20% dos eleitores religiosos recebem orientação sobre voto na igreja

DE SÃO PAULO

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Um em cada cinco eleitores (20%) que declara ter religião frequenta uma igreja ou serviço religioso que possui ensinamentos ou recomendações sobre como votar nas eleições. Esse tipo de orientação é seguido totalmente por 6% deles, e os demais seguem parcialmente (8%) ou não seguem (6%). Entre os católicos, 18% têm esse tipo de ensinamento ou recomendação na igreja, sendo que 6% os seguem totalmente, 6% seguem em parte, e outros 6% não seguem. Na parcela de evangélicos, 28% têm na sua igreja ensinamentos e recomendações sobre como votar nas eleições, que são seguidos totalmente por 9%, em parte, por, 12%, e não são seguidos por 7%.

Entre os eleitores menos escolarizados que declaram ter religião, 26% frequentam igrejas que têm ensinamentos e orientações sobre como votar nas eleições, seguidos totalmente por 11% deles, e de forma parcial, por 8%. Na parcela com escolaridade superior, 15% frequentam igrejas que orientam sobre o voto nas eleições, e apenas 2% seguem totalmente essas orientações, enquanto 5% seguem parcialmente.

Em patamar similar, 18% dizem que suas igrejas têm recomendações e ensinamentos sobre dar preferência a pessoas religiosas nas eleições para cargos públicos (5% seguem totalmente, 6%, em parte, e 6% não seguem), e 21% frequentam igrejas que orientam sobre como agir nos assuntos relacionados à política em geral (5% seguem totalmente, 9% seguem parcialmente, e 7% não seguem).

A religião de maior alcance entre os eleitores brasileiros é a católica (51%), e o segundo grupo religioso mais representativo é o dos evangélicos (26%), considerando suas diversas denominações. Na sequência aparecem adventistas (2%), espíritas e kardecistas (2%) e umbandistas (1%), entre outras que não atingiram 1% das menções. Uma parcela de 12% se declara ainda sem religião, sendo que 89% desse grupo diz acreditar em Deus, e somente 11% não possuem religião e nem acreditam em Deus.

Na parcela que se declara católica, 48% se consideram católicos praticantes, e 51%, não praticantes, com 1% sem opinião sobre sua atuação junto ao catolicismo. Entre os católicos com 60 anos ou mais, 58% são praticantes, ante 43% na faixa anterior, de 45 a 59 anos.

Ainda no universo de católicos, 18% dizem fazer parte do movimento Renovação Carismática da Igreja Católica, e 82% declaram não participar.
A maioria (72%) dos eleitores que hoje se declaram sem religião já tiveram ao menos uma ao longo da vida. Para 53% deles, pessoas sem religião sofrem preconceito no Brasil por este motivo.

Entre os entrevistados que têm religião, 29% costumam ir à igreja mais de uma vez por semana, e outros 29% vão à igreja pelo menos uma vez por semana. Há 9% que vão à igreja a cada 15 dias, 14% que frequentam a igreja uma vez por mês, e 14% que vão à igreja com menor frequência, a cada seis meses ou com intervalos maiores. Há ainda 5% que têm religião, mas não frequentam a igreja.

A comparação com pesquisa realizada no final de 2016, junto a brasileiros com 16 anos ou mais, mostra queda no percentual do grupo mais assíduo nas igrejas - neste período, caiu de 34% para 29% o índice dos que costumar ir à igreja mais de uma vez por semana, e oscilou de 31% para 29% a taxa dos que vão à igreja até uma vez por semana.

Na parcela de mulheres, atualmente, 33% vão à igreja mais de uma vez por semana, ante 26% dos homens. Entre os evangélicos, 53% frequentam a igreja mais de uma vez por semana, e no universo de católicos esse índice fica em 17%. Entre os católicos carismáticos, porém, a taxa dos que vão mais de uma vez por semana a algum templo religioso sobe para 41%.

De forma geral, 36% dos religiosos sempre contribuem financeiramente para a igreja ou serviço religioso, 28% fazem esse tipo de doação de vez em quando, e 8%, raramente. Há ainda 27% não costumam contribuir com dinheiro para sua religião. Em 2016, o percentual de pessoas que sempre doavam dinheiro para sua igreja era maior (42%), e o de pessoas que nunca doavam, menor (22%).

Entre os evangélicos, hoje, 42% sempre contribuem para sua igreja, ante 34% dos católicos. No segmento de católicos carismáticos, 55% sem contribuem com dinheiro para a igreja.