A cidade de Recife chega à véspera da eleição que escolherá seu futuro prefeito diante de um cenário indefinido, com ambos os candidatos, Marilia Arraes (PT) e João Campos (PSB), alcançando 50% das intenções de votos válidos.
O 2º turno na capital pernambucana começou mais favorável à petista, que tinha 55% em pesquisa realizada nos dias 17 e 18 deste mês, logo após o primeiro turno, contra 45% do deputado do PSB. Essa vantagem deu lugar a um empate técnico no início desta semana, no levantamento que foi a campo entre os dias 24 e 25 e mostrou oscilação negativa de Marilia para 52%, com oscilação positiva de Campos para 48%. Ou seja, neste momento os oponentes têm chances iguais de serem eleitos, porém vêm de trajetórias distintas nesta segunda etapa da eleição - a petista em queda, e o representante do PSB, em ascensão.
Realizada entre os dias 27 a 28 de novembro, a pesquisa ouviu 1803 eleitores com 16 anos mais de Recife, e tem margem de erro de dois pontos para mais ou para menos. A divulgação das intenções de votos válidos não contabiliza a opinião de eleitores que pretendem votar em branco, anular ou ainda estão indecisos. Para determinar o resultado oficial da eleição, a Justiça Eleitoral considera válidos somente os votos depositados em cada candidato, sem levar em conta brancos e nulos.
Entre os fatores que podem decidir a eleição de amanhã estão, justamente, a parcela de eleitores que não escolhe nenhum dos candidatos e aqueles com opção de voto ainda volúvel, que já escolheram, mas ainda podem mudar de ideia até a hora da votação.
No total de votos do eleitorado, há 12% que pretendem votar em branco ou nulo, e 4% que estão indecisos. Os demais se dividem igualmente entre Marilia Arraes (42%) e João Campos (42%). No último levantamento, a petista tinha 43%, ante 40% do adversário.
O número de Marilia é conhecido por 96% de seus eleitores, e 93% dos que pretendem votar em Campos também sabem seu número de urna.
De forma geral, 92% estão totalmente convictos sobre seu voto para prefeito, e 8% ainda podem mudar de ideia. No eleitorado da representante do PT, 93% estão totalmente convictos, e entre eleitores do candidato do PSB esse índice é de 91%. Na parcela que declara voto em branco ou nulo, 13% não estão totalmente decididos e ainda podem escolher outra opção de voto.
Nessa parcela do eleitorado volúvel, que ainda pode mudar de ideia até a votação, 45% migrariam hoje para o voto em branco ou nulo, e Campos (27%) e Marilia (24%) herdariam partes iguais, com 3% permanecendo indecisos.