O governo do presidente Michel Temer (MDB) é considerado ruim ou péssimo por 70% dos brasileiros, índice estável na comparação com o registrado em janeiro deste ano. O índice de aprovação de Temer é de 6%, mesmo índice do levantamento anterior, e há 23% que o consideram regular (em janeiro, 22%) e 2% que não opinaram sobre o tema.
De 0 a 10, o desempenho de Temer à frente do governo até o momento tem nota média 2,7, com 41% atribuindo nota 0 ao presidente.
CORRUPÇÃO VOLTA A SER PRINCIPAL PROBLEMA DO PAÍS AO LADO DE ÁREA DA SAÚDE
A corrupção voltou ao topo do ranking de problemas brasileiros após ter sido relegada ao segundo lugar em levantamentos realizados no segundo semestre do ano passado. Apontada espontaneamente por 21% como o principal problema do país atualmente, a corrupção tem hoje patamar similar ao registrado para a área da saúde (19%) e fica à frente da preocupação com o desemprego e a violência (13%, cada). Em novembro do ano passado, 25% consideravam a saúde o principal problema brasileiro, e na sequência apareciam desemprego (19%) e só então a corrupção (15%). Três meses antes, em setembro de 2017, 24% viam a saúde como maior problema do país, e em seguida apareciam desemprego (18%) e corrupção (18%). Na série histórica sobre o tema, a corrupção alcançou o ápice na agenda de principal preocupação dos brasileiros em março de 2016 (37%, ante 17% da saúde e 14% do desemprego).
No levantamento atual, aparecem ainda como principal problema do país a violência (13%, ante 8% em novembro de 2017), a educação (10%), a economia/crise econômica (4%), a má administração (2%), a desigualdade social (2%), a fome/miséria (2%), a política (1%) e a inflação (1%), entre outros menos citados espontaneamente.
Entre os brasileiros mais pobres, com renda familiar mensal de até 2 salários, 20% citam a saúde como principal problema, e no mesmo patamar aparecem desemprego (18%) e corrupção (18%). Na fatia dos mais ricos, com renda familiar superior a 10 salários, a corrupção atinge 32%, 19% mencionam a violência, 15%, a educação, e só então aparecem saúde (9%) e desemprego (4%).