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Após a definição oficial dos nomes que disputarão a Prefeitura de Belo Horizonte na eleição municipal de 2024, o candidato do Republicanos, deputado estadual Mauro Tramonte, sai na frente e lidera de forma isolada, com 27% das intenções de voto. A concorrência pela segunda posição é acirrada, com cinco candidatos empatados tecnicamente. São eles: o senador Carlos Viana (Podemos), com 12%, o atual prefeito Fuad Noman (PSD), com 10%, o deputado estadual Bruno Engler (PL), com 10%, a deputada federal Duda Salabert (PDT), com 10%, e o também deputado federal Rogério Correia (PT), com 7%. Também pontuaram na pesquisa o vereador Gabriel (MDB), com 3%, e Wanderson Rocha (PSTU), com 1%, e os nomes de Lourdes Franscisco (PCO) e Indira Xavier (UP) foram citados mas não atingiram 1%. Uma parcela de 10% pretende votar em branco ou anular o voto e 9% estão indecisos.
Nesse levantamento, nos dias 20 a 21 de agosto de 2024, foram realizadas 910 entrevistas presenciais, com eleitores da cidade de Belo Horizonte de 16 anos ou mais, de todas as regiões da cidade. A margem de erro da pesquisa é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos considerando um nível de confiança de 95%.
A candidatura de Tramonte tem preferência acima da média entre eleitores com renda familiar de até 2 salários (34%) e entre evangélicos (37%). Entre eleitores com escolaridade superior, Duda Salabert tem 21%, e é seguida por Tramonte (14%), Noman (14%), Correia (11%), Engler (9%) e Viana (8%). A deputada do PDT também se destaca entre os mais ricos, com renda familiar superior a 5 salários, com 21% das intenções de voto. Neste segmento, Engler tem 16%, Correia, Noman e Tramonte, 11% cada, e Viana, 6%.
Entre os belorizontinos que tem o PT como partido preferido, com peso de 24% no eleitorado da capital mineira, o deputado petista Rogerio Correia tem 18% das intenções de voto, ante 26% de Tramonte, 15% de Noman, 14% de Duda Salabert e 12% de Viana. Entre quem votou em Lula no segundo da eleição presidencial de 2022, Tramonte (24%), Duda Salabert (20%), Noman (15%) e Correia (12%) e Viana (11%) são os preferidos na corrida pela prefeitura. Na parcela de eleitores de Jair Bolsonaro (PL), Tramonte (29%), Engler (25%) e Viana (14%) são os que mais recebem indicações de voto.
Uma parcela de 53% dos eleitores que escolheram algum dos candidatos apresentados avalia que sua opção é a ideal, e 45% dizem ter escolhido um deles por falta de opção melhor. Há ainda 2% que não opinaram sobre o tema. Entre os potenciais eleitores de Carlos Viana, 61% dizem ter optado pelo candidato por não haver melhor alternativa, índice que fica em 50% nos que indicaram voto em Noman, em 46% entre quem pretende votar em Tramonte, em 40% entre potenciais eleitores de Correia, em 40% entre quem opta por Engler, e em 29% no eleitorado atual de Duda Salabert.
Na pesquisa de voto espontânea, quando não há a apresentação dos nomes dos pré-candidatos, são citados Tramonte (8%, ante 4% em julho), Engler (5%, e tinha 3% no levantamento anterior), Duda Salabert (4%, e tinha 2%), Correia (4%, e tinha 3%), Noman (4%, e tinha 3%), Viana (1%) e Gabriel (1%), e os demais não atingiram 1% das menções. Há ainda 1% que diz que irá votar no atual prefeito, 6% que declaram votar em branco ou nulo, e a maioria (64%) preferiu não responder (eram 73% em julho).
Tramonte é o mais conhecido, e Duda Salabert enfrenta maior rejeição
Líder em intenções de voto, Mauro Tramonte também é o candidato mais conhecido pelos eleitores de Belo Horizonte, com 90% de taxa de conhecimento, sendo que 35% o conhecem muito bem, 28%, um pouco, e 26%, só de ouvir falar. Em julho, 86% diziam conhecer Tramonte. Em patamar similar aparece Carlos Viana, conhecido por 85% (eram 81% em julho), incluindo aqueles que o conhecem muito bem (24%), um pouco (30%) e só de ouvir falar (31%).
