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Pela primeira vez, no governo do presidente Lula (PT), a maioria dos brasileiros avalia que a situação econômica do país piorou nos últimos meses. Para 55%, a situação econômica do país piorou (eram 45% em dezembro de 2024), para 23%, ficou igual (eram 31%), para 21%, melhorou (eram 22%), e 1% não opinou (eram 2%).
A taxa daqueles que a avaliam que a situação econômica do país piorou é a mais alta de todo o terceiro mandato de Lula. Há cerca de um ano, em março de 2024, os índices de avaliação eram menos negativos: 41% avaliavam que a situação econômica havia piorando, 30% que estava igual e 28% que havia melhorado.
A avaliação que a situação econômica do país piorou é mais alta entre os que têm 16 a 24 anos (61%), entre os trabalhadores assalariados (61%), entre os moradores da região Sudeste (59%), entre os evangélicos (62%) e entre os que reprovam o governo Lula (87%).
Por outro lado, a taxa daqueles que avaliam que a situação econômica do país melhorou é mais alta entre os funcionários públicos (34%), entre os moradores da região Nordeste (29%), entre os que aprovam a gestão Lula (52%) e entre os autodeclarados petistas (44%).
Por faixa de renda, não são observadas diferenças significativas: entre os que têm renda familiar mensal de até 2 salários mínimos, 53% avaliam que a situação econômica do país piorou, 24% que ficou igual e 21% que melhorou; entre os que têm renda familiar mensal de mais de 2 a 5 salários mínimos, 58% avaliam que a economia piorou, 21% que ficou igual e 20% que melhorou; entre os que têm renda familiar mensal de mais de 5 a 10 salários mínimos, 54% avaliam que a situação piorou, 20% que ficou igual e 25% que melhorou; e entre os que têm renda familiar mensal de mais de 10 salários mínimos, 60% avaliam que a situação piorou, 21% que ficou igual e 19% que melhorou.
No período, também cresceu para patamar recorde na gestão Lula a taxa daqueles que avaliam que a situação econômica pessoal piorou nos últimos meses. Um terço (34%) avalia que a situação econômica pessoal piorou (eram 27% em dezembro de 2024), 39% avaliam que ficou igual (eram 43%) e 27% que melhorou (eram 29%).
Em comparação a março de 2024, os atuais índices são um pouco piores. Naquela data, 28% avaliavam que a situação econômica pessoal tinha piorando, 44% que estava igual e 28% que tinha melhorado.
O atual levantamento foi realizado nos dias 01, 02 e 03 de abril de 2025, com 3.054 entrevistas presenciais em 172 municípios, com população de 16 anos ou mais de todas as regiões do país. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos considerando um nível de confiança de 95%.
Quanto às expectativas futuras da situação econômica do país e pessoal, as taxas de otimismo seguem recuando e são as mais baixas do governo Lula. Uma parcela de 29% avalia que a situação econômica do país irá melhorar nos próximos meses (eram 33%), 32% avaliam que ficará igual (eram 37%), 36% avaliam que irá piorar (eram 28% em dezembro de 2024) e 3% não opinaram (eram 2%).
Em março de 2024, os índices de avaliação eram melhores: 39% tinham a expectativa que a situação econômica do país iria melhorar nos próximos meses, 32% que ficaria igual e 27% que iria piorar.
A metade (48%) avalia que a situação econômica pessoal irá melhorar nos próximos meses (eram 54% em dezembro de 2024), 35% avaliam que ficará igual (eram 33%), 16% avaliam que irá piorar (eram 12%), e 2% não opinaram (mesmo índice anterior).
Há um ano, os índices eram melhores: 53% tinham a expectativa que a situação econômica pessoal iria melhorar nos próximos meses, 32% que ficaria igual e 13% que iria piorar.
PESSIMISMO COM RELAÇÃO À INFLAÇÃO E AO PODER DE COMPRA DOS SALÁRIOS RECUAM PARA PATAMARES DE MARÇO DE 2024
As expectativas dos brasileiros sobre a inflação e o poder de compra dos salários retornaram aos patamares observados em março de 2024, após terem piorado em dezembro de 2024.
Seis em cada dez (62%) acreditam que inflação irá subir nos próximos meses (eram 67% em dezembro e 60% em março de 2024), 21% que a inflação ficará igual (eram 21% em dezembro e 23% em março), 14% que irá diminuir (eram 9% em dezembro e 14% em março) e 3% não opinaram (mesmo índice de dezembro e março).
Uma parcela de 37% avalia que o poder de compra dos salários irá diminuir nos próximos meses (eram 39% em dezembro e 34% em março de 2024) – entre os que têm renda familiar mensal de mais de 5 a 10 salários mínimos o índice sobe para 50% -, 31% que a ficará igual (eram 31% em dezembro e 34% em março), 30% que irá aumentar (eram 27% em dezembro e 30% em março) e 3% não opinaram (mesmo índice anterior).
E, por fim, com relação ao desemprego os índices ficaram estáveis em comparação ao levantamento anterior, de dezembro de 2024. Uma parcela de 43% avalia que o desemprego irá aumentar nos próximos meses (eram 41% em dezembro e 46% em março de 2024), 33% que ficará igual (eram 33% em dezembro e 28% em março), 21% que irá diminuir (eram 24% em dezembro e 24% em março) e 3% não opinaram (eram 2%).