Os brasileiros chegam ao final de 2021 menos pessimistas do que encerraram 2020, pelo no que se refere a expectativas com a economia do país. Para 42%, a situação econômica do país irá melhorar nos próximos meses, e 35% avaliam que ficará como está. Um em cada cinco (20%), por outro lado, têm expectativa de piora, e 3% não sabem. Em dezembro do ano passado, 41% esperavam por deterioração na situação econômica do país, e 28% esperavam por um quadro mais positivo.
A expectativa de melhora na economia do país tem índices acima da média entre empresários (50%), evangélicos (49%) e apoiadores do governo do presidente Jair Bolsonaro (65%). Entre os mais pessimistas, com taxas acima da média, estão os mais ricos (33%), os brasileiros com curso superior (29%) e a fatia da população que reprova o governo Bolsonaro (28%).
Em relação à situação econômica pessoa, a maioria (56%) dos brasileiros acredita haverá melhora nos próximos meses, e um terço (33%) avalia que ficará como está. Para 9%, a situação econômica pessoal irá piorar, e 3% não opinaram. Em dezembro do ano passado, o otimismo sobre a situação econômica pessoal tinha índice mais baixo (31%), e o pessimismo era mais alto (22%).
O horizonte mais positivo vem após a avaliação da maioria (65%) de que a situação econômica do país piorou nos últimos meses. Para 21%, a situação não se alterou, e 13% enxergam melhora na economia brasileira nos últimos meses
Uma parcela de 47% dos brasileiros também avalia que sua situação econômica piorou nos últimos meses, e para 33% a situação ficou inalterada. Há 19% que viram a situação econômica melhorar no mesmo período, e 1% não respondeu. Entre os que tiveram melhora na situação econômica pessoal nos últimos meses, destacam-se os mais ricos (30% na faixa de renda familiar acima de 10 salários, ante 14% na faixa mais baixa, de até 2 salários), os empresários (37%) e os apoiadores do governo Jair Bolsonaro (35%).
Os brasileiros também foram consultados sobre alguns indicadores econômicos, e a previsão também é mais otimista do que há 12 meses.
A avaliação de que a inflação irá aumentar nos próximos meses é compartilhada por 46%, e os demais avaliam que irá diminuir (26%), ficar como está (23%) ou não opinaram (5%). Em dezembro do ano passado, 72% previam alta da inflação, e somente 10%, queda.
Sobre o desemprego, 35% avaliam que irá aumentar nos próximos meses, e outros 35%, que irá diminuir. Para 26%, o desemprego ficará como está, e 3% não opinaram. No levantamento de dezembro do ano passado, 57% esperavam por alta na taxa de desocupação nos meses posteriores, enquanto 20% tinham a expectativa de queda.
Também é de 35% o índice dos que acreditam que o poder de compra dos salários irá aumentar nos próximos meses, e 25% preveem diminuição. Uma parcela de 36% avalia ainda que o poder de compra irá ficar como está, e 4% preferiram não responder. Na comparação com um ano atrás, houve queda na expectativa de diminuição do poder de compra (era de 45%), e dobrou a taxa dos que esperam por aumento (era de 18%).
De forma geral, 76% preveem que o ano de 2022 será melhor do que 2021 para si, e 73% preveem esse otimismo para todos os brasileiros. Há 6% que esperam por um ano novo pior pessoalmente, e 8% que acreditam que será pior para todos os brasileiros. Para 15%, 2022 será igual a 2021 tanto para si quanto para os brasileiros.