Reprovado por 47%, Bolsonaro tem avaliação de governo estável

DE SÃO PAULO

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Pesquisa Datafolha mostra que as taxas de avaliação do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) se mantiveram estáveis em comparação à pesquisa anterior, de maio passado. Cerca da metade (47%) dos eleitores avalia como ruim ou péssimo o governo Bolsonaro (eram 48%), 26% avaliam como regular (eram 27%) e 26% avaliam como ótimo ou bom (eram 25%). Uma fração de 1% não opinou (mesmo índice anterior).

A pior taxa de reprovação ao governo Bolsonaro foi observada em dezembro de 2021, quando atingiu 53%. Já, a melhor taxa de aprovação foi observada em dezembro de 2020 : 37%.

Em comparação com outros ex-presidentes eleitos após a democratização, em período próximo de tempo de mandato, Bolsonaro é o pior avaliado. FHC, em junho de 1998, tinha 31% de aprovação e 25% de reprovação, Lula, em julho de 2006, tinha 38% de aprovação e 21% de reprovação, e Dilma, em junho de 2014, tinha 35% de aprovação e 26% de reprovação.

O atual levantamento foi realizado nos dias 22 e 23 de junho de 2022, com 2.556 entrevistas presenciais em 181 municípios, com eleitores de 16 anos ou mais de todas as regiões do país. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos considerando um nível de confiança de 95%. A pesquisa está registrada no TSE - BR-09088/2022. O campo da pesquisa foi iniciado no mesmo dia em que foram presos, acusados de corrupção e outros crimes, o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro e dois pastores que atuavam informalmente no ministério durante a passagem de Ribeiro.

A taxa de reprovação à gestão Bolsonaro é mais alta entre as mulheres do que entre os homens (52%, ante 43%), entre os moradores da região Nordeste (54%), entre os que declararam que a renda familiar é muito baixa e traz muitas dificuldades (58%), entre os que se autodeclararam como homossexuais ou bissexuais (73%) e entre os eleitores de Lula (73%).

Em contrapartida, a avaliação positiva à gestão Bolsonaro é mais alta entre homens do que entre as mulheres (32%, ante 21%), entre os que possuem renda familiar mensal de mais de 5 salários mínimos (40%), entre os moradores da região Sul (32%), entre os que declararam que a renda familiar é mais do que o suficiente (53%), entre os empresários (38%) e entre os evangélicos (37%).

Entre os eleitores de Bolsonaro, 75% aprovam o seu governo, 24% o avaliam como regular e 1% o reprova.

Entre aqueles que recebem ou moram com beneficiários do Auxílio Brasil, os índices de avaliação são próximos aos observados na média nacional. A metade (47%) reprova a gestão Bolsonaro, 30% a avaliam como regular e 22% a aprovam. O mesmo ocorre entre os que não recebem o Auxílio Brasil: 47% reprovam o governo Bolsonaro, 25% o avaliam como regular e 27% o aprovam.

Em comparação à pesquisa de maio, a taxa de aprovação cresceu entre os homens (de 27% para 32%) e entre os moradores da região Sul (de 26% para 32%).