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Após subir de 34% para 41% entre dezembro de 2024 e fevereiro de 2025, a taxa de avaliação negativa do governo do presidente Lula recuou em abril, para 38%. A avaliação positiva avançou, por sua vez, avançou em relação a fevereiro deste ano, de 24% para 29%, mas permanece abaixo do registrado em dezembro (35%). Há ainda 32% que avaliam o governo como regular (eram 32% em fevereiro e 29% em dezembro), e 1% não opinou.
A avaliação negativa do governo do petista atual está entre as piores de seus mandatos, abaixo somente do dado de fevereiro de 2025. O mesmo acontece com o índice dos que consideram o governo ótimo ou bom, que está no mesmo patamar de pesquisas realizadas em outubro e dezembro de 2005 (28% em ambas). Até fevereiro deste ano, esses eram os índices mais baixos de avaliação positiva do petista.
O índice dos que avaliam o governo positivamente é mais alto entre nas faixas etárias mais avançadas (36% entre quem tem 45 anos ou mais) e mais baixa entre jovens de 16 a 24 anos (16%) e de 25 a 34 anos (24%). Entre quem tem escolaridade fundamental, 40% consideram a gestão do petista ótima ou boa, ante 21% no segmento de escolaridade média e 31% na parcela que estudou até o ensino superior. Na região Nordeste, 38% avaliam o governo de forma positiva, índice superior ao registrado nas regiões Sudeste (25%), Sul (26%) e Norte/Centro-Oeste (25%). Entre evangélicos, 19% veem o atual governo como ótimo ou bom, em contraste com os 49% que o avaliam como ruim ou péssimo. Entre católicos esses índices ficam em 34% e 34%, respectivamente.
A recuperação parcial da avaliação positiva do governo entre fevereiro e abril, de cinco pontos na média, foi mais intensa no segmento com escolaridade superior (de 18% para 31%, voltando ao patamar de dezembro, que era de 28%), e entre aqueles com renda familiar mensal superior a 2 salários mínimos (de 17% para 26% na faixa de 2 a 5 salários, de 18% para 31% na faixa de 5 a 10 salários, e de 18% para 31% na faixa superior a 10 salários). Entre os mais pobres, com renda mensal familiar de até 2 salários, porém, houve oscilação de apenas um ponto (de 29% para 30%), após recuo significativo entre dezembro e fevereiro (de 44% para 29%). Ou seja, o único segmento de renda em que governo não recuperou o patamar de avaliação positiva de dezembro de 2024 foi justamente aquele em que se saía melhor, com avaliação positiva média de 43% até então.
O trabalho de Lula como presidente tem a aprovação de 48% dos brasileiros, no mesmo patamar dos que o desaprovam (49%), e há 3% sem opinião sobre o assunto. Entre os homens, a desaprovação (53%) é mais alta que a aprovação (44%), e o oposto ocorre entre as mulheres (52% de aprovação, 44% de desaprovação). Na parcela dos mais jovens, 54% desaprovam o trabalho do petista, e 41% aprovam. Na faixa de 25 a 34 anos esses índices ficam em 52% e 44%, respectivamente, e na faixa de 35 a 44 anos, em 52% e 45%. No segmento de 45 a 59 anos, a aprovação (53%) supera numericamente a reprovação (45%), e o mesmo acontece entre os mais velhos, com 60 anos ou mais (55% e 43%, respectivamente).
Entre os menos escolarizados, a maioria (60%) aprova o trabalho de Lula, e 36% desaprovam. No estrato de escolaridade média, a situação se inverte, e 54% desaprovam, ante 42% que aprovam. Entre quem tem escolaridade superior há um empate entre a aprovação (47%) e a desaprovação (51%). Na parcela com renda com renda mensal familiar de até 2 salários, 50% aprovam a atuação do atual presidente, e 46% reprovam. Na faixa seguinte, com renda de 2 a 5 salários, a reprovação é de 52%, e a aprovação, de 46%, e entre quem tem renda familiar entre 5 e 10 salários a reprovação é de 51%, ante 47% que aprovam. Na fatia dos mais ricos, com renda familiar superior a 10 salários, 57% desaprovam o desempenho do presidente, ante 42% que aprovam.
No Nordeste, a aprovação é majoritária (61%), e a reprovação fica em 36%. No Sul, 55% reprovam o trabalho do petista, e 41% aprovam, e no Sudeste os índices são similares (53% e 44%, respectivamente). No conjunto das regiões Norte e Centro-Oeste, 50% reprovam a atuação de Lula como presidente, e 46% aprovam. Entre evangélicos, 60% reprovam a gestão atual, ante 37% que aprovam. Entre católicos esses índices são de 44% e 53%, respectivamente.
O cruzamento das taxas de aprovação e reprovação pela avaliação com as escalas de positivo, regular e negativo mostra que, entre aqueles que consideram o governo ótimo ou bom, 98% o aprovam, e entre quem o tem como ruim ou péssimo, 98% o desaprovam. Na parcela que considera a gestão atual regular, cerca de um terço da população adulta do país, a maioria (60%) aprova o trabalho de Lula, e 32% desaprovam, com 8% sem opinião.
Em um balanço desde o início do atual governo, 28% dizem que sua vida melhorou após a posse de Lula, no mesmo nível dos que dizem que a vida piorou (29%). Para 42%, a vida permaneceu igual, e 1% não opinou. Em março de 2024, a maioria (56%) declarava não ter havido mudança na vida após a posse do petista, 20% apontavam para uma piora, e 25%, para uma melhora.
Daqui para frente, 35% avaliam que Lula fará um governo ótimo ou bom, no mesmo patamar dos que preveem um governo ruim ou péssimo (35%). Entre eles, há 28% que avaliam que o petista terá um desempenho regular, e 2% não opinaram. Em dezembro do ano passado, os otimistas com o governo eram 38%, e os pessimistas, 34%. A taxa de expectativa positiva com a administração do petista era ainda mais alta (50%) em março de 2023, após o início do terceiro mandato, época em que 21% avaliavam que ele faria um governo ruim ou péssimo.
ENTRE ÁREAS SOB REPONSABILIDADE DO GOVERNO FEDERAL, SAÚDE E ECONOMIA SÃO PRINCIPAIS PROBLEMAS DO PAÍS
Considerando as áreas de responsabilidade do governo federal, a saúde é apontada espontaneamente por 22% como o principal problema do país atualmente, índice similar ao registrado em dezembro do ano passado (21%). A economia, incluindo inflação e preço dos alimentos, é citada também por 22% como principal problema nacional, em alta na comparação com dezembro de 2024 (12%) e dezembro de 2023 (8%). Na sequência aparecem as menções a criminalidade/segurança (11%, ante 12% no final do ano passado) e educação (9%, e era 8%). Também são citados como principais problemas do país a corrupção (7%, estável), o desemprego (5%, e era 8%), a fome/miséria/pobreza (4%, e era 7%), a desigualdade social (2%, e era 4%) e a má administração (2%, estável), entre outros tópicos com percentual mais baixo.