Reprovação a Temer é recorde

DE SÃO PAULO

O governo do presidente Michel Temer (MDB) bateu um novo recorde de impopularidade e agora é considerado ruim ou péssimo por 82% dos brasileiros, índice superior ao registrado em abril deste ano (70%) e o mais alto já registrado pelo Datafolha desde 1989. Desde que assumiu, em julho de 2016, o índice mais alto de reprovação ao governo Temer havia sido registrado em setembro do ano passado (73%). A gestão do emedebista é aprovada, atualmente, por 3%, que o consideram ótimo ou bom (eram 6% em abril), e 14% avaliam o governo como regular (em abril, 23%).

Entre os mais jovens, a reprovação ao governo Temer atinge 87%, mesmo índice registrado no Nordeste. Na parcela dos mais velhos, com 60 anos ou mais, essa taxa fica abaixo da média (71%)

De 0 a 10, o desempenho de Temer à frente do governo até o momento tem nota média 1,9, com a maioria (53%) atribuindo nota 0 ao presidente.

Saúde e educação deveriam ser prioridades do próximo presidente

Mencionados espontaneamente por 18% dos brasileiros, corrupção e a saúde encabeçam o ranking de problemas brasileiros. São seguidos de perto pelo desemprego (14%), que aparece à frente de violência (9%), economia (8%), educação (8%), inflação (2%), política e governantes (2%), má administração (2%), pobreza e fome (2%), desigualdade social (2%), impostos (1%) e salário (1%), entre outros problemas que não atingiram 1% das menções espontâneas. Em abril, quando o último levantamento sobre o assunto foi feito, corrupção e saúde já apareciam na liderança da lista de problemas do país, mas com percentuais diferentes (21% e 19%).

No mesmo intervalo, caiu a percepção sobre o problema da violência (de 13% para os atuais 9%), e subiu o índice dos que apontam a economia como área mais problemática do Brasil (de 4% para 8%). Na consulta sobre qual deve ser a prioridade do próximo presidente, a área da saúde se sobressai, apontada por 41%, e a corrupção é relegada a um patamar inferior. Após a saúde, as áreas vistas como prioritárias são educação (20%), desemprego (8%), violência (7%), economia (5%), corrupção (2%), fome e pobreza (1%), inflação (1%), salário (1%), impostos (1%) e habitação (1%), entre outras áreas problemáticas que não atingiram 1% das indicações.

A saúde é mais citada, proporcionalmente, entre as mulheres (46%) do que entre os homens (35%), e também aparece com destaque entre aqueles que declaram voto em Marina Silva (49%). Entre os mais escolarizados, 36% apontam a educação como prioridade do próximo presidente, ante 31% que apontam saúde. O mesmo acontece nas faixas de renda mais altas, onde a preocupação com a educação se equipara à saúde (34% e 31%, respectivamente, na faixa de renda familiar de 5 a 10 salários, e 34% a 27% entre quem tem renda superior a 10 salários). Entre os eleitoresde Lula, 42% indicam a saúde como prioridade, à frente de educação (16%) e desemprego (10%). Na parcela que prefere Bolsonaro, saúde (35%), educação (24%) e segurança (12%) são as prioridades mais citadas.

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