Pesquisas Eleitorais: perguntas e respostas
Esclareça suas dúvidas sobre as pesquisas eleitorais do Datafolha
- Dúvidas
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Para conhecer o que uma determinada população (universo) acha sobre algo ou como se comporta diante de alguma coisa, basta ao pesquisador observar uma parcela com as características representativas desta população. Quando realiza uma pesquisa para conhecer a intenção de voto do eleitorado brasileiro, o Datafolha ouve apenas um grupo de pessoas (amostra) cujas características (idade, sexo, escolaridade, distribuição regional etc.) traduzem o conjunto dos cerca de 136 milhões de eleitores (universo).
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As amostras nacionais do Datafolha têm entre 2.000 e 2.500 entrevistas, mas não há tamanho mínimo ou ideal para uma amostra eleitoral. O mais importante é a sua representatividade, ou seja, como são selecionados os entrevistados.
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Nos levantamentos nacionais ou estaduais, primeiro são sorteados os municípios que farão parte do levantamento; depois, os bairros e pontos onde serão aplicadas as entrevistas.
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O Datafolha utiliza cotas proporcionais de sexo e idade de acordo com dados obtidos junto ao IBGE e Tribunal Superior Eleitoral.
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Sim, em todos os anos eleitorais, a partir do dia 1º de janeiro, os institutos devem fazer o registro das pesquisas presidenciais no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e, no caso de pesquisas estaduais, no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de cada Estado. Esse registro deve conter informações sobre quem contratou a pesquisa, o valor e a origem dos recursos necessários, a metodologia utilizada e o período de realização, entre outros dados. A pesquisa deve ser registrada na Justiça Eleitoral até cinco dias antes de sua divulgação.
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As pesquisas buscam obter informações sobre um dado universo (por exemplo, o eleitorado) através da análise de uma amostra (uma parcela do universo). Os resultados obtidos com essa análise da amostra podem ser generalizados para todo o universo dentro de certos limites. Esses limites, dentro dos quais o erro é admitido, constituem a margem de erro. Essa margem existe porque a amostra é sempre menor do que o universo. As pesquisas nacionais do Datafolha, de forma geral, têm margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Isso quer dizer que cada um dos resultados (porcentagens) observados na amostra pode apresentar variações em relação à população de no máximo dois pontos percentuais.
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Não. A margem de erro varia de acordo com o percentual obtido por cada candidato. O Datafolha divulga a margem de erro "máxima", isto é, a margem de erro para percentuais próximos a 50%. Quanto mais distante de 50% for o percentual obtido por um candidato, menor será a margem de erro.
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O Datafolha não faz pesquisas sob encomenda para políticos ou partidos. Todas as nossos levantamentos são realizados para divulgação e uso público de grandes veículos de comunicação. Quando um meio de comunicação contrata uma pesquisa eleitoral do instituto, uma de suas obrigações é tornar público o resultado desse levantamento.
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O Datafolha disponibiliza neste site, na seção Eleições, tabelas com os resultados de suas pesquisas para download. Essas tabelas são separadas por segmentos, como, entre outros, sexo, idade, renda familiar e região onde a pesquisa foi realizada.
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É inviável realizar pesquisas eleitorais telefônicas no Brasil que sejam representativas do total do eleitorado, já que apenas 40% dos brasileiros possuem linha telefônica fixa em casa. Por isso os institutos abordam os eleitores pessoalmente. No Datafolha, optamos por fazer essa abordagem nas ruas, dada a dificuldade de, respeitando todos os procedimentos necessários, ter acesso a residências localizadas em condomínios, edifícios ou favelas. A metodologia do Datafolha pratica a checagem simultânea dos questionários no momento das entrevistas e, posteriormente, por telefone. Além disso há uma checagem comparativa dos dados de cada pesquisador e de cada ponto pesquisado entre outros processos de segurança e consistência dos dados. Uma das vantagens desse método é a agilidade da coleta aliada ao rigor metodológico, atributo importante para acompanhar a dinâmica dos processos eleitorais, característica marcante do Datafolha.
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Uma amostra representativa deve manter as características principais do universo que pretende representar. Uma amostra estratificada por região geográfica, por exemplo, mantém as proporções de cada região, de acordo com a fonte oficial mais atualizada. No caso de população, pode-se utilizar a estimativa populacional do IBGE que é atualizada a cada ano. Se o universo é o eleitorado, existem dados exatos do TSE com o número de eleitores aptos a votar em cada município após a data limite de cadastramento. Da mesma forma, é possível utilizar cotas de sexo e faixa etária, pois os dados disponíveis para todos os municípios (atualizados no Censo de 2010, com estimativa do IBGE para 2011) não sofrem variação significativa de um ano para outro. No Datafolha nós não utilizamos cotas para variáveis como escolaridade ou renda familiar mensal, pois não há dados atualizados disponíveis para os municípios brasileiros (a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio, por exemplo, só traz resultados por totais dos Estados e algumas regiões metropolitanas).
