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A avaliação positiva do governo do presidente Lula (PT) ficou estável nos últimos três meses, com oscilação de 35% para 36% no índice dos que o consideram ótimo ou bom entre março e atualmente. Essa estabilidade vem sendo mantida, com oscilações, desde seu início: nos cinco levantamentos anteriores realizados pelo Datafolha desde março de 2023, a média de avaliação ótima ou boa ficou em 37%. A avaliação negativa oscilou negativamente desde março deste ano, de 33% para 31%, e a avaliação regular oscilou de 30% para 31%. Na média das pesquisas anteriores, a média registrada para o índice ruim ou péssimo foi de 30%. Há ainda 2%, atualmente, que não opinaram sobre o desempenho do governo do petista.
A comparação com seus governos anteriores, em períodos similares de mandato, mostra Lula com taxa de aprovação parecida com a registrada em agosto de 2004 (35%), embora à época sua reprovação fosse menor (17%) e a avaliação regular se destacasse (45%). Em setembro de 2008, o cenário era bem diferente, com a maioria dos brasileiros (64%) apontando a gestão do petista como ótima ou boa, e apenas 8% como ruim ou péssima, com 28% de avaliação regular.
O governo anterior, de Jair Bolsonaro (PL), tinha aprovação similar à de Lula quando completava dois anos e seis meses, em junho de 2020 (32%), porém reprovação mais alta (44%), com 23% de avaliação regular.
Lula tem aprovação acima da média nas faixas de 45 a 59 anos (44%), entre quem tem 60 anos ou mais (47%), entre brasileiros com nível de escolaridade fundamental (53%), na faixa de renda familiar mais baixa, de até 2 salários (42%), entre brasileiros que se declaram pretos (42%), no segmento de católicos (45%), no Nordeste (48%) e no grupo que votou no petista no segundo turno de 2022 (67%).
A reprovação ao petista é mais alta entre homens (35%) do que entre mulheres (27%), e fica acima da média na faixa de 25 a 34 anos (38%), entre brasileiros com escolaridade superior (38%), nas faixas de renda mais altas (45% tanto entre quem tem renda família de 5 a 10 salários quanto entre quem tem renda superior a 10 salários), entre brancos (39%), na parcela evangélica (44%) e entre eleitores de Bolsonaro no segundo turno da disputa presidencial de 2022 (63%).
Entre os brasileiros na faixa de 16 a 24 anos, cerca de metade (48%) considera o governo Lula regular, e parcelas similares o aprova (25%) e o reprova (24%)
26% veem melhora da vida sob gestão petista
Um quarto dos brasileiros (26%) avalia que sua vida melhorou após o início do governo Lula, no mesmo nível registrado em março (25%). Também ficaram estáveis as taxas de quem aponta que a vida piorou (21%, ante 20% há três meses), e passou de 56% para 52% o índice dos que acreditam que a vida permaneceu igual sob a gestão petista, com 1% sem opinião.
Na camada de renda mais baixa, um em cada três (32%) dizem que a vida melhorou no terceiro governo de Lula, e para 18% a vida piorou. Entre quem tem renda de 2 a 5 salários, 20% veem melhora, e 23%, piora. Na faixa seguinte, de renda de 5 a 10 salários, 18% avaliam que houve melhora, e para 28% a vida piorou. Entre os mais ricos esses índices são de 19% e 31%, respectivamente. No eleitorado que escolhem o petista em 2022, 50% apontam que a vida melhorou, e para 45% permaneceu igual. Entre quem votou em Bolsonaro, ocorre o inverso: 42% apontam que houve piora, e para 53% nada mudou.
OS brasileiros também foram consultados sobre sua situação econômica nos últimos meses, e 29% avaliam que ela melhorou (em março, 28%), contra 24% que apontam para uma piora (ante 28% há três meses). Nesse intervalo, passou de 44% para 47% o índice dos que apontam estabilidade.
Em relação à situação da economia brasileira, 27% veem melhora nos últimos meses, e para 42% houve piora. Há ainda 29% que avaliam que houve estabilidade, e 2% que não opinaram. No levantamento realizado em março, 28% viam melhora nos meses anteriores, ante 41% que viam piora, com 30% apontando para um quadro estável, em níveis similares aos registrados atualmente.
As expectativas sobre a economia pessoal e nacional também mudaram pouco desde março. Há 40% que esperam que situação econômica brasileira irá melhorar nos próximos meses (em março, 39%), e 28% preveem piora (eram 27%). Uma parcela de 27% avalia que a conjuntura econômica do país ficará estável (no último levantamento, 32%), e 5% não têm opinião sobre o tema (eram 2%).
O otimismo com a economia do país fica acima da média entre os mais jovens (47%), na parcela dos menos escolarizados (50%), no Nordeste (53%) e entre eleitores de Lula em 2022 (62%). Há pessimismo acima da média, por outro lado, na faixa de 25 a 34 anos (35%), entre quem tem renda familiar de 5 a 10 salários (37%), na região Sul (36%), entre evangélicos (38%) e entre quem votou em Bolsonaro em 2022 (48%).
Sobre a situação econômica pessoal, a maioria (55%) prevê melhora nos próximos meses, índice similar ao registrado em março (53%). Os pessimistas somam 12% (eram 13% há três meses), e 31% preveem que a situação não irá mudar (em março, 32%). Há ainda 2% que preferiram não opinar sobre o tema.
A taxa de otimismo com a situação econômica pessoal fica acima da média entre os mais jovens (66%) e no Nordeste (67%), enquanto a percepção de que ficará como está é mais alta entre os mais velhos (44%) e na parcela dos mais ricos (46%).