Mais brasileiros se posicionam contra a descriminalização de pequenas quantidades de maconha hoje (67%) do que há seis meses (61%). Nesse período, a avaliação de que portar pequenas porções de maconha deveria deixar de ser crime passou de 36% para 31%, e há ainda 2% que preferiram não responder à questão. Para opinar sobre o tema, os entrevistados foram informados que o STF (Supremo Tribunal Federal) está julgando um caso que pode descriminalizar a posse de pequenas quantidades de maconha.
A oposição à descriminalização cresceu com mais intensidade entre grupos que, em setembro de 2023, mostravam-se mais inclinados a uma posição liberal sobre o tema. É o caso dos jovens de 16 a 24 anos, grupo no qual a opinião contrária à descriminalização passou de 46% (uma posição minoritária) para 55% (uma posição majoritária). Na faixa seguinte, de 25 a 34 anos, esse índice passou de 56% para 65%. Entre brasileiros mais escolarizados, 68% agora são contra deixar de tratar como crime a posse de pequenas quantidades de maconha, ante 53% na pesquisa anterior. Na parcela com renda familiar mensal de 2 a 5 salários, essa posição passou de 59% para 71%, e na seguinte, de 5 a 10 salários, de 60% para 68%. O aumento no Sudeste foi similar, de 57% para 67%, aproximando os resultados da região aos registrados no Sul (71%) e Centro-Oeste/Norte (70%). No Nordeste, 62% são contra a descriminalização, ante 64% em setembro do ano passado. Na parcela que se declara de cor ou raça preta, esse índice avançou de 60% para 72%, enquanto entre brancos foi de 60% para 68%. No universo de pardos, 64% agora são contra descriminalizar pequenas porções de maconha, ante 62% há seis meses.