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55% dos brasileiros avaliam que a situação econômica do país piorou nos últimos meses

Índice aumentou de 45%, em dezembro, para 55% agora

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Pela primeira vez, no governo do presidente Lula (PT), a maioria dos brasileiros avalia que a situação econômica do país piorou nos últimos meses. Para 55%, a situação econômica do país piorou (eram 45% em dezembro de 2024), para 23%, ficou igual (eram 31%), para 21%, melhorou (eram 22%), e 1% não opinou (eram 2%).

A taxa daqueles que a avaliam que a situação econômica do país piorou é a mais alta de todo o terceiro mandato de Lula. Há cerca de um ano, em março de 2024, os índices de avaliação eram menos negativos: 41% avaliavam que a situação econômica havia piorando, 30% que estava igual e 28% que havia melhorado.

A imagem mostra o interior de um mercado. À esquerda, há uma grande quantidade de tomates em uma prateleira. No centro, uma mulher está escolhendo verduras em uma mesa de exibição, enquanto outra mulher está ao fundo, perto de um carrinho de compras. As prateleiras ao fundo exibem produtos embalados e refrigerados.
SÃO PAULO 14/03/2025 - INFLAÇÃO/NO/PREÇO/DOS/ALIMENTOS/NO/BRASIL - As condições climáticas e o juro alto, afeta o preço dos alimentos, que seguem em alta nos supermercados de São Paulo. Na manhã desta sexta-feira (14), na região sul da capital. (Foto: Marco Ambrosio/Ato Press/Folhapress)

A avaliação que a situação econômica do país piorou é mais alta entre os que têm 16 a 24 anos (61%), entre os trabalhadores assalariados (61%), entre os moradores da região Sudeste (59%), entre os evangélicos (62%) e entre os que reprovam o governo Lula (87%).

Por outro lado, a taxa daqueles que avaliam que a situação econômica do país melhorou é mais alta entre os funcionários públicos (34%), entre os moradores da região Nordeste (29%), entre os que aprovam a gestão Lula (52%) e entre os autodeclarados petistas (44%).

Por faixa de renda, não são observadas diferenças significativas: entre os que têm renda familiar mensal de até 2 salários mínimos, 53% avaliam que a situação econômica do país piorou, 24% que ficou igual e 21% que melhorou; entre os que têm renda familiar mensal de mais de 2 a 5 salários mínimos, 58% avaliam que a economia piorou, 21% que ficou igual e 20% que melhorou; entre os que têm renda familiar mensal de mais de 5 a 10 salários mínimos, 54% avaliam que a situação piorou, 20% que ficou igual e 25% que melhorou; e entre os que têm renda familiar mensal de mais de 10 salários mínimos, 60% avaliam que a situação piorou, 21% que ficou igual e 19% que melhorou.

No período, também cresceu para patamar recorde na gestão Lula a taxa daqueles que avaliam que a situação econômica pessoal piorou nos últimos meses. Um terço (34%) avalia que a situação econômica pessoal piorou (eram 27% em dezembro de 2024), 39% avaliam que ficou igual (eram 43%) e 27% que melhorou (eram 29%).

Em comparação a março de 2024, os atuais índices são um pouco piores. Naquela data, 28% avaliavam que a situação econômica pessoal tinha piorando, 44% que estava igual e 28% que tinha melhorado.

O atual levantamento foi realizado nos dias 01, 02 e 03 de abril de 2025, com 3.054 entrevistas presenciais em 172 municípios, com população de 16 anos ou mais de todas as regiões do país. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos considerando um nível de confiança de 95%.

Quanto às expectativas futuras da situação econômica do país e pessoal, as taxas de otimismo seguem recuando e são as mais baixas do governo Lula. Uma parcela de 29% avalia que a situação econômica do país irá melhorar nos próximos meses (eram 33%), 32% avaliam que ficará igual (eram 37%), 36% avaliam que irá piorar (eram 28% em dezembro de 2024) e 3% não opinaram (eram 2%).

Em março de 2024, os índices de avaliação eram melhores: 39% tinham a expectativa que a situação econômica do país iria melhorar nos próximos meses, 32% que ficaria igual e 27% que iria piorar.

A metade (48%) avalia que a situação econômica pessoal irá melhorar nos próximos meses (eram 54% em dezembro de 2024), 35% avaliam que ficará igual (eram 33%), 16% avaliam que irá piorar (eram 12%), e 2% não opinaram (mesmo índice anterior).

Há um ano, os índices eram melhores: 53% tinham a expectativa que a situação econômica pessoal iria melhorar nos próximos meses, 32% que ficaria igual e 13% que iria piorar.

PESSIMISMO COM RELAÇÃO À INFLAÇÃO E AO PODER DE COMPRA DOS SALÁRIOS RECUAM PARA PATAMARES DE MARÇO DE 2024

As expectativas dos brasileiros sobre a inflação e o poder de compra dos salários retornaram aos patamares observados em março de 2024, após terem piorado em dezembro de 2024.

Seis em cada dez (62%) acreditam que inflação irá subir nos próximos meses (eram 67% em dezembro e 60% em março de 2024), 21% que a inflação ficará igual (eram 21% em dezembro e 23% em março), 14% que irá diminuir (eram 9% em dezembro e 14% em março) e 3% não opinaram (mesmo índice de dezembro e março).

Uma parcela de 37% avalia que o poder de compra dos salários irá diminuir nos próximos meses (eram 39% em dezembro e 34% em março de 2024) – entre os que têm renda familiar mensal de mais de 5 a 10 salários mínimos o índice sobe para 50% -, 31% que a ficará igual (eram 31% em dezembro e 34% em março), 30% que irá aumentar (eram 27% em dezembro e 30% em março) e 3% não opinaram (mesmo índice anterior).

E, por fim, com relação ao desemprego os índices ficaram estáveis em comparação ao levantamento anterior, de dezembro de 2024. Uma parcela de 43% avalia que o desemprego irá aumentar nos próximos meses (eram 41% em dezembro e 46% em março de 2024), 33% que ficará igual (eram 33% em dezembro e 28% em março), 21% que irá diminuir (eram 24% em dezembro e 24% em março) e 3% não opinaram (eram 2%).