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Nas pesquisas eleitorais do Datafolha são utilizadas cotas referentes ao sexo e faixa etária dos entrevistados na última etapa da seleção do entrevistado. Nas etapas anteriores, os municípios e bairros selecionados para a amostra são sorteados de acordo com um plano amostral estabelecido. Os dados utilizados nas cotas vêm da fonte adequada mais atualizada. Para a estratificação por região ou natureza do município, por exemplo, são utilizados dados do Censo de 2010, com estimativa do IBGE para 2011, quando o universo representado é a população brasileira. As amostras podem ou não repetir municípios e bairros. Alguns, como as principais capitais do país, sempre farão parte da amostra. A cada nova amostra de pesquisa eleitoral, nós fazemos um novo sorteio de cidades e pontos de abordagem, portanto o conjunto de cidades e bairros é sempre diferente. Trata-se de um cuidado necessário para evitar ações de partidos nos locais de pesquisa, e para evitar que os mesmos moradores de um bairro, por exemplo, sejam entrevistados diversas vezes, viciando a amostra.
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O objetivo das cotas é garantir a representatividade do universo que se pretende estudar. No caso das pesquisas eleitorais, a amostra deve refletir a distribuição do eleitorado segundo dados atualizados pelo TSE. O tempo necessário para aplicar o método de forma correta no Brasil não permitiria acompanhar o caráter dinâmico do processo eleitoral. Além disso, os altos custos envolvidos nas pesquisas domiciliares com método probabilístico puro inviabilizam a técnica no país. Nos Estados Unidos, a maioria dos estudos eleitorais são feitos por telefone , com controle do histórico de comportamento do eleitorado (se o entrevistado foi votar em eleições anteriores, por exemplo). Mas mesmo lá pesquisas feitas por telefone têm sido questionadas, já que uma parcela significativa dos eleitores está trocando as linhas fixas por celulares.
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O questionário é o principal instrumento das pesquisas e a ordem das perguntas pode influenciar as respostas dos entrevistados. Assuntos colocados antes da pergunta central da pesquisa, seja ela sobre a aprovação do governo, confiança em algum político ou intenção de voto podem afetar certas respostas. Por isso, em pesquisas eleitorais o Datafolha adota o procedimento de não fazer perguntas que estimulem nomes dos candidatos, partidos políticos ou avaliações de governo antes de questões sobre intenção de voto.
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Não há um tamanho ideal de amostra. Amostras menores têm uma precisão menor, ou seja, um maior erro amostral associado a elas. Ao definir o tamanho da amostra, deve-se levar em conta o grau de precisão desejável para analisar os resultados da pesquisa e também o detalhamento necessário para leitura dos dados. No Datafolha, utilizamos nas pesquisas eleitorais nacionais uma amostra com pelo menos 2.500 entrevistas. Isso permite uma segmentação dos resultados por região geográfica, faixas de renda, escolaridade do entrevistado e outras variáveis relevantes.
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Em qualquer segmentação de dados que se faça (por região geográfica, sexo, escolaridade ou qualquer outra variável), é preciso ficar atento à precisão das amostras em cada um dos segmentos resultantes. Quanto menor o tamanho do segmento, maior o erro amostral associado aos resultados nele obtido. Uma amostra de 2.500 entrevistas, por exemplo, fornece bases razoáveis para leituras por região geográfica, mas não pelos Estados. Se houver necessidade de leitura de resultados para determinado Estado ou cidade, é preciso ampliar a amostra nessa região.
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O Datafolha foi pioneiro na divulgação de conceitos básicos da estatística, como é o caso da margem de erro. No início, para melhor compreensão dos leitores da Folha, optamos pela divulgação das margens de erro máximas, para o total da amostra. Além da variação segundo percentual obtido, há também a variação segundo a base de cada segmento da pesquisa. No entanto, o debate acadêmico ainda em curso sobre a aplicação do conceito de margem de erro sobre amostras com cotas fez com que o Datafolha, como a maioria dos institutos em todo o mundo, optasse pela divulgação da margem máxima para o total da amostra, isto é, para os percentuais próximos de 50%.
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Não é incorreto, mas o Datafolha adotou como política fazer pesquisas eleitorais apenas para veículos de comunicação, estipulando em contrato a obrigatoriedade da divulgação dos resultados gerais de intenção de voto, assim como o acompanhamento de todo o processo eleitoral até a véspera da eleição.
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Desde a difusão da internet o Datafolha publica em seu site resultados completos das pesquisas eleitorais que realiza - inclusive as bases estatísticas e segmentações detalhadas do trabalho. As informações são divulgadas no primeiro dia útil após a publicação dos resultados gerais. Eleitores, partidos e institutos concorrentes podem dessa forma ter acesso imediato aos dados para detalhamento das informações e eventuais comparações de diferenças.
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O Datafolha discorda deste procedimento e só registra suas pesquisas antes de realizá-las. O procedimento abre a possibilidade de uso estratégico das pesquisas eleitorais como instrumentos de marketing político. Diante disso, entendemos que a pesquisa deixa de ser fonte de informação para se tornar alvo de especulações, o que se torna nocivo para a imagem do instituto.
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O mais rápido possível. A pesquisa é a fotografia de um momento específico dentro de um processo dinâmico. Quanto mais demorada a divulgação, maior são as chances do cenário fotografado mudar e os resultados se tornarem defasados. Por isso, no Datafolha nós temos como política divulgar os resultados das pesquisas tão logo seja finalizada a coleta de dados.
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