Atual ocupante do cargo de prefeito, tendo assumido após a saída de Alexandre Kalil para disputar o governo estadual em 2022, Fuad Noman é conhecido por 59% dos eleitores de Belo Horizonte (em julho, 52%), sendo que 21% o conhecem muito bem, 20%, um pouco, e 19%, só de ouvir falar. Com taxa similar, Duda Salabert é conhecida por 58% (eram 48% no levantamento anterior), divididos entre quem a conhece muito bem (17%), um pouco (15%) e só de ouvir falar (26%). Também no mesmo patamar de conhecimento, 57% dizem conhecer Rogério Correia (em julho, 50%), sendo que 16% o conhecem muito bem, 16%, um pouco, e 25%, só de ouvir falar.
Na sequência aparecem Bruno Engler, conhecido por 44% (ante 35% em julho), incluindo aqueles que o conhecem muito bem (11%), um pouco (11%) e só de ouvir falar (21%); Gabriel, conhecido por 22%, sendo que 5% o conhecem muito bem, 6%, um pouco, e 11%, só de ouvir falar; Indira Xavier (17% conhecem, sendo que 1% conhecem bem, 3%, um pouco, e 13%, só de ouvir falar); Wanderson Rocha (14% conhecem, sendo 1% muito bem, 2%, um pouco, e 11%, só de ouvir falar); e Lourdes Francisco (8% conhecem, sendo que menos de 1% conhecem muito bem, 1% conhecem um pouco e 6% conhecem só de ouvir falar). Na comparação com julho, a taxa de conhecimento geral de Indira Xavier e Rocha ficaram estáveis, e o conhecimento de Gabriel não é comparável. Isso porque no levantamento anterior ele foi apresentado aos eleitores como Gabriel Azevedo, e no registro oficial junto à Justiça Eleitoral adotou somente o primeiro nome, Gabriel. O nome de Lourdes Francisco foi apresentado pela primeira vez ao eleitorado.
A deputada Duda Salabert tem o nome mais rejeitado entre os nomes que disputam a Prefeitura de Belo Horizonte: 27% dizem que não votariam de jeito nenhum na candidata do PDT. Na sequência, com taxa de rejeição similar, estão Engler (20%), Viana (20%), Gabriel (20%), Tramonte (18%), Correia (18%), Noman (18%), Indira Xavier (16%), Rocha (14%) e Lourdes Francisco (14%). Há 4% que rejeitam todos, 6% que rejeitam nenhum, e 12% que não opinaram.
Salabert é mais rejeitada entre homens (33%) do que entre mulheres (22%), e também enfrenta rejeição acima da média entre evangélicos (42%). Os candidatos Bruno Engler e Mauro Tramonte enfrentam rejeição acima da média tanto entre quem estudou até o ensino superior (30% e 28%, respectivamente) quanto entre os mais ricos, com renda familiar superior a 5 salários (29% e 27%, respectivamente). Neste último segmento, de maior renda, Viana também tem 29% de taxa de rejeição.
30% em BH estão muito motivados para votar, e 35%, desmotivados
Em uma escala de 0 a 10, 35% atribuem notas baixas, de 0 a 3, ao seu grau de motivação para votar nas eleições municipais deste ano. No polo oposto, 30% demonstram grande motivação, atribuindo notas 9 ou 10. Entre esses dois grupos, há 19% que atribuem notas de 4 a 6, e 15%, notas 7 ou 8. O grau de motivação médio dos eleitores é 5,3.
A parcela com alta motivação (notas 9 ou 10) é de 11% entre jovens de 16 a 24 anos, de 22% na faixa de 25 a 34 anos, de 27% na faixa de 35 a 44 anos, de 37% entre quem tem de 45 a 59 anos, e também de 37% entre os eleitores mais velhos, com 60 anos ou mais. Entre os eleitores menos escolarizados, 31% estão muito motivados para votar, ante 21% no eleitorado com escolaridade média e 41% entre quem estudou até o ensino superior.
Os eleitores que declaram voto em Tramonte são os menos motivados (média 4,5 e 21% de notas 9 ou 10), e os de Correia, os mais motivados (média 7,9 e 55% de notas 9 ou 10). Entre os que declaram voto em Viana a média é de 5,5, com 31% de notas 9 ou 10; no grupo que pretende votar em Noman a média é 6,3, com 38% de 9 ou 10); no eleitorado atual de Engler a média é 5,9, com 40% de notas 9 ou 10; e entre aqueles que têm intenção de votar em Duda Salabert a média de motivação é 6,8, com 45% de notas 9 ou 10.