Reprovação a Dilma para de subir, mas maioria ainda rejeita seu governo

DE SÃO PAULO

A reprovação ao governo da presidente Dilma Rousseff (PT) oscilou de 62% em março para 60%, o que indica uma avaliação negativa estável em um patamar elevado. A taxa de aprovação à gestão da petista atualmente (13%) é igual à registrada no mês passado (13%), e há ainda 27% que a avaliam como regular (em março, 24%).

De 0 a 10, a nota média atribuída ao desempenho da presidente Dilma Rousseff durante seu governo é 3,8, em nível similar ao registrado em março (3,7). Em pesquisa realizada em fevereiro, a nota média era 4,8.

Nesta pesquisa, foram realizadas 2834 entrevistas, entre brasileiros com 16 anos ou mais, em 171 cidades de todas as regiões do país. A margem de erro do levantamento, considerando o total da amostra, é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Apesar de ver a popularidade de seu legado diminuir, Lula segue o mais apontado como melhor presidente que o Brasil já teve. Metade (50%) dos brasileiros escolhe seu nome, espontaneamente, quando consultados sobre o tema. Em novembro de 2010, no penúltimo mês de seu segundo mandato, o petista era indicado por 71% como melhor presidente da história. Quatro anos depois, em dezembro de 2014, esse índice havia recuado para 56%, e agora fica em 50%.

Em seguida aparecem, atualmente, Fernando Henrique Cardoso (15%, índice similar aos 13% de dezembro de 2014), Getúlio Vargas (6%), Juscelino Kubistchek (3%), José Sarney (2%), Dilma (2%), Fernando Collor de Mello (1%), Itamar Franco (1%) e João Batista Figueiredo (1%). A fatia dos que não souberam responder é de 13%.

A avaliação negativa do Congresso Nacional caiu entre março (quando 50% consideravam o desempenho dos deputados e senadores ruim ou péssimo) e abril (44% compartilham da mesma opinião). Nesse período, oscilou de 9% para 11% o índice dos que avaliam o trabalho dos congressistas como ótimo ou bom, e de 36% para 38% a taxa de avaliação regular.

Pela primeira vez, a área da saúde divide com a corrupção a liderança do ranking de principal problema do país (com 23% e 22% das menções espontâneas, respectivamente). Esse é o mais alto de percepção da corrupção como principal problema do país já registrado na série histórica sobre o tema. Em pesquisa realizada em fevereiro, a saúde ainda liderava isoladamente (citada por 26%) como o principal problema brasileiro, sendo seguida por corrupção (21%). Em junho de 2013, a área da saúde alcançava 48% das menções para principal problema do país, índice mais alto da categoria na série histórica, enquanto a corrupção ficava com 11% das citações.

Além de saúde e corrupção, a lista de principais problemas do Brasil, hoje, abrange as áreas da educação (10%), inflação (9%), desemprego (8%), violência/segurança (7%), economia (4%), salário (1%), fome/miséria (1%), falta d'água (1%) e má administração (1%), entre outras que não obtiveram 1% das citações. Há ainda 3% que não souberam apontar nenhuma área problemática.

A alta das menções à corrupção foi acompanhada de outros movimentos significativos na opinião dos brasileiros sobre o principal problema do país. O índice alcançado nesta pesquisa pela inflação, por exemplo, também é o mais alto já registrado desde 1996. Desde então, a inflação havia ultrapassado o índice de 2% somente em dois momentos - em dezembro de 2002, quando atingiu 5%, e na pesquisa realizada em fevereiro deste ano, quando era de 3%. As indicações relacionadas à segurança pública e violência caíram pela metade (de 14% para 7%) entre março e abril, e estão agora no patamar mais baixo desde junho de 2001 (7%).

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