Descrição de chapéu Presidente Lula Datafolha

Em cenário estável, 36% aprovam governo Lula, e 31% reprovam

Percepções sobre economia e impacto do governo na vida pessoal também mantiveram patamar de março deste ano

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A avaliação positiva do governo do presidente Lula (PT) ficou estável nos últimos três meses, com oscilação de 35% para 36% no índice dos que o consideram ótimo ou bom entre março e atualmente. Essa estabilidade vem sendo mantida, com oscilações, desde seu início: nos cinco levantamentos anteriores realizados pelo Datafolha desde março de 2023, a média de avaliação ótima ou boa ficou em 37%. A avaliação negativa oscilou negativamente desde março deste ano, de 33% para 31%, e a avaliação regular oscilou de 30% para 31%. Na média das pesquisas anteriores, a média registrada para o índice ruim ou péssimo foi de 30%. Há ainda 2%, atualmente, que não opinaram sobre o desempenho do governo do petista.

O presidente Lula vestido de terno escuro, camisa branca e gravata vermelha, com a palma das mãos voltadas para cima.
O presidente Lula, acompanhado do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, do Meio Ambiente, Marina Silva, do vice presidente Geraldo Alckmin, da presidente da Petrobras, Magda Chambriard, do presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, durante cerimônia de assinatura do contrato de Fortalecimento do Plano Amazônia, para proteção contra crimes cometidos na região. - Pedro Ladeira/Folhapress/Pedro Ladeira/Folhapress

A comparação com seus governos anteriores, em períodos similares de mandato, mostra Lula com taxa de aprovação parecida com a registrada em agosto de 2004 (35%), embora à época sua reprovação fosse menor (17%) e a avaliação regular se destacasse (45%). Em setembro de 2008, o cenário era bem diferente, com a maioria dos brasileiros (64%) apontando a gestão do petista como ótima ou boa, e apenas 8% como ruim ou péssima, com 28% de avaliação regular.

O governo anterior, de Jair Bolsonaro (PL), tinha aprovação similar à de Lula quando completava dois anos e seis meses, em junho de 2020 (32%), porém reprovação mais alta (44%), com 23% de avaliação regular.

Lula tem aprovação acima da média nas faixas de 45 a 59 anos (44%), entre quem tem 60 anos ou mais (47%), entre brasileiros com nível de escolaridade fundamental (53%), na faixa de renda familiar mais baixa, de até 2 salários (42%), entre brasileiros que se declaram pretos (42%), no segmento de católicos (45%), no Nordeste (48%) e no grupo que votou no petista no segundo turno de 2022 (67%).

A reprovação ao petista é mais alta entre homens (35%) do que entre mulheres (27%), e fica acima da média na faixa de 25 a 34 anos (38%), entre brasileiros com escolaridade superior (38%), nas faixas de renda mais altas (45% tanto entre quem tem renda família de 5 a 10 salários quanto entre quem tem renda superior a 10 salários), entre brancos (39%), na parcela evangélica (44%) e entre eleitores de Bolsonaro no segundo turno da disputa presidencial de 2022 (63%).

Entre os brasileiros na faixa de 16 a 24 anos, cerca de metade (48%) considera o governo Lula regular, e parcelas similares o aprova (25%) e o reprova (24%)

26% veem melhora da vida sob gestão petista

Um quarto dos brasileiros (26%) avalia que sua vida melhorou após o início do governo Lula, no mesmo nível registrado em março (25%). Também ficaram estáveis as taxas de quem aponta que a vida piorou (21%, ante 20% há três meses), e passou de 56% para 52% o índice dos que acreditam que a vida permaneceu igual sob a gestão petista, com 1% sem opinião.

Na camada de renda mais baixa, um em cada três (32%) dizem que a vida melhorou no terceiro governo de Lula, e para 18% a vida piorou. Entre quem tem renda de 2 a 5 salários, 20% veem melhora, e 23%, piora. Na faixa seguinte, de renda de 5 a 10 salários, 18% avaliam que houve melhora, e para 28% a vida piorou. Entre os mais ricos esses índices são de 19% e 31%, respectivamente. No eleitorado que escolhem o petista em 2022, 50% apontam que a vida melhorou, e para 45% permaneceu igual. Entre quem votou em Bolsonaro, ocorre o inverso: 42% apontam que houve piora, e para 53% nada mudou.

OS brasileiros também foram consultados sobre sua situação econômica nos últimos meses, e 29% avaliam que ela melhorou (em março, 28%), contra 24% que apontam para uma piora (ante 28% há três meses). Nesse intervalo, passou de 44% para 47% o índice dos que apontam estabilidade.

Em relação à situação da economia brasileira, 27% veem melhora nos últimos meses, e para 42% houve piora. Há ainda 29% que avaliam que houve estabilidade, e 2% que não opinaram. No levantamento realizado em março, 28% viam melhora nos meses anteriores, ante 41% que viam piora, com 30% apontando para um quadro estável, em níveis similares aos registrados atualmente.

As expectativas sobre a economia pessoal e nacional também mudaram pouco desde março. Há 40% que esperam que situação econômica brasileira irá melhorar nos próximos meses (em março, 39%), e 28% preveem piora (eram 27%). Uma parcela de 27% avalia que a conjuntura econômica do país ficará estável (no último levantamento, 32%), e 5% não têm opinião sobre o tema (eram 2%).

O otimismo com a economia do país fica acima da média entre os mais jovens (47%), na parcela dos menos escolarizados (50%), no Nordeste (53%) e entre eleitores de Lula em 2022 (62%). Há pessimismo acima da média, por outro lado, na faixa de 25 a 34 anos (35%), entre quem tem renda familiar de 5 a 10 salários (37%), na região Sul (36%), entre evangélicos (38%) e entre quem votou em Bolsonaro em 2022 (48%).

Sobre a situação econômica pessoal, a maioria (55%) prevê melhora nos próximos meses, índice similar ao registrado em março (53%). Os pessimistas somam 12% (eram 13% há três meses), e 31% preveem que a situação não irá mudar (em março, 32%). Há ainda 2% que preferiram não opinar sobre o tema.

A taxa de otimismo com a situação econômica pessoal fica acima da média entre os mais jovens (66%) e no Nordeste (67%), enquanto a percepção de que ficará como está é mais alta entre os mais velhos (44%) e na parcela dos mais ricos (46%).