A maioria (56%) dos brasileiros é contra o voto obrigatório que hoje vigora no país, e 41% são a favor, com 2% indiferentes ou sem opinião sobre o assunto. Na última pesquisa realizada pelo Datafolha sobre o tema, em junho de 2015, a parcela de brasileiros contrários ao voto obrigatório atingiu o maior índice: 66%, desde o início da série histórica. O índice atual é próximo aos observados nas pesquisas realizadas entre julho e outubro de 2014.
Na parcela dos homens, 64% se opõem à obrigatoriedade do voto, índice superior ao registrado entre as mulheres (50%). Entre os mais jovens, de 16 a 24 nos, 40% são contra o voto obrigatório, índice que sobe para 59% na faixa seguinte, de 25 a 34 anos, e se mantém entre 58% e 63% nas demais faixas etárias da pesquisa. No segmento com escolaridade fundamental, 51% são contra a votação obrigatória, índice que sobe para 58% entre quem tem escolaridade média e para 62% entre quem tem escolaridade média. A oposição ao voto obrigatório é similar entre aqueles que aprovam o governo de Jair Bolsonaro (57%) e entre os que reprovam (58%).
A segurança da urna eletrônica usada nas eleições divide a opinião dos brasileiros. Um brasileiro adulto em cada três (33%) confia muito no sistema de urnas eletrônicas, e 36% confiam um pouco. Uma parcela de 29%, porém não confia, e 2% não opinaram.
Entre os homens, 37% confiam muito nas urnas eletrônicas, ante 30% das mulheres. Na parcela menos escolarizada, a taxa dos que confiam muito no sistema é 31%, e entre quem estudou até o ensino médio fica em 27%. Entre os mais escolarizados, 48% têm muita confiança na urna eletrônica. No segmento da população que aprova o governo Bolsonaro, 38% não confiam nas urnas eletrônicas, e 25% confiam muito. Entre quem considera seu governo regular, 27% não confiam, e 30% confiam muito. No grupo que reprova a gestão do atual presidente, 19% não confiam no sistema de votação do país, e 45% confiam muito.
Questionados sobre o que seria melhor, o Brasil continuar usando urnas eletrônicas nas eleições ou voltar a usar o sistema de votação em papel, como era antes das urnas eletrônicas, a maioria 73% disse preferir que o país siga usando o sistema atual, e 23% defendem a volta ao modelo anterior, com votação em papel, e há 4% que não opinaram.
Na parcela que aprova o governo Bolsonaro, 64% preferem a votação por urnas eletrônicas, e um terço (32%) defende a volta à votação em papel. Entre quem considera a gestão do presidente regular, esses índices ficam em 74% e 23%, respectivamente, e vão a 83% e 13% entre os brasileiros que reprovam o governo.