Na data de ontem, 13 de setembro de 2022, uma pesquisadora do Instituto Datafolha foi atacada ao realizar seu trabalho na cidade de São Paulo. Imagens do episódio circulam em redes sociais, e o Datafolha vem novamente a público dar informações sobre seus procedimentos, e defender a condução técnica e responsável da profissional do instituto diante da situação.
No episódio em questão, a pesquisadora foi abordada por um segurança de um estabelecimento comercial, na Vila Leopoldina, após realizar uma entrevista em frente a este local. Esse segurança estava filmando a pesquisadora quando a abordou, perguntou se ela trabalhava para o Datafolha e então solicitou que ela o entrevistasse.
De forma correta, a pesquisadora explicou que não poderia entrevistá-lo, já que toda abordagem deve ser aleatória, e pedidos de entrevistas não são aceitos para atender esse critério de aleatoriedade. Além disso, ela explicou que tinha cotas de idade a cumprir, que a pessoa em questão não atenderia. Ela então pediu para que parassem de filmá-la, e tentou interromper a filmagem. Nesse momento, outras pessoas se juntaram ao segurança agressor e começaram a ofendê-la, conforme mostra o vídeo que circula nas redes sociais.
O Datafolha realiza treinamentos regulares para orientar os pesquisadores de campo, e não aceitar entrevistas de pessoas que se ofereçam para responder a um questionário é uma das principais normas de condução que esses pesquisadores devem atender durante sua abordagem. Como parte do material de todos os pesquisadores são checados remotamente, a transgressão dessa norma leva ao cancelamento automático de todos os questionários desse pesquisador. Dessa forma, diante da recusa em não entrevistar pessoas que se ofereçam ou agressivamente exijam responder a um questionário, a pesquisadora não só atendeu a todos os parâmetros que uma pesquisa séria deve seguir, mas também protegeu o objeto de seu trabalho.