Estável, governo Lula é aprovado por 35%, e 33% reprovam

Oscilação dentro da margem volta a aproximar taxas de aprovação e reprovação do petista, que em junho eram de 36% e 31%

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O governo do presidente Lula (PT) é aprovado por 35% dos brasileiros com 16 anos ou mais, índice dos que consideram sua gestão ótima ou boa. A reprovação é similar: um terço (33%) considera o desempenho do petista ruim ou péssimo, e os demais avaliam como regular (30%) ou não responderam (3%).

Na comparação com pesquisa realizada na primeira quinzena de junho deste ano, os índices de avaliação do governo Lula ficaram estáveis, com oscilações dentro da margem de erro. A reprovação oscilou positivamente (era de 31%) e a aprovação oscilou negativamente (era de 36%), assim como a avaliação regular (era de 31%). Com isso, o resultado atual repete o registrado em março deste ano (35% de aprovação, 33% de aprovação e 30% de regular).

BRASILIA, DF, BRASIL - 30/07/2024: O presidente Lula participa da abertura da 5a Conferência Nacional de Ciência e Tecnologia e Inovação. No centro de eventos Brasil 21. (FOTO: Pedro Ladeira/Folhapress, FOLHA) - Pedro Ladeira/Folhapress

Na série histórica desde que o petista assumiu seu terceiro mandato, o índice mais alto de aprovação do governo petista foi de 38%, registrado em março de 2023, setembro e dezembro de 2023. A média de aprovação em sete levantamentos realizados ao longo do governo Lula é de 37%, e a média de reprovação, de 30%.

Em período similar de governo, o antecessor do petista, Jair Bolsonaro (PL), era aprovado por 37%, reprovado por 34%, e avaliado como regular por 27%. Em seu primeiro mandato, Lula tinha 35% de aprovação após um ano e oito meses de governo, e reprovação de 17%, com 45% de avaliação regular. No segundo mandato, também em período similar, a aprovação era de 64%, e a reprovação, de 8%, com 28% de avaliação regular.

A aprovação ao governo Lula é mais alta nas faixas de 45 a 59 anos (42%), entre quem tem escolaridade fundamental (47%), na parcela com renda familiar de até 2 salários mínimos (42%), na região Nordeste (49%) e entre quem votou no petista no segundo turno da eleição presidencial de 2022 (64%).

O nível de reprovação é mais elevado entre brasileiros com ensino superior (43%), nas faixas de renda mais altas (47% entre quem tem renda familiar de 5 a 10 salários, e 46% no segmento com renda superior a 10 salários), entre evangélicos (41%), na região Sudeste (39%) e no Centro-Oeste (40%) e entre eleitores de Bolsonaro em 2022 (64%).

Avaliação da situação econômica do país e pessoal fica estável

Após a posse de Lula, 26% dizem que a vida melhorou, no mesmo patamar dos que avaliam que a vida piorou (23%). Para 51%, a vida permaneceu igual, e 1% não respondeu. Em junho deste ano, 26% apontavam melhora, 21%, piora, e 52%, estabilidade. Entre quem votou no petista na última eleição, 50% declaram que a vida melhorou, 45%, que ficou igual, e 4%, que piorou. Entre eleitores de Bolsonaro, 4% avaliam que a vida melhorou sob Lula, 50% dizem que ficou igual, e 45%, que piorou.

Na avaliação sobre a economia do país nos últimos meses, 42% veem piora, 26%, melhora, e para 29% ficou igual. Essa percepção ficou estável na comparação com levantamento realizado em junho deste ano. Ao longo da gestão atual do presidente Lula, o índice mais alto de percepção sobre a melhora econômica do país foi registrado em setembro de 2023 (35%, mesmo índice de percepção de piora).

Os brasileiros também avaliaram a própria situação econômica nos últimos meses, e 46% disseram que não houve mudança (ante 47% em junho), 29%, que melhorou (mesmo resultado de junho), e 24%, que piorou (mesmo resultado de junho), além de 1% que opinou.

Olhando para os próximos meses, 41% avaliam que a economia brasileira irá melhorar (eram 40% em junho e 39% março deste ano), 28% preveem piora (eram 28% em junho e 27% em março), e para 25% ficará estável (eram 27% em junho e 32% em março), e há ainda 6% que não opinaram. O otimismo com a economia do país fica acima da média entre os menos escolarizados (50%), na população de menor renda (47%) e na região Nordeste (52%). O pessimismo, por outro lado, fica acima da média entre os mais escolarizados (39%) e na região Centro-Oeste (37%).

Sobre a expectativa econômica pessoal para os próximos meses, 58% avaliam que irá melhorar (eram 55% em junho e 53% março), 29% preveem estabilidade (em junho, 31%, e em março, 32%), e para 11% haverá piora (ante 12% em junho e 13% em março), além de 2% que não opinaram. Entre os jovens de 16 a 24 anos, 68% avaliam que a situação econômica irá melhorar nos próximos meses, índice que também fica acima da média na região Nordeste (67%). Há menos otimismo entre quem tem 60 anos ou mais (44%) e na parcela com curso superior (49%)