O uso de câmeras em uniformes de policiais para que todas as suas ações sejam filmadas durante o horário de trabalho é defendido por 88% dos moradores da cidade de São Paulo com 16 anos ou mais, e rejeitado por 8%, com 3% indiferentes ao tema. A comparação com o levantamento realizado em junho de 2022 mostra ligeiro recuo na posição favorável às câmeras nos uniformes dos policiais, compartilhada então por 92%, e oscilação na posição contrária a essa política, rejeitada anteriormente por 6%.
Ainda que amplamente majoritária, a posição favorável às câmeras nos uniformes fica abaixo da média entre homens (84%, ante 92% entre as mulheres), entre potenciais eleitores de Ricardo Nunes (MDB) para a Prefeitura de São Paulo (80%), entre aqueles que aprovam a gestão Tarcísio de Freitas (REPUBLICANOS) à frente do governo paulista (79%) e na parcela que reprova o desempenho de Lula (PT) na Presidência da República (78%).
Informado de que atualmente um pequeno número de policiais militares utilizam câmeras em seus uniformes, os paulistanos foram consultados sobre a expansão ou não dessa política, e sobre seu grau de abrangência. Para 81%, todos os policiais deveriam usar câmeras em seus uniformes, e 7% acreditam que mais policiais do que os que já usam deveriam incorporar o equipamento ao uniforme, mas não todos. Dentre os demais, 4% avaliam que as câmeras deveriam ser usadas somente por quem já as utiliza hoje, e 7% defendem a retirada total dos equipamentos, ou seja, que nenhum policial utilize câmeras, além de 1% que preferiu não opinar.
Entre os homens, 16% dizem que as câmeras deveriam ser restritas aos policiais que usam atualmente ou deveriam ser extintas, índice que cai para 7% entre as mulheres. A defesa da restrição ou extinção do uso de câmeras nos uniformes também fica acima da média entre potenciais eleitores de Ricardo Nunes (19%), entre quem avalia positivamente o governo Tarcísio de Freitas (21%) e entre aqueles que avaliam negativamente o governo Lula (21%).
Na avaliação sobre a contribuição das câmeras nos uniformes, 82% veem muita contribuição para impedir a ação violenta de maus policiais, e os demais avaliam que as câmeras contribuem um pouco para impedir essas ações (11%) ou que não contribuiriam em nada (5%). Na sequência, 71% avaliam que as câmeras contribuiriam muito para a diminuição da violência de forma geral (com 17% de contribuiriam um pouco e 11% de nada contribuiriam), 69% dizem que contribuiriam muito para diminuir a morte de policiais (com 16% de contribuiriam um pouco e 13% de não contribuiriam em nada), 65% avaliam que contribuiriam muito para impedir a ação violenta de criminosos (com 20% de contribuiriam um pouco e 15% de não contribuiriam em nada), e 62% acreditam que esses equipamentos contribuiriam muito para diminuir a morte de criminosos (com 20% de contribuiriam um pouco e 15% de não contribuiriam).