Pesquisa Datafolha mostra que os níveis de isolamento social seguem recuando e alcançaram em dezembro o patamar mais baixo do ano. Quatro em cada dez adultos (39%) que possuem celular estão totalmente isolados ou saem de casa somente quando inevitável (era 51% em agosto, 63% em junho e 72% no início de abril). Desses, 5% não saem de casa de jeito nenhum (era 8% em agosto, 12% em junho e 18% no início de abril) e 34% saem de casa somente quando muito necessário (era 43% em agosto, 51% em junho e 54% no início de abril). Uma parcela de 54% declarou que sai de casa para trabalhar ou fazer outras atividades (era 44% em agosto, 34% em junho e 24% no início de abril) e 7% saem de casa normalmente, sem alterar a rotina (era 6% em agosto) - ambos os índices são os mais altos da série.
Entre os que têm 60 anos ou mais e fazem parte do grupo de risco, 8% estão totalmente isolados, esse índice alcançou 36% no início da pandemia.
A saída de casa somente quando inevitável alcança índices mais altos entre as mulheres (44%, ante 22% entre os homens) e entre os mais velhos (53%, ante 25% entre os que têm 25 a 34 anos). Já, a saída de casa para ir ao trabalho e outras atividades alcança índices mais altos entre os homens (62%, ante 47% entre as mulheres), entre os que têm 25 a 34 anos (63%), entre os empresários (73%), entre os trabalhadores registrados (77%), entre os trabalhadores sem registro (83%) e entre os funcionários públicos (68%). Por fim, da parcela que sai de casa normalmente são observados índices mais altos entre os homens (12%, ante 3% entre as mulheres), entre os mais ricos (13%, ante 4% entre os mais pobres), entre os moradores da região Centro-Oeste (11%), entre os empresários (15%), entre os que sempre confiam nas falas do presidente Jair Bolsonaro (14%) e entre os que não têm medo de se infectar com o coronavírus (17%).
Nesse levantamento, entre os dias 8 e 10 de dezembro de 2020, foram realizadas 2.016 entrevistas por telefone com brasileiros de 16 anos ou mais, que possuem celulares, de todas as regiões do país. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos considerando um nível de confiança de 95%.
Quando saem de casa, nove em cada dez (88%) declararam que sempre utilizam máscara, 8% utilizam de vez em quando, 2% raramente utilizam e 1% não utiliza. Em comparação à pesquisa anterior, de agosto, os índices são próximos: naquela data, 92% sempre utilizavam máscaras quando saíam de casa, 5% de vez em quando, 1% raramente e 2% não usavam.
O índice de uso de máscara quando sai de casa é majoritário em todos os segmentos.