O desempenho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na pandemia do coronavírus é considera ruim ou péssima por 56% dos brasileiros com 16 anos ou mais, índice superior ao registrado em maio deste ano (51%) e em linha com o resultado de março (54%), até então o pior da série histórica que teve início em março de 2020. A aprovação ao trabalho do presidente, ou seja, a taxa dos que o consideram ótimo ou bom, oscilou de 21% para 22% entre maio e julho, e há 21% que consideram seu desempenho regular (na pesquisa anterior, 27%).
Entre aqueles que sempre confiam nas declarações do presidente, 81% aprovam a forma como ele conduziu o combate à pandemia, 14% avaliam esse desempenho como regular, e 5% reprovam. Na parcela que acredita que houve corrupção por parte do Governo Federal na compra de vacinas, 74% consideram ruim ou péssimo o trabalho de Bolsonaro na pandemia, e para 17% é regular, com 9% de ótimo ou bom. No grupo que considera não ter havido corrupção na aquisição dos imunizantes, 54% veem o trabalho do presidente como positivo, 28%, como regular, e 17%, como negativo.
O trabalho do Ministério da Saúde na pandemia tem sido mais bem avaliado nos últimos meses. Em janeiro de 2021, 35% consideravam o desempenho do ministério ótimo ou bom, 34%, regular, e 30%, ruim ou péssimo. Na pesquisa de 15 e 16 de março, dias antes da saída oficial de Eduardo Pazzuelo do cargo de ministro da pasta, a aprovação caiu para 28%, a taxa de regular oscilou para 32%, e a reprovação subiu para 39%. Em maio, a aprovação oscilou para 30%, o regular passou para 37%, e a reprovação recuou para 32%. Na pesquisa atual, a taxa de aprovação teve nova oscilação positiva, para 34%, e a reprovação oscilou para 31%, com 34% de avaliação regular.
A atuação dos governadores na pandemia é vista como ótima ou boa por 40%, como regular por 32% e como ruim ou péssima por 27%, além de 1% que não respondeu. Na pesquisa de maio, 35% aprovavam o trabalho dos governadores no combate ao coronavírus, outros 35% consideravam regular, e para 27% era negativa.
Na região Nordeste, a taxa de avaliação ótima ou boa dos governadores atinge 48%, contra 26% de regular e 24% de ruim ou péssima. Os governadores do Centro-Oeste/Norte têm avaliação positiva de 43%, enquanto 24% os avaliam negativamente, com 33% de avaliação regular. No Sul, 41% consideram o desempenho de seus governadores na pandemia ótimo ou bom, para 36% é regular, e 21% classificam como ruim ou péssimo. Os governadores do Sudeste têm seu trabalho na pandemia visto como positivo por 33%, como regular por 34% e como negativo por 32%.
Considerando os principais atores públicos responsáveis por prestar serviços à população, ou seja, presidente, governadores e prefeitos, 46% apontam o chefe do Executivo federal como o principal culpado pela situação atual da pandemia no Brasil, índice superior ao registrado em maio deste ano (39%). Na sequência, 18% apontam os governadores, e 10%, os prefeitos (em maio, 20% e 10%, respectivamente). Para 7%, todos eles são culpados, e 9% avaliam que nenhum é culpado pela situação atual da pandemia. Na parcela que aprova o governo do presidente Jair Bolsonaro, 41% apontam os governadores como culpados, 14% indicam os prefeitos, e 16% dizem que nenhuma deles têm culpa. Entre quem reprova a gestão do presidente, 71% o apontam como principal culpado.