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Pesquisa Datafolha mostra que as taxas de avaliação do governo Ricardo Nunes (MDB), há três anos e três meses no cargo de prefeito de São Paulo, ficaram estáveis na comparação com as pesquisas anteriores deste ano. Ao longo do ano as taxas de avaliação vêm oscilando dentro da margem de erro. Um quarto (26%) dos eleitores da capital paulista avalia como ótimo ou bom a gestão municipal de Nunes (era 31% em julho, 26% em maio e 29% em março), 47% avaliam como regular (era 43% em julho, 45% em maio e 43% em março) e 22% avaliam como ruim ou péssima (era 22% em julho, 25% em maio e 24% em março). Uma fração de 5% não opinou (era 4% em julho).
Os índices de aprovação ao governo Nunes são mais altos os que têm 60 anos ou mais do que entre os que têm 16 a 24 anos (32%, ante 12%), entre os menos instruídos do que entre os mais instruídos (35%, ante 20%), entre os seus eleitores (60%), entre os que se auto posicionaram como de direita (44%), entre os que se autodeclararam bolsonaristas (39%) e entre os que aprovam o governo estadual de Tarcísio de Freitas (52%). Já, da parcela que avalia como regular a avaliação Nunes, destaca-se o segmento dos que têm 16 a 24 anos (65%).
Por sua vez, os índices de reprovação à gestão Nunes são mais altos entre os mais instruídos (35%), entre os que possuem renda familiar mensal de mais de 5 salários mínimos (34%), entre os eleitores de Guilherme Boulos (PSOL) (49%), entre os que se auto posicionaram como petistas (30%), entre os que se auto posicionaram como de esquerda (49%) e entre os que reprovam o governo estadual de Tarcísio (53%).
Em comparação com outros prefeitos de São Paulo, no mesmo ou próximo período de tempo, observa-se que Ricardo Nunes se destaca na avaliação regular: Jânio Quadros tinha 36% de regular (em dezembro de 1988), Luiza Erundina, 43% (em março de 1992), Paulo Maluf, 34% (em dezembro de 1995), Celso Pitta, 25% (em março de 2000), Marta Suplicy, 39% (em março de 2004), Gilberto Kassab, 34% (em agosto de 2009), Fernando Haddad, 34% (em outubro de 2015), e Bruno Covas, 43% (em novembro de 2020) – tanto Haddad quanto Covas tinham nessas datas menos de 3 anos de governo.
As taxas de aprovação de Ricardo Nunes são superiores às de Haddad (era 15%) e Pitta (era 6%), são próximas às de Quadros (30%), Erundina (22%) e Suplicy (22%), e estão abaixo às de Maluf (47%), Kassab (48%) e Covas (35%). Nesse levantamento, entre os dias 06 e 07 de agosto de 2024, foram realizadas 1.092 entrevistas presenciais na cidade de São Paulo, com eleitores de 16 anos ou mais, de todas as classes sociais e de todas as regiões da cidade. A margem de erro da pesquisa é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos considerando um nível de confiança de 95%.
Para a maioria dos eleitores (66%), Nunes fez pela cidade menos do que se esperava, para 19% fez o que se esperava e para 8%, fez mais do que se esperava. Uma parcela de 5% não opinou.
Os índices são próximos aos observados na pesquisa de março deste ano. Naquela data, 64% avaliaram que Nunes fez menos do que se esperava, 20% que fez o que se esperava e 9% que fez menos do que se esperava.
A taxa daqueles que avaliam que o prefeito Nunes fez menos do que se esperava é mais alta entre os eleitores de Guilherme Boulos (PSOL) (79%), entre os que se auto posicionaram como de esquerda (77%), entre os que reprovam o governo Nunes (91%) e entre os que reprovam o governo estadual de Tarcísio (83%). Já, a taxa daqueles que avaliam que o prefeito Nunes fez mais do que se esperava é mais alta entre os que aprovam a sua administração (21%), entre os que aprovam o governo estadual de Tarcísio (15%) e entre os eleitores de Nunes (17%).
O Datafolha apresentou aos entrevistados uma lista de 14 itens relacionados à infraestrutura e à oferta de serviços públicos no bairro de moradia e pediu para que avaliassem cada um, segundo uma escala de 0 a 10. As notas médias variaram de 7,7 a 4,4 e de maneira geral, melhoraram em comparação com as observadas na pesquisa anterior, de 2016 – durante a gestão de Fernando Haddad (PT).
O item com a nota média mais alta foi a coleta de lixo domiciliar, com 7,7 (era 7,4 em 2016). Na sequência ficaram: as opções de transporte coletivo (7,0, era 6,2 em 2016), a quantidade de escolas públicas (6,8, era 6,1 em 2016), a iluminação de ruas e avenidas (6,8, era 6,1 em 2016), a quantidade de postos de saúde (6,1, era 4,9 em 2016), a coleta de lixo reciclável (6,0, era 5,0 em 2016) e as condições de habitação e moradia (5,9, era 5,3 em 2016). E, num patamar mais baixo, ficaram: a limpeza de ruas e avenidas (5,6, era 5,3 em 2016), a conservação das áreas verdes (5,6, era 4,8 em 2016), a conservação das ruas e avenidas (5,5, era 4,6 em 2016), a quantidade de hospitais públicos (5,0 era 3,8 em 2016), as áreas de lazer (5,0,
era 4,1 em 2016), a conservação de calçadas (4,6, era 3,8 em 2016) e a segurança (4,4, era 3,4 em 2016).
A nota média de todos os itens pesquisados ficou em 5,9 e, observa-se que a nota média geral é mais alta entre os eleitores de Nunes (6,3) e de Tabata Amaral (PSB) (6,3) do que entre os eleitores de Boulos (5,7), Datena (PSDB) (5,8) e Pablo Marçal (PRTB) (5,6).