A ACESSA (Associação Brasileira da Indústria de Produtos para o Autocuidado em Saúde) divulgou os resultados de uma pesquisa encomendada ao Datafolha revelando que 97% da população brasileira acredita que o poder público deve investir em iniciativas voltadas ao autocuidado em saúde.
Essa prática, que envolve ações preventivas e o uso racional de produtos como MIPs (Medicamentos Isentos de Prescrição) representa uma oportunidade significativa de reduzir os custos do sistema público de saúde e otimizar o serviço para a população.
Dados da ILAR (Associação Latino-Americana para o Autocuidado Responsável) destacam que o custo de tratamento com MIPs é até 68% menor que o tratamento realizado pelo SUS (Sistema Único de Saúde (SUS). MIPs são medicamentos utilizados para tratar condições menores, como, por exemplo, dores de cabeça, febre e azia, sem a necessidade de prescrição médica. Atualmente, o SUS atende, aproximadamente, 60 milhões de casos não graves por ano, o que gera um custo total de USD 1,2 bilhões. Se 50% desses casos fossem tratados com MIPs, a economia potencial seria de USD 601 milhões, que poderiam ser redirecionados para tratamentos mais complexos e para a expansão da cobertura de saúde para casos graves.
A pesquisa ACESSA/Datafolha também revela que 73% dos brasileiros costumam tomar medicamentos quando sentem algum mal-estar, o que destaca a necessidade de um melhor letramento em saúde e o incentivo ao Autocuidado responsável. A ACESSA trabalha para capacitar a população a tomar decisões informadas sobre saúde, promovendo o uso correto de MIPs e o Autocuidado consciente.