcela similar, de 24%, acredita que foi feito o que era necessário para evitar esse número de mortes, os demais (6%) não opinaram.

Entre apoiadores do governo Bolsonaro, ficam acima da média os índices de brasileiros que avaliam que país fez todo o necessário para evitar as 100 mil mortes por Covid-19 (39%) ou que nada poderia ser feito para evitar essas mortes (29%). Na fatia dos que consideram a gestão do presidente regular esses índices ficam em, respectivamente, 21% e 24%, e na parcela que reprova o presidente caem para 9% e 12%. Nesse último estrato, 75% acreditam que o país não fez o que era necessário para evitar a marca de 100 mil mortos pela doença causada pelo coronavírus.

Após atingir 50% no final de maio e ficar estável em junho (49%), a reprovação ao desempenho do presidente Jair Bolsonaro na crise do coronavírus recuou para 43% na segunda semana de agosto. A aprovação subiu de 27% para 30% entre junho e agosto, e a parcela que considera regular a condução do presidente passou de 23% para 25%, além de 1% que não opinou.

Entre aqueles que estão vivendo normalmente durante a pandemia, 49% aprovam o desempenho do presidente, índice que cai para 33% entre aqueles que estão tomando cuidado, porém saindo de casa para trabalhar e fazer outras atividades, para 26% na parcela que está saindo de casa somente quando é inevitável, e para 23% entre quem está totalmente isolado.

No estrato que aprova o governo Bolsonaro de forma geral, 71% também aprovam seu desempenho na gestão da pandemia, e 22% consideram regular, com 6% de reprovação nesse tema específico. Entre aqueles que consideram a gestão do presidente regular, 11% aprovam sua condução na crise do coronavírus, 39% reprovam, e 49% também avaliam seu desempenho regular nessa questão.
Na parcela que recebeu o auxílio emergencial, 35% aprovam o trabalho de Bolsonaro em relação ao coronavírus, e 39% reprovam. Entre aqueles que não cobertos pelo auxílio esses índices ficam em 28% e 45%, respectivamente.

Após quedas consecutivas desde abril, quando era considerado ótimo ou bom por 76%, o trabalho do Ministério da Saúde na crise do coronavírus registrou aumento na avaliação positiva entre junho e agosto, passando de 33%, seu pior desempenho na série histórica, para 37%. A avaliação negativa recuou de 34% para 31% na comparação com julho, e a regular, de 31% para 30%. Há ainda 2% que preferiram não opinar sobre o tema.

Entre os menos escolarizados, 45% avaliam como ótimo ou bom o trabalho que vem sendo feito pelo Ministério da Saúde, índice superior ao registrado nos estratos de escolaridade média (36%) e superior (30%). Na parcela que aprova o governo Bolsonaro, 55% aprovam o desempenho do ministério na crise, índice que cai para 35% entre quem considera a gestão do presidente regular, e para 20% entre quem a reprova.

Apenas 10% dos brasileiros sabem citar espontaneamente o nome do ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, considerando referências a General Pazuello. Uma parcela de 2% menciona outros nomes, e 88% declaram não saber o nome do responsável pelo ministério.

Entre quem tem curso superior, 23% sabem o nome do ministro interino, ante 8% na parcela que estudou até o ensino médio, e 4% entre os menos escolarizados. Na parcela que aprova o governo Bolsonaro, 10% citam corretamente o nome de Pazuello, e entre quem reprova a gestão do presidente esse índice fica em 15%.

Informados de que após a saída de Eduardo Teich do cargo de ministro da Saúde o general Eduardo Pazuello assumiu interinamente esse posto, os brasileiros foram consultados se ele está preparado para a função. Apenas 9% veem o militar como muito preparado para ser ministro da Saúde, e para 33% ele é um pouco preparado para o cargo. Há 39% que o avaliam como nada preparado para o ministério, e 19% não souberam opinar.