Pesquisa Datafolha mostra que a maior parcela dos brasileiros adultos segue pessimista com a economia do país, principalmente, com a inflação.
A expectativa que a inflação irá aumentar se manteve estável, para 69%, a inflação irá aumentar nos próximos meses (era 68% em julho), para 15%, a inflação ficará igual (era 19%), para 12%, irá diminuir (era 8%) e 3% não opinaram (era 5%).
A expectativa que o desemprego irá aumentar nos próximos meses se manteve estável, para 54%, o desemprego irá aumentar (era 52% em julho), para 25%, ficará igual (era 27%) e para 19%, irá diminuir (era 18%). Uma parcela de 2% não opinou (era 3%).
Quanto à expectativa do poder de compra dos salários, 40% esperam que irá diminuir nos próximos meses (era 35%), para 33%, ficará igual (era 40%) e para 23%, irá aumentar (a taxa apresenta tendência de crescimento, era 19% em julho e 13% em março). Uma fração de 4% não opinou (era 5%).
Nesse levantamento, entre os dias 13 a 15 de setembro de 2021, foram realizadas 3.667 entrevistas presenciais em 190 municípios, com brasileiros de 16 anos ou mais, de todas as classes sociais e de todas as regiões do país. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos considerando um nível de confiança de 95%.
A maioria (69%) avalia que a situação econômica do país piorou nos últimos anos, para 20%, ficou igual e para 11%, melhorou (entre os mais ricos o índice sobe para 22%). Uma fração de 1% não opinou. A avaliação que a situação econômica do país piorou é majoritária em todas as variáveis sociodemográficas e alcança taxas mais altas entre as mulheres (74%), entre os mais instruídos (74%), entre os assalariados sem registro (77%) e entre os que reprovam o governo Bolsonaro (84%).
Em comparação à pesquisa anterior, de dezembro de 2019, anterior à pandemia do coronavírus, a avaliação da situação econômica do país piorou: naquela data, 37% avaliaram que a situação piorou nos últimos anos, 34% que ficou igual e 28% que melhorou. O atual índice de piora da situação econômica é um dos mais altos da série, ficando atrás das pesquisas de novembro de 2015 (era 82%), fevereiro de 2016 (era 80%) e junho de 2018 (era 72%).
A maior parcela (53%) avalia que a situação econômica pessoal piorou nos últimos meses, já, 32% avaliam que a situação está igual e 15% que a situação melhorou (entre os mais ricos o índice sobe para 33%). Da parcela que avalia que a situação econômica pessoal piorou são observados índices mais altos entre as mulheres (58%), entre os que possuem renda familiar mensal de até 2 salários mínimos (61%), entre os desempregados (76%) e entre os que reprovam o governo Federal (67%).
Em comparação à pesquisa anterior, de dezembro de 2019, a avaliação da situação econômica pessoal se agravou: naquela data, 34% avaliaram que a situação piorou nos últimos meses, 43% que ficou igual e 23% que melhorou. O atual índice de piora da situação econômica pessoal é o mais alto da série, superando os 51% observados nas pesquisas de 2015.
Em relação à expectativa da situação econômica do país nos próximos meses, os índices ficaram estáveis. Quatro em cada vez (39%) avaliam que a situação econômica do país irá piorar (era 35% em julho), 30% avaliam que continuará igual (era 32%), 28% avaliam que irá melhorar (era 30%) e 3% não responderam (mesmo índice anterior).
Quanto à expectativa da situação econômica do entrevistado para os próximos meses, a parcela de otimistas vem crescendo, após recuar em março deste ano. Para 41%, a situação econômica pessoal irá melhorar (era 38% em julho e 14% em março), para 38%, irá ficar igual (era 42% em julho e 47% em março), e para 20% irá piorar (era 17% em julho e 38% em março). Uma fração de 2% não respondeu (mesmo índice anterior).
Quando questionados se o presidente Jair Bolsonaro tem responsabilidade na alta da inflação, 41% avaliam que o presidente tem muita responsabilidade, 34% que tem um pouco e 23% que não tem responsabilidade. Uma parcela de 2% não opinou.
Os índices são próximos para o aumento do desemprego no país. Para 39%, Bolsonaro tem muita responsabilidade pelo desemprego, para 32% tem um pouco e para 27% não tem. Uma parcela de 2% não opinou.
De maneira geral, o índice daqueles que avaliam que o presidente Bolsonaro tem muita responsabilidade pela alta da inflação e do desemprego é mais alto entre os mais instruídos, entre os mais ricos, entre os assalariados registrados e entre os que reprovam a administração do presidente.