Descrição de chapéu Opinião e sociedade Datafolha

Taxa de reprovação ao trabalho do STF recuou de 38%, em dezembro de 2023, para 28%

Forças armadas são as instituições mais confiáveis; Partidos políticos e redes sociais são as menos confiáveis

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Pesquisa Datafolha mostra que, de maneira geral, a confiança nas instituições ficou estável de setembro do ano passado para março de 2024. Das dez instituições pesquisadas em apenas duas a taxa de desconfiança cresceu – partidos políticos e Congresso Nacional -, e em uma, a taxa de muita confiança cresceu – Ministério Público.

As Forças Armadas se mantêm como a instituição mais confiável. Uma parcela de 37% declarou confiar muito nas Forças Armadas (era 34% em setembro de 2023), 39% confiam um pouco (era 44%), 23% não confiam (era 21%) e 1% não opinou. Em abril de 2019 foi observado o maior índice de confiança nas Forças Armadas : 45%. A partir de julho do mesmo ano, esse índice começou a cair e chegou a 34% em setembro de 2023.

Na sequência aparecem: as grandes empresas brasileiras, 25% declararam confiar muito (mesmo índice anterior), 51% confiam um pouco (era 55%), 21% não confiam (era 19%) e 2% não opinaram; o Poder Judiciário, 24% declararam confiar muito (era 21%), 44% confiam um pouco (era 48%), 30% não confiam (era 29%) e 2% não opinaram; o Ministério Público, 23% declararam confiar muito (era 19%), 48% confiam um pouco (era 51%), 28% não confiam (mesmo índice anterior) e 2% não opinaram; a Presidência da República, 22% declararam confiar muito (era 24%), 42% confiam um pouco (era 40%), 35% não confiam (era 34%) e 1% não opinaram; o STF, 21% declararam confiar muito (era 20%), 37% confiam um pouco (era 40%), 39% não confiam (era 38%) e 2% não opinou; e, a imprensa, 20% declararam confiar muito (mesmo índice anterior), 45% confiam um pouco (era 48%), 34% não confiam (era 31%) e 1% não opinou.

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Fachada da sede do STF. (Supremo Tribunal Federal), em Brasília, com nuvens escuras no céu. - Foto: Gabriela Biló/Folhapress

Com índices mais baixos de confiança ficaram as instituições: o Congresso Nacional, 10% declararam confiar muito (era 9%), 49% confiam um pouco (era 55%), 40% não confiam (era 35%) e 1% não opinou; as redes sociais, 9% declararam confiar muito (era 8%), 41% confiam um pouco (era 45%), 49% não confiam (era 46%) e 1% não opinou; e por fim, os partidos políticos, 7% declararam confiar muito (mesmo índice anterior), 43% confiam um pouco (era 46%), 50% não confiam (era 46%) e 1% não opinou.

Em relação à Presidência da República, observa-se que entre abril de 2017 e junho de 2018 os menores índices de confiança, entre 3% e 6%. Em 2019 (primeiro ano do governo Bolsonaro) ficou entre 28% e 29%, caindo para 16% em 2021 durante a pandemia. Em 2023 volta a crescer e chega a 24%.

Observam-se diferenças de opinião significativas sobre a confiança nas instituições, sobretudo às instituições democráticas, entre os eleitores de Lula e de Jair Bolsonaro, no segundo turno da eleição presidencial de 2022, e também, entre os que se autodeclararam como petistas e bolsonaristas. De maneira geral, o grau de confiança é mais alto entre os eleitores de lula e autodeclarados petistas, já, a desconfiança é mais alta entre os eleitores de Bolsonaro e entre os autodeclarados bolsonaristas. Das dez instituições pesquisadas, em sete se pode observar essas diferenças de opinião: Presidência da República, STF, Congresso Nacional, partidos políticos, imprensa, Poder Judiciário e Ministério Público.

O atual levantamento foi realizado nos dias 19 e 20 de março de 2024, com 2.002 entrevistas presenciais em 147 municípios, com população de 16 anos ou mais de todas as regiões do país. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos considerando um nível de confiança de 95%.

Em relação à avaliação do trabalho do STF, a taxa de reprovação recuou em comparação à pesquisa de dezembro de 2023. Um em cada três (29%) avalia como ótimo ou bom o desempenho do STF (era 27%), 40% como regular (eram 31%) e 28% como ruim ou péssimo (era 38%). Uma fração de 3% não opinou (era 4%). Os atuais índices são próximos aos observados em maio de 2020, quando eram, respectivamente, 30%, 40% e 26%.

O índice de aprovação é mais alto entre os simpatizantes do PT (49%), entre os que aprovam o desempenho do governo Lula (55%), entre os que avaliam que a situação econômica do país melhorou (52%) e entre os que avaliam que a situação econômica pessoal melhorou (50%). Em contrapartida, a taxa de reprovação ao trabalho do STF é mais alta entre os homens do que entre as mulheres (32%, ante 25%), entre os mais instruídos (41%), entre os simpatizantes do PL (65%), entre os que reprovam o governo Lula (63%), entre os que avaliam que a situação econômica do país piorou (49%) e entre os que avaliam que a situação econômica pessoal piorou (50